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Parir em Paz

Parir em Paz

Um Encontro, Várias Conversas!

Encontro entre futuras e recém-mamãs, para partilhar um pouco do que é a vida com um bebé recém-nascido, quais as principais dificuldades, partilhar experiências de parto e outros assuntos que sempre aparecem num grupo de mulheres.

Porque é importante o apoio contínuo durante a gravidez, o parto mas, também no pós-parto convidamos todas aquelas que se queiram juntar a nós, no próximo dia 2 de Junho, a partir das 16h.
Vamos ouvir e partilhar experiências, esclarecer dúvidas e muito mais. Serão muito bem-vindas e nós esperamos por vocês.

Entrada Livre
Local: Barrigas&Bebés Odivelas
www.barrigasebebes.com

Eu estarei por lá! Podemos contar contigo?

"Não nos robem os bebés!"

http://www.destak.pt/artigos.php?art=11518

Mantenha o seu bebé
29 05 2008 09.25H
«Não nos roubem os bebés», pediu o Professor Mário Cordeiro, num debate promovido pela revista Pais e Filhos, sobre Nascer em Portugal, que aconteceu ontem no CCB. Pediatra, pai de cinco filhos, junta todo o seu saber profissional a uma sensibilidade de quem já sentiu as coisas na pele. É por isso que as suas receitas não cheiram a bafio, nem são declarações de intenções, que o melhor dos pais fica sempre a milhas de cumprir.
Quando apela a que não nos tirem os bebés, não fala nem em taxas de natalidade, nem tão-pouco em crianças desaparecidas - acusa, preto no branco, muitos técnicos, nos hospitais e nas maternidades, de «sequestrarem» as crianças, como se quem lhes dá vida não tivesse habilitações para saber como os deve acolher neste mundo.
Por outras palavras, nascer em Portugal continua a ser pior do que deveria ser, não por falta de meios - a desculpa usada para tudo - mas porque se continuam a adoptar más práticas, que poderiam ser alteradas «a custo zero». Fique com uma mão-cheia delas, que Mário Cordeiro enunciou.
1 Grávidas obrigadas a permanecerem deitadas no pós-parto, quando se sabe a importância de que se mexa, e deixe trabalhar em si a força da gravidade.
2 Impedir o pai de estar presente no parto, mesmo se for uma cesariana com epidural, alegando uma desculpa qualquer. A ciência prova que os bebés precisam do pai e o pai precisa do bebé. E as mães precisam dos pais.
3 Não deixar que o recém-nascido mame, mal nasce, a pretexto de mil cuidados médicos, que poderiam ser prestados mais tarde, sem prejuízo nenhum. À excepção, claro, dos que precisam de uma reanimação ou de outro tratamento imediato, mas que não representam mais de 20% de todos os nascimentos.
4 Ter pouca paciência para ajudar a mãe a aprender a amamentar, oferecendo logo soluções de suplementos alimentares, que colocam em risco a continuação da amamentação. Às vezes à sucapa.
5 «Esquecer-se» de dizer à mãe que a subida do leite é acompanhada de stress, que as hormonas explicam os seus acessos de choro e tristeza, e ajudá-la a superar os obstáculos que vão surgindo.
6 Deitar o bebé de lado, como acontece ainda em muitos berçários, quando já há 19 anos se sabe que esta posição aumenta o risco de morte súbita. «Não é uma questão de moda, mas de sobrevivência», diz, apelando a que os directores de serviço e a DGS vigiem estas situações.
7 Não aceitar a ameaça subliminar de que «se refilas é pior». Mãe e pai não podem aceitar que o seu filho não entre neste mundo com o pé direito.
Isabel Stilwell editorial@destak.pt

O Debate da Pais&Filhos está a dar que falar...

«CARLA AGUIAR
PAULO SPRANGER

As maternidades portuguesas adoptam e recomendam práticas erradas no acompanhamento dos recém-nascidos, acusa o pediatra Mário Cordeiro. "É intrigante e perturbador constatar que 18 anos depois de existir uma orientação técnica da Direcção--Geral da Saúde a dizer que as crianças não se devem deitar de lado, porque isso aumenta para o dobro a probabilidade de morte súbita, mas de costas, profissionais de saúde continuem a recomendar essa prática", disse o médico ao DN.

Um estudo concluído no final do ano passado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, baseado em inquérito às mães, a seguir à alta médica, constatou que "em 90% dos casos foi-lhes recomendado pelas enfermeiras que deitassem os bebés de lado".

Esta situação leva aquele pediatra a considerar que é preciso "questionar e responsabilizar os directores de serviço dos hospitais que não fazem um acompanhamento do modo como os profissionais estão a seguir as orientações técnicas e as evidências científicas". Felizmente - acrescentou - os pais, por intuição e porque procuram outras fontes de informação, nem sempre seguem essas recomendações. De outro modo e fazendo uma extrapolação a partir das estatísticas, "poderiam morrer 20 bebés por ano por morte súbita".

O pediatra participou ontem num debate promovido pela Pais & Filhos, no qual se questionou a prática de hospitais que não deixam o pai assistir ao parto. "Sei que há uma norma interna no Hospital Cuf Descobertas, por exemplo, em que nos casos de cesariana e epidural o pai não pode estar presente", disse ao DN.

Na mesma linha, o pedopsiquiatra Eduardo Sá considerou que as evidências científicas demonstram que "sempre que o pai está presente o trabalho de parto é menor, o mesmo acontecendo, até com melhores resultados, quando a mãe da grávida lá está". Em conclusão, "se as maternidades humanizarem o trabalho de parto ganha-se em saúde mental e reforça-se a ligação entre pai e filho".

No debate, subordinado ao tema "Nascer em Portugal: sofrimento ou prazer", os especialistas questionaram ainda a hipermedicalização do parto e o excessivo recurso às cesarianas que, em Portugal, representam 34% dos partos (nos hospitais privados chega mesmo aos 60%), quando a média europeia se fixa nos 25% e a Organização Mundial de Saúde recomenda que não se ultrapasse a meta dos 10 a 15%. O médico Diogo Aires de Campos apontou as vantagens do banho de imersão na primeira fase do parto e criticou a utilização sistemática dos clisters e das episiotomias.»

Diário de Noticias
http://dn.sapo.pt/2008/05/29/sociedade/maternidades_orientacoes_erradas_par.html

É o coração dos pais que manda nos primeiros meses de vida dos bebés!

retirado do Jornal de Noticias

Bebés nas mãos do saber popular
alfredo cunha

Pais tendem a lavar e esterilizar os biberões, o que é considerado desnecessário pela comunidade científica

Domingos de Andrade

É o coração dos pais que manda nos primeiros meses de vida dos bebés. O coração, os avós, os amigos, os vizinhos, os media e, lá para o fim, os profissionais de saúde. Os dados constam de um inquérito feito em diversos hospitais e maternidades do país, que chegou a outras conclusões curiosas ninguém sabe ao certo quando dar água ao recém-nascido, que tipo de água e se há-de esterilizar ou não o biberão. Mas não há problema. Entre a comunidade científica é cada cabeça sua sentença.

Responderam 257 pais de recém-nascidos, em entrevistas individuais, a grande maioria dos quais jovens entre os 24 e os 34 anos. E a primeira dor de cabeça deveria ser a pergunta mais simples. Quando dar água ao bebé? Mais de 63% davam após o 28.º dia - muitos aos dois meses, outros aos quatro, aos seis, aos nove e até houve quem respondesse só após o primeiro ano. É o medo que justifica as respostas. O medo e o desconhecimento 9,4% não sabe sequer o que fazer.

Deixar o bom-senso falar

Os 31,5% de inquiridos que responderam dar água desde o nascimento fazem-no em situações de calor, ou então por razões várias, nomeadamente "quando o bebé tiver a boca seca". Se o atarantamento dos pais é visível nesta primeira pergunta do estudo, elaborado por finalistas do Departamento de Saúde Pública da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lisboa (ler ficha técnica), o que pensam os especialistas não o é menos. Como constatam os autores, há trabalhos de investigação que aconselham a não dar, além do aleitamento materno, qualquer tipo de líquido ao recém-nascido, como há quem advogue o suplemento de água em situações particulares (febre, diarreia, calor) em que o bebé perde mais líquidos.

Em que ficamos, então? O pediatra Octávio Cunha, como o especialista em saúde pública Mário Cordeiro, que acompanhou o inquérito, olha para as respostas do estudo com serenidade. "Os pais devem proceder como lhes diz o coração. Eles são sensatos, são responsáveis pelos filhos em termos globais e depois são acompanhados pelo médico de família ou o pediatra. É tudo uma questão de bom senso, como dar água, ouvir mais os avós, ou mais os tios, ou não ouvir ninguém". Além de que, diz, "a criança sabe muito bem do que precisa. E se recusa água é porque não precisa".

Água, portanto, desde que o bebé nasce e se necessitar. E que água? Quase todos os pais (75,1%) optam pela mineral em detrimento da rede pública (23,3%). É aqui que a campainha do "errado" mais se faz ouvir. Os autores explicam a água da torneira tem, à luz da lei, controlos mais rigorosos do que a mineral e é mais barata. Sobram os argumentos ambientalistas - uma garrafa de plástico pode demorar cerca de 500 anos a degradar-se. Mas a moda é que manda, como explica o estudo. Em Portugal, o consumo de água engarrafada subiu 56% na última década e o marketing ajuda, criando "tipos" de água para todos os gostos, desde as com sabor, às específicas para lactentes.

Octávio Cunha também aqui não tem dúvidas. É um avô orgulhoso de dar água do cano aos netos, como já deu aos filhos. "As famílias não têm dinheiro para comprar leite, quanto mais água", ri, muito a sério, somando outros argumentos. "A maior revolução do século passado não foram os avanços tecnológicos, mas sim a instalação das redes públicas de água e saneamento, que permitiram baixar a mortalidade nos países ocidentais para os números de hoje. A instalação de água potável nas casas e as redes de saneamento tornaram-se nos factores mais relevantes para a diminuição das doenças infecto-contagiosas".

Esterilizar biberões

Os pais foram ainda inquiridos sobre a esterilização dos biberões versus apenas a lavagem, com 97,7% a admitir fazer as duas operações - o que é considerado pelos autores como desnecessário e de grande custo económico. Só para se ter uma ideia, e constatando que 49,8% dos pais compram esterilizador eléctrico a uma média de 100 euros cada (há uma média anual de 110 mil bebés), estamos a falar em gastos na ordem dos 4,5 milhões de euros, fora a água e a electricidade. A culpa, dizem os autores, é da deficiente informação 36,65% dos pais ouvem sobretudo os familiares e amigos; 19,8% dizem ter sido influenciados pelos media e por livros e só 19,5% acreditam nos profissionais de saúde.Ficha técnica: O estudo epidemiológico observacional foi realizado no passado mês de Abril, em cinco maternidades e hospitais a 257 pais de recém-nascidos. Ana Cruz, Ana Ferreira, Andreia Gonçalves, Ines Lucas, João Castro e Rui Fonseca foram os os autores, da Faculdade de Ciências Médicas, orientados pelo pediatra Mário Cordeiro.

Parto de cócoras

"Desde a mais remota antigüidade as mulheres procuravam posições que facilitassem o parto.
Nas gravuras antigas o mais comum é ver mulheres ajoelhadas, de cócoras, ou em banquinhos baixos de parto. De um jeito ou de outro o que se observa é que as costas estão em posição vertical. A posição das pernas é variável.

Também é muito comum ver nessas figuras alguém dando suporte por trás, segurando a parturiente por baixo dos braços. Às vezes é um homem, em outras é uma mulher.
Até hoje, nas comundades nativas (índios brasileiros, por exemplo) o parto ainda acontece dessa forma.
É claro que estamos falando aqui do parto em si, e não do trabalho de parto, que pode durar horas e até dias.

A posição de cócoras é vantajosa durante o período expulsivo, que dura de alguns minutos a uma hora, na maioria dos casos. Durante todo o trabalho de parto a mulher deve ficar em poses variadas, sentada, ajoelhada, andando, etc.
Na civilização ocidental, com a entrada da figura do obstetra no parto, as mulheres foram colocadas deitadas de costas em mesas cada vez mais específicas, com as pernas abertas, para que a região genital pudesse ser bem observada. E assim é que funciona até hoje, para a maioria dos médicos e hospitais.
Por outro lado vários artigos já foram publicados enumerando as vantagens do parto verticalizado em relação à posição de litotomia (deitada de costas).

Entre as vantagens podemos citar algumas:

- O parto é mais rápido, pois é auxiliado pela gravidade;
- A oxigenação do bebê é melhor, pois não ocorre a compressão da veia cava pelo peso do útero;
- A necessidade de episiotomia é menor;
- A mulher se sente mais no controle da situação;
- O companheiro tem uma participação mais ativa ao prover o suporte da posição

A desvantagem é que os médicos não conseguem controlar o parto da forma como foram ensinados.

Pensando nisso foi criada uma cadeira para parto de cócoras, onde a mulher fica em uma altura suficiente para que o obstetra fique com um bom campo visual.

No entanto, um fenômeno curioso tem ocorrido. Alguns hospitais que adquiriram a cadeira alegam que há pouca procura e que elas foram "encostadas". Muitos obstetras afirmam que não fazem parto de cócoras porque não têm a cadeira especial à diposição.

A realidade é que não há necessidade de cadeiras especiais para se fazer um parto de cócoras. Basta que a mulher suba na cama comum, ajoelhada entre as contrações e acocorada na hora das contrações, apoiando-se de um lado no companheiro, do outro em uma enfermeira ou auxiliar.

Também é possível para o companheiro ficar sentado sobre a banqueta que fica ao lado da cama, enquanto a parturiente se acocora e se apoie nas pernas abertas do companheiro, de costas para ele.

Enfim, um pouco de boa vontade, criatividade e confiança no instinto da mulher são suficientes para se fazer um parto de cócoras em qualquer ambiente, hospitalar ou não.
Muitas vezes a presença da doula pode ser uma fonte de inspiração e sugestões para um médico que há muito tempo não presencia um parto natural.
Para eles é difícil fugir dos protocolos que imperam na instituição, mas depois que o fazem, ficam surpresos com os resultados e muitas vezes emocionados.

Com relação à preparação, não há necessidade de ser uma atleta ou uma índia para parir de cócoras. O hábito de se agachar durante a gestação, ou mesmo ficar alguns minutos de cócoras diariamente, por exemplo na hora da TV, já é o suficiente.
Mas mesmo uma mulher sem essa preperação, que não costuma ficar acocorada, pode perfeitamente ficar alguns minutos nessa posição durante as contrações do período expulsivo.

No entanto a posição melhor para o parto não é a de cócoras, deitada, de quatro ou de joelhos.
A melhor posição é aquela que a mulher escolhe, por se sentir melhor e mais no controle de seu processo de parto. Esse deveria ser o objetivo da obstetrícia e da boa assistência ao parto: oferecer um ambiente de parto onde a mulher possa se concentrar naquilo que seu corpo pede."

Ana Cris Duarte
Amigas do Parto

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