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Parir em Paz

Parir em Paz

Apresentar um plano de parto? Sim ou Não?

SIM!!! Claro que sim!!!



Para mim já existem partos humanizados em Portugal, no sentido que humanizar um parto é devolver o protagonismo à mulher. E deve-se muito aos planos de parto.


Acompanhei alguns partos humanizados na Mac. Sei que é preciso ter sorte com a equipa, mas se a mulher quiser e for mentalizada para que vai conseguir ter o parto com que sonha... eu acredito que consegue!

O plano de parto faz toda a diferença, plano que deve de ser enviado à direcção do hospital de preferência ANTES DAS 35 SEMANAS , e no dia do parto deve de ir agrafado ao livro da grávida , juntamente com a resposta da direcção.

contactos da Mac

suurgencia@mac.min-saude.pt

secretariadoca@mac.min-saude.pt

Acompanhei um parto na mac, em que a grávida pariu de cócoras apoiada em mim. Toques.... foi ela que pediu.... soro... nada... e ate desligaram o CTG.... o bebe só foi pesado, medido...vestido lavado...etc., no dia seguinte, esteve sempre ao colo da mãe, cordão só foi cortado pela própria depois de parar de pulsar... e a bebe sempre ao seu colo, não foi aspirada, não lhe puseram nada nos olhos não tinha luzes fortes, não foi pesada, medida, vestida, esteve sempre no colo da mãe e eu ali a amparar as 2 :) foi magico. Não teve episio....


Como foi possível? Plano de parto, muita determinação da parte da grávida... plano de parto, e apesar de ser suspeita tenho de o dizer... presença de uma doula...e mais uma vez..plano de parto...
É tudo possível...basta acreditar!!

Algumas declarações importantes que saíram ultimamente na imprensa - MAC

a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomende «liberdade de posição e movimento durante o trabalho de parto» e «estímulo a posições não horizontais durante o trabalho de parto e no parto». As posições verticais, tais como estar em pé, sentada, de joelhos ou de cócoras, facilitam o trabalho de parto por terem a gravidade a seu favor. «Um parto com a mulher deitada só tem comodidade para as pessoas que estão a fazer o parto», esclarece Jorge Branco, presidente do Conselho de Administração da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa. «Vários estudos comprovam que as posições verticais podem tornar o parto mais rápido.», assegura.
Revista pais e filhos 2007/03/14



Jorge Branco acredita que a obstetrícia nacional está no bom caminho e prevê mudanças também nas outras maternidades: «É importante dar alternativas e comodidade às pessoas e nenhum hospital vai querer ficar atrás. Se uns começarem a mudar, os outros irão segui-los». Revista pais e filhos 2007/03/14


"a filosofia é a menor intervenção médica possível, relatou à Agência Lusa o seu director: Jorge Branco, sustenta ainda que “é uma questão de tempo” até que a classe médica aceite alterar algumas práticas a favor da humanização (...)

as camas são articuladas e permitem outras posições para o nascimento além da deitada
uma sala onde a cama foi substituída por um cadeirão especial, permitindo à parturiente deambular antes do parto e ter a criança sentada, posição que já foi solicitada pelas futuras mães “mais do que uma dezena de vezes”. “Tentamos não intervir demasiado” no parto, salientou Jorge Branco, enumerando que a “Episiotomia (incisão no perineo para facilitar o parto e evitar uma ruptura) só é feita quando há indicação e não se usa a ocitocina (hormona natural que é administrada no parto para induzir a contracção da musculatura uterina) por sistema”. Mas a humanização do parto, enfatiza Jorge Branco, passa também pelas exigências que são feitas pelas futuras mães. “Veria com muitos bons olhos que as mulheres exigissem mais” o parto fisiológico,
Agência Lusa na Dica da Semana 16/11/2006

O Serviço de Urgência dispõe, ainda, de uma “Roda de Partos” que permite às parturientes escolherem a posição mais confortável para dar à luz.http://www.mac.min-saude.pt/utente/urgencia.html

Regulamento Interno MAC

ARTIGO 4.º(Direitos e deveres dos utentes)

1. No seu funcionamento, os serviços da MAC assegurarão aos respectivos utentes a observância dos seguintes direitos dos mesmos:

a) O direito a ser tratado no respeito pela dignidade da pessoa humana;

b) O direito ao respeito pelas suas convicções culturais, filosóficas e religiosas;

c) O direito a receber os cuidados apropriados ao seu estado de saúde;

d) O direito à prestação de cuidados continuados;

e) O direito a ser informado acerca dos serviços de saúde existentes, suas competências e níveis de cuidados;

f) O direito a ser informado sobre a sua situação de saúde;

g) O direito a obter uma segunda opinião sobre a sua situação de saúde;

h) O direito a dar ou recusar o seu consentimento, antes de qualquer acto médico ou participação em investigação ou ensaio clínico;

i) O direito à confidencialidade de toda a informação clínica e elementos identificativos que lhe respeitam;

j) O direito de acesso aos dados registados no seu processo clínico;

k) O direito à privacidade na prestação de todo e qualquer acto médico;

l) O direito a, por si ou por quem o represente, apresentar sugestões e reclamações.



2. Devem os utentes da MAC observar os seguintes deveres:

a) O dever de zelar pelo seu estado de saúde;

b) O dever de fornecer aos profissionais de saúde todas as informações necessárias para obtenção de um correcto diagnóstico e adequado tratamento;

c) O dever de respeitar os direitos dos outros utentes;

d) O dever de colaborar com os profissionais de saúde, respeitando as indicações que lhe sejam recomendadas e, por si, livremente aceites;

e) O dever de respeitar as regras de funcionamento vigentes na MAC;

f) O dever de utilizar os serviços da MAC de forma apropriada e de colaborar activamente na redução de gastos desnecessários.

http://www.mac.min-saude.pt/regulamento.html



pagina com os mails da mac (muito útil) http://www.mac.min-saude.pt/mails.html

Com estes direitos e deveres, não vejo porque não apresentar um plano de parto. E vocês?

E se o útero materno fosse transparente?!

gostei tanto da Newsletter do Barrigas&Bébes que não resisti....




E se o Útero materno fosse transparente ?!


E se as barrigas das mães fossem transparentes?

E se o crescimento do bebé se pudesse observar a olho nú? Seria benéfico para o bebé?

Seria benéfico para futuras mães e pais?
Então porque motivo a Natureza não salvaguardou essa hipótese?

Faz parte da magia da criação da vida a ocultação dos seus mistérios, para além de que é uma forma da futura mãe promover a sua conecção ao nível fisico, psicológico, emocional e espiritual com o seu bebé

É uma relação que se constrói, a seu tempo, passo a passo, sem pressas e idealmente sem pressões!

Não podemos descurar a importância da tecnologia, neste ponto falamos concretamente das ecografias - tecnologia cada vez mais apurada (como todo o movimento tecnológico, especificamente aplicado à saúde/medicina) - mas será efectivamente necessário recorrer de forma sistemática à ecografia?


Quais são os principais exames ecográficos durante uma gravidez: O exame do primeiro trimestre

Este deve ser o primeiro exame ecográfico da gravidez. Recomenda-se que seja realizado entre as 11 e as 13 semanas de gestação.

Objectivos:

1) Confirmar a idade da gravidez.

2) Saber quantos fetos existem.

3) Se existir mais do que um, saber quantos sacos e quantas placentas.

4) Contribuir para a determinação do risco para um tipo específico de doença no feto Síndroma de Down - causada normalmente por uma anomalia no número de cromossomas, trissomia 21.

5) Medir a prega da nuca - translucência nucal.

6) Verificar se o feto tem batimentos cardíacos.

7) Tentar excluir algumas anomalias que se podem identificar nesta altura.


O exame do segundo trimestre

Idealmente, deve realizar-se entre as 20 e as 22 semanas.

É um dos exames mais exigentes, em termos de capacidade técnica de quem o efectua, embora menos importante em termos de qualidade do equipamento usado.

Objectivos:

1) Avaliação detalhada da anatomia do feto para exclusão de um conjunto importante de defeitos que podem atingir qualquer gravidez. Pretende-se, com este exame, permitir aos pais a opção de evitar o nascimento de um bebé com alguma das doenças graves que se conseguem identificar.

2) Acessoriamente, é efectuada a verificação dos batimentos cardíacos com actividade normal, líquido amniótico em quantidade normal e da normalidade do crescimento fetal através da medição de algumas dimensões do feto.

3) Confirmação do sexo do bebé, se for esse o desejo dos pais.


O exame do terceiro trimestre

O terceiro exame ecográfico realiza-se entre as 28 e as 32 semanas de gravidez.

O principal objectivo deste exame é avaliar aquilo que é secundário no exame do segundo trimestre.

Objectivos:

1) Avaliação do crescimento fetal através da medição de algumas dimensões do bebé. Se bem que a maioria dos fetos que parecem estar a crescer pouco sejam normais, alguns poderão necessitar de avaliações complementares.

2) Verificação da presença de sinais indirectos de viabilidade e bem-estar do feto (batimentos cardíacos, líquido amniótico normais).

3) Avaliação da posição da placenta;

4) Avaliação da posição do feto;

5) Reavaliação da anatomia do feto para identificar alguns defeitos de expressão tardia ou outros que não tenham sido diagnosticados no exame anterior. De recordar que, nesta fase, muitas estruturas são já de difícil avaliação dadas as dimensões do bebé.


Para ler mais acerca deste artigo, ver -> AQUI
retirado da revista Pais & Filhos

...

Como não sei o que ISTO vai dar, resolvi falar da importância do plano de parto.
A ministra está com boas intenções é certo.... mas...

Exemplo de um Plano de Parto

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Exmo. Sr. Presidente do Conselho de Administração do Hospital de …..

Agradecemos, desde já, toda a atenção dispensada, apresentamos o nosso plano de parto>

Trabalho de parto (dilatação):

- presença do pai do bebé, uma vez que a OMS aconselha a escolha por parte da mãe dos acompanhantes durante o trabalho de parto e durante o parto, como essencial para diminuição de stress para um melhor desempenho ;

- liberdade para manter a mobilidade sempre que possível (levantar, sentar, andar um pouco) e monitorização fetal realizada de modo a que seja salvaguardada alguma mobilidade, uma vez que a OMS aconselha: “Liberdade de posição e movimento durante o trabalho do parto” e a OMS desaconselha claramente o “uso rotineiro da posição supina durante o trabalho de parto” ;

- não provocar a ruptura artificial da membrana (amniotomia), uma vez que a OMS não considera haver claras vantagens na sua prática ;

Parto:
- presença do pai do bebé;
- realização se possível do parto na mesma sala onde se procedeu à dilatação, tal como aconselhado pela OMS ;
- liberdade para ficar de cócoras ou semi-sentada (de costas apoiadas) uma vez que a OMS desaconselha claramente a posição de costas, particularmente a de supina, com base em várias evidências científicas ;
- realização de episiotomia apenas se necessário (não por rotina) uma vez que a OMS desaconselha o uso rotineiro de episiotomia já que várias evidência científicas aconselham a redução do seu uso uma vez que pode ocasionar complicações pós-cirúrgicas muitas vezes desnecessárias ,.

Após o parto:
- presença do pai do bebé;
- presença do bebé junto à mãe o tempo possível de modo a ir de encontro à directriz da OMS que aconselha realizar precocemente contacto pele a pele, entre mãe e filho, como melhor prevenção à hipotermia do recém nascido e, entre outras razões, “para dar início da amamentação na primeira hora do pós-parto, conforme directrizes da OMS sobre melhores práticas do aleitamento materno” ;
- promoção da amamentação natural; não administrar leite artificial, especialmente antes do contacto com a mãe e de se tentar a amamentação;

Caso seja necessário o recurso a cesariana:
- anestesia epidural (sempre que possível);
- ver o bebé assim que nasce;
- liberdade para o pai do bebé acompanhar o bebé, perante a impossibilidade de estar presente durante a cirurgia;


Agradecemos, mais uma vez, a atenção dispensada e a ajuda para tornar o momento do parto uma experiência tranquila.

Muito obrigada,

Data

Nome da mãe:

Nome do pai:

Plano de Parto

O seu plano de parto deve estar de acordo com a sua personalidade e experiência de vida, gravidez e maternidade.
Só com a sua reflexão e consciência será uma ajuda à sua vivência de parto!

Questões relacionadas com as rotinas hospitalares na admissão ao parto:
  • Gostaria que não me realizassem enema (clister)
  • Prefiro que me realizem enema
  • Gostaria que apenas me realizassem tricotomia, se for necessária na altura da expulsão
  • Gostaria que me realizassem tricotomia parcial logo na admissão
  • Gostaria de poder tomar um duche

Questões relacionadas com o trabalho de parto:


Gostaria que me acompanhasse durante o trabalho de parto:

  • o meu companheiro
  • um parente
  • um(a) amigo(a)
  • a minha Doula
  • ninguém

Gostaria de ter liberdade de movimentos durante esta fase
Gostaria de poder beber líquidos claros (água, chá)
Gostaria de circuncrever ao mínimo o número de exames vaginais
Gostaria de ter musica ambiente no quarto
Gostaria de ter o máximo silêncio no quarto
Gostaria de ter luz suave no quarto
Gostaria que não me rompessem artificialmente as membranas, se o bebé estiver bem


Questões relacionadas com a monitorização do bebé:

  • Gostaria de ter monitorização intermitente, se o bebé estiver bem
  • Desejaria ter monitorização contínua do bebé


Questões relacionadas com a gestão da dor:

  • Gostaria de não ter medicação para a dor, a não ser que seja eu a solicitá-la
  • Gostaria que me fosse administrada epidural, mais para o fim do trabalho de parto
  • Gostaria que me fosse administrada epidural, o mais cedo possível
  • Gostaria de poder utilizar métodos não farmacológicos para o alívio da dor
    (bola, massagens, terapia frio/calor)


Questões relacionadas com a fase de expulsão:

  • Gostaria que estivesse presente para assistir ao parto ..................... (pessoa designada)
  • Gostaria de poder usar os meus óculos
  • Gostaria de poder escolher a posição mais confortável para parir
  • Gostaria de poder tocar a cabeça do meu bebé, assim que ele coroar

Questões relacionadas com a episiotomia:

  • Gostaria de não ser submetida a episiotomia (e assino termo de responsabilidade)
  • Gostaria de ser submetida a episiotomia apenas em situação de risco eminente de laceração
  • Gostaria de ser submetida a episiotomia apenas em situação de risco de vida para o bebé
  • Prefiro que me seja realizada a episiotomia


Questões relacionadas com o recém-nascido:

  • Gostaria que o cordão fosse cortado, depois de deixar de pulsar
  • Gostaria que fosse ................... (pessoa designada) a cortar o cordão umbilical
  • Gostaria de pegar imediatamente no meu bebé
  • Gostaria que realizassem os procedimentos ao recém-nascido na minha presença
  • Gostaria de poder amamentar o meu bébé, na sua 1ª meia-hora de vida


Questões relacionadas com a 3ª fase:

  • Gostaria que me fosse mostrada a minha placenta
  • Não desejo ver a minha placenta


Questões relacionadas com a cesariana:

  • Gostaria de realizar uma cesariana apenas por razões clínicas, e sob efeito de epidural
  • Gostaria que o meu acompanhante assistisse à minha cesariana
  • Em caso de cesariana de emergência, gostaria que fosse ..................(pessoa designada)
    a cortar o cordão umbilical
  • Em caso de cesariana de emergência, gostaria que fosse .....................(pessoa designada)
    a pegar no bebé, assim que ele estivesse vestido
  • Gostaria de realizar uma cesariana, a meu pedido

Adaptado do site da HumPar, são alguns exemplos de itens a pensar para o seu plano de parto!

O que é Plano de Parto?

É uma lista de itens relacionados ao parto, sobre os quais o casal pensou e reflectiu.
Funciona como uma carta, onde a gravida diz como prefere passar pelas diversas fases do trabalho de parto e como gostaria que seu bebê fosse cuidado após o nascimento.
Deve de ser agrafado no seu livro de gravida, e, enviado para a direcção do hospital/maternidade onde vai nascer o bebe.

O Plano de parto faz-nos pensar, reflectir, sobre o que queremos, e o que não queremos para o parto. É um exercício que pode ajudar a definir aquilo que é importante, e fazer com que esteja mais bem preparada para conversar com seu médico.
Não se trata, portanto, de uma lista de ordens, mas de um ponto de partida para a conversa.

Nos últimos anos muitos procedimentos artificiais foram introduzidos, de modo a transformar o nascimento de evento fisiológico natural a um complicado procedimento médico no qual são usadas drogas, aplicados procedimentos desnecessários, alguns dos quais prejudiciais ao bebê e até à mãe.

A parturiente tem o direito de participar das decisões que envolvem seu bem estar e o do bebê, tem o direito de saber os prós e contras de cada procedimento, exame ou manobra médica.
Todas essas informações devem ser fornecidas com base em evidências científicas.

Se precisar de ajuda para a elaboração do seu plano de parto, contacte-me.

Novo portal - IOL Mãe

A IOL Mãe é uma revista online, pelo que li até agora uma excelente revista.
Tem como editora a Ana Esteves, que para além de ser uma excelente jornalista, é.... DOULA :) por isso IOL está de parabéns, não podia ter escolhido melhor pessoa para abraçar este projecto!!

"IOL Mãe é uma nova revista on line. Para todas as mães. Incluindo os pais.
Não vai encontrar-nos na sala de espera do dentista, a não ser que leve o seu portátil.
Não vai poder comprar-nos no quiosque, nem folhear-nos à socapa para ler-nos sem pagar.
As nossas páginas não vão ser rasgadas, nem comidas, nem lambuzadas pelo seu filho bebé. Também não vamos surpreendê-la com novos títulos apenas uma vez por mês. Mas temos outras vantagens:
Somos uma revista assumidamente maternal. Ou seja, preocupamo-nos com a saúde, com a alimentação, com as melhores estratégias educativas, com a cor dos ranhos e dos cocós, com as alergias e com as actividades extra-curriculares.
Gostamos de falar dos filhos, claro. Mas também de falar de sexo. E de sombras para os olhos. Podemos até ser uma revista um bocadinho chata, como todas as mães. Alguém tem de fazer esse papel. Mas se é homem e ainda está a ler é porque também também se preocupa.
Então, bem-vindo ao clube IOL Mãe. (Esqueça as sombras para os olhos. Não é obrigado a usar.)
Somos uma revista assumidamente feminista. Mas não vamos queimar soutiens. Pelo contrário, até recomendamos alguns, seja porque são práticos para amamentar, seja porque são ousados e estimulantes.
Somos uma revista assumidamente feminina. Sim, porque damos atenção aos pormenores, porque abordamos os temas com sensibilidade e porque não temos vergonha de falar de assuntos embaraçosos.
Somos um projecto editorial que defende o jornalismo de qualidade e a informação rigorosa. E porque no que toca à maternidade e paternidade, as teorias são mais que as mães, queremos mostrá-las todas, desde que devidamente fundamentadas.
Queremos também promover o debate e a troca de experiências. Para isso precisamos de si. Entre e sinta-se em casa. "

eu vou ser leitora habitual :)

Falar antes de falar

retirado do novo iol mãe http://www.mae.iol.pt/
(estou a adorar este novo site)

E se o seu bebé pudesse dizer-lhe com um gesto aquilo que ainda não consegue verbalizar?
Com o programa Baby Signs, é possível conversarem muito mais.

O programa Baby Signs foi criado para tornar a comunicação entre pais e bebés mais rica e fácil. Na fase em que os bebés já percebem quase tudo o que ouvem, mas ainda não conseguem dizer muitas palavras, os gestos podem ser uma forma de facilitar, enriquecer e aumentar as oportunidades de comunicação. São uma ferramenta útil para usar entre a vontade de falar e a aquisição da linguagem - quando passam o tempo a apontar para as coisas e a dizer "huum!"

Linda Acredolo e Susan Goodwyn, duas investigadoras americanas, desenvolveram este programa com base numa investigação académica que durou mais de duas décadas. Tudo começou em 1982 quando a filha de Linda Acredolo, com apenas 12 meses, usou o gesto de inspirar, franzindo o nariz, para designar "flor". A mãe percebeu que usar gestos para se fazer entender era um processo espontâneo e decidiu estimulá-lo. Kate chegou a usar 13 gestos diferentes. Se recorrer aos gestos era natural em muitas crianças, as duas investigadoras perguntaram-se o que aconteceria se os pais levassem esse processo mais longe, introduzindo eles próprios alguns gestos na comunicação com os filhos.
Foi desta questão que nasceu o trabalho académico. Depois de um grande estudo que envolveu mais de 140 famílias (com início quando os bebés tinham 11 meses), Linda Acredolo e Susan Goodwyn concluiram que os bebés que tinham usado gestos estavam, quando avaliados aos 24 meses, a falar mais do que os bebés a quem não foram ensinados gestos - com frases mais longas e vocabulário mais rico.
Aos 36 meses estavam a falar, em média, como crianças de 47 meses.
Aos oito anos houve uma avaliação do QI e as crianças que usaram gestos tiveram uma média de 12 pontos acima daquelas que não tinham usado gestos em bebés.
Concluiram que ensinar um bebé a comunicar por gestos tem enormes benefícios que passam pelo decréscimo da frustração, sentida tanto pelos bebés como pelos pais, pela promoção da vinculação e do desenvolvimento emocional, pela aquisição mais precoce da linguagem e até por um aumento do QI.
As conclusões foram tão marcantes que as duas investigadoras decidiram registar a marca Baby Signs e passar a fornecer ferramentas a todos os pais que quisessem aplicá-lo em casa.

Escreveram o livro "Baby Signs: Como Falar com o seu Bebé antes de o seu Bebé Falar", que rapidamente se tornou um best-seller. Criaram a Baby Signs Inc, uma empresa que comercializa produtos, como livros e mateirais de apoio, que ajudam os pais a aplicar o programa.
O Baby Signs Institute é uma parte da empresa, onde se faz formação de pais através de workshops, onde se continua o trabalho de investigação na área do desenvolvimento infantil e onde se dá formação a pessoas que queiram tornar-se instrutores.

Foi esse o caso de Sara Almeida.

Descobriu o livro de Linda Acredolo e Susan Goodwyn na internet quando a sua filha mais velha tinha um ano. Achou interessante e decidiu encomendá-lo. «Devorei-o e comecei a aplicar as dicas que eram dadas. A Luísa aprendeu vários gestos o que facilitou muito a comunicação. Toda a gente perguntava: Não vai atrasar a linguagem? Não, é exactamente o contrário, respondia. No início havia sempre resistências, mas quando as pessoas viam como ela falava comigo, rendiam-se», recorda. Depois veio a segunda filha e o programa começou a ser aplicado mais cedo, quando a Isabel tinha apenas seis meses. «Foi um uso muito rico, ela aprendeu dezenas de gestos, falava imenso, a irmã também conversava muito com ela e até queria inventar novos gestos para lhe ensinar. Como um para a palavra "mana"!»
Foi tal o entusiasmo que Sara achou que tinha de divulgar este programa em Portugal. Contactou a Baby Signs e fez a formação à distância, com os materiais enviados por correio e sendo avaliada através da internet. Recebeu o seu certificado em Outubro de 2007 e tornou-se a primeira instrutora independente de Baby Signs no nosso país. Foram já vários os pais que aprenderam no seu workshop como aplicar o programa com os seus bebés.

Benefícios do Baby Signs:
Reduz frustração e birras da criança pois esta sente-se compreendida.
Aumenta a sua auto-estima, pois sente-se valorizada e capaz de comunicar.
Fortalece a ligação entre os pais e a criança, pois aumenta e enriquece a comunicação.
Promove o desenvolvimento cognitivo da criança pois apela à sua capacidade de abstracção.
Promove o desenvolvimento social e emocional da criança, pois aumenta a sua capacidade de comunicar.
Facilita a aquisição da linguagem e a comunicação de crianças bilingues: os gestos são universais e servem de ponte entre as duas línguas.

A quem se destina o Workshop de Baby Signs:
Futuros pais ou pais de bebés até aos 24 meses
Familiares de bebés
Profissionais que cuidam de bebés

No workshop recebe materiais de apoio, como um guia de consulta rápida para colocar na porta do frigorífico e dois DVD.
Após o workshop, com a duração de uma hora e meia a duas horas, poderá participar em aulas a combinar.
Próximo workshop: 13 de Abril de 2008, das 11h00 às 13h00, no centro Barrigas e Bebés em Odivelas.

Mais informações em:
http://www.maeparamae.com/
https://www.babysigns.com/

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