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Parir em Paz

Parir em Paz

O uso da técnica “hands off” para protecção do períneo não altera a frequência ou grau de laceração perineal no parto

Comparação entre duas técnicas para diminuir lacerações do períneo durante o parto


O objectivo foi determinar a frequência, grau, e localização das lacerações perineais e dos resultados associados com o uso de duas técnicas para protecção do períneo – expectante (“hands off”) e intervencionista (“hands on”) – durante o parto.


Conduzimos um estudo randomizado controlado para comparar a eficácia das duas técnicas para protecção do períneo durante o parto espontâneo. O estudo incluiu 70 mulheres primíparas, que foram divididas de igual forma entre o grupo “hands off” e o grupo “hands on” (n=35 por grupo).


Ocorreram lacerações do períneo em 81.4% das mulheres. Apesar disto, predominaram as lacerações de primeiro-grau (82,5%). Lacerações na região anterior e posterior do períneo ocorreram com uma frequência similar. A taxa de lacerações não divergiu entre o grupo de “hands off” e “hands on” (P>05). Os resultados neonatais foram similares em ambos os grupos.


O uso da técnica “hands off” para protecção do períneo não altera a frequência ou grau de laceração perineal no parto, relativamente á técnica “hands on”.


de Souza Caroci da Costa A, Gonzalez Riesco ML.
A comparison of "hands off" versus "hands on" techniques for decreasing perineal lacerations during birth.
J Midwifery Womens Health. 2006 Mar-Apr;51(2):106-11.
PMID: 16504907 [PubMed - in process]

Todas as formas de teste de tolerância à glicose devem ser revistas

Os valores de glicemia normal para uma grávida, são: jejum abaixo de
95 e 2 horas após a refeição abaixo de 140.
Alterações abaixou ou acima são normais e não significam diabetes gestacional.

Em português a página 194 e 195 do livro "A Cesariana" do Michel explica muito bem a inutilidade deste teste comparando com simples conselhos nutricionais.

E em inglês, um excelente artigo pela Henci Goer

http://parenting.ivillage.com/pregnancy/pcomplications/0,,9cgc,00.html



Retirado do Guia para a Atenção Efectiva na Gravidez e no Parto:

Os dados disponíveis não apóiam a recomendação ampla de que todas as gestantes sejam submetidas a rastreamento de "diabetes gestacional", muito menos que sejam tratadas
com insulina.

Até que seja estabelecido o risco de pequenas elevações da glicose durante a gravidez em estudos conduzidos apropriadamente, o tratamento baseado nesse diagnóstico deve ser revisto criticamente.

O uso de terapia injetável com base nos dados disponíveis é altamente discutido, e em muitos outros campos do exercício da medicina tal tratamento agressivo sem benefício comprovado seria considerado antiético.

Fontes

Effective care in pregnancy and childbirth

Biblioteca Cochrane

Revisões pré-Cochrane

O parto em casa é seguro?

“Pode-se afirmar com segurança que uma mulher deve dar à luz num local onde se sinta segura e no nível mais periférico onde a assistência for viável e segura. No caso de uma gestante de baixo risco, este local pode ser a sua casa, um centro de parto de pequeno porte ou talvez a maternidade de um hospital de maior porte. Entretanto, deve ser um local onde toda a atenção e cuidados estejam concentrados em suas necessidades e segurança, o mais perto possível de sua casa e de sua própria cultura.” Organização Mundial de Saúde, 1996 (Maternidade Segura – Assistência ao Parto Normal: um guia prático)

“Reconhecendo as evidências de que o parto de mulheres saudáveis, que não são consideradas de risco após avaliação criteriosa por profissionais capacitados, pode ocorrer de maneira segura em vários locais, incluindo centros de parto extra-hospitalares e sua própria casa...a APHA (American Public Health Assosciation) apóia iniciativas para aumentar o acesso à assistência materno-infantil fora do hospital...” (Associação Americana de Saúde Pública, publicado no American Journal of Publica Health, Vol 92, No. 3, Março 2002).

“Vários estudos metodologicamente adequados compararam os resultados entre partos domiciliares planeados com partos hospitalares para mulheres com características semelhantes. Uma metanálise destes estudos mostrou que não houve nenhum caso de morte materna e nenhuma diferença estatisticamente significativa no risco de mortalidade perinatal.” (Guia para atenção efetiva na gravidez e no parto. Murray Enkin, et al. 2005. Publicação com as evidências científicas do grupo de estudos de Saúde Materno-infantil da Biblioteca Cochrane)

No início de 2005 foi publicado pelo periódico inglês British Medical Journal (BMJ) um estudo epidemiológico que analisou mais de 5.000 partos domiciliares acompanhados por parteiras graduadas nos Estados Unidos e Canadá. Esta pesquisa mostrou resultados muito favoráveis ao parto domiciliar. Os partos domiciliares, quando comparados aos hospitalares, tiverem menor taxa de intervenções médicas, mas com a mesma segurança em relação à mortalidade materna e neonatal (Johnson; Daviss, 2005).

Foi constatado que, o risco de problemas respiratórios em bebês recém-nascidos é 17 vezes mais alto nos partos hospitalares do que nos partos em casa.
Os EUA têm a maior taxa de intervenção obstétricas durante o trabalho de parto, assim como têm enfrentado sérios problemas com o crescimento de erros médicos.
Enquanto a taxa de mortalidade neonatal e materna tem diminuído drasticamente desde o virar do século, fatores como nutrição e higiene têm influenciado bastante nesse resultado.
No geral, a mortalidade infantil tem crescido desde os anos 30, mesmo assim, os partos domiciliares demonstraram ser mais seguros. Em 1939, Baylor Hospital Charity Service em Dallas, Texas, publicou um estudo que revelou uma taxa de mortalidade neonatal de 26.6 por 1.000 nascidos vivos em casa comparando com a taxa de mortalidade no hospital, que chegou a 50.4 por 1.000.The Five Standards of Safe Childbearing, 1981, Stewart, p. 241

Uma pesquisa realizada ao longo de seis anos, pelo Texas Department of Health, de 1983 a 1989, revelou que a taxa de mortalidade infantil nos partos assistidos por parteiras não certificadas, em casa, foi de 1.9 a cada 1.000 comparada com a taxa dos partos realizados por médicos de 5.7 a cada 1.000.Texas Lay Midwifery Program, Six Year Report, 1983-1989, Bernstein & Bryant, A taxa nos partos assistidos por parteiras treinadas e certificadas foi de 1 a cada 1,000 e por outros tipos de assistentes foi de 10.2 mortes por 1,000 nascidos vivos.Labor Pains: Modern Midwives and Homebirth, Sullivan & Weitz, 1988

Um estudo que envolveu 3.257 partos fora do ambiente hospitalar, no estado do Arizona assistidos por parteiras licenciadas entre 1978 a 1985 mostrou que a mortalidade materna atingiu 2.2 a cada 1,000 e a mortalidade neonatal atingiu 1.1 a cada 1,000 nascidos vivos.

Se quiser saber mais:


"Home Birth Study" British Medical Journal, June 2005

"Outcomes of Planned Home Births with Certified Professional Midwives: Large Prospective Study in North America" British Medical Journal, June 2005

"Evidence Based Maternity Care Report" Childbirth Connection/Millbank Memorial Fund, October 2008

Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher

Um dia por todas as mulheres do mundo - 25 de Novembro

Em 1999, as Nações Unidas (ONU) designaram oficialmente 25 de Novembro como Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.

Antes desta indicação da ONU, o dia 25 de Novembro já era vivido pelo movimento internacional de mulheres. A data está relacionada com a homenagem a Tereza, Mirabal-Patrícia e Minerva, presas, torturadas e assassinadas em 1960, a mando do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo.

Não nos permitirem mandar no nosso corpo também é uma forma de violência, pensem nisto, pensem como um parto pode ser violento... Pensem como uma episiotomia pode ser mutilante...

sobre a violência no parto
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-12902008000300014&script=sci_arttext&tlng=en


Se for vítima...se for testemunha...
Não tenha medo de denunciar!!

Em Portugal ligar em caso de urgência 800202148.

Pedir apoio à APAV- Associação de Apoio à Vítima http://www.apav.pt/home.html
707200077 - email: apav.sede@apav.pt

No Brasil :http://www.ipas.org.br/violencia.html
ou ligue para o número 180 ( atendimento Nacional).

Para pensar...

Canção da Criança
Tolba Phanem - (6/21/2005)

"Quando uma mulher, de certa tribo da África, sabe que está grávida, segue para a selva com outras mulheres e juntas rezam e meditam até que aparece a “canção da criança”.

Quando nasce a criança, a comunidade se junta e lhe cantam a sua canção.

Logo, quando a criança começa sua educação, o povo se junta e lhe cantam sua canção.

Quando se torna adulto, a gente se junta novamente e canta.

Quando chega o momento do seu casamento a pessoa escuta a sua canção.

Finalmente, quando sua alma está para ir-se deste mundo, a família e amigos aproximam-se e, igual como em seu nascimento, cantam a sua canção para acompanhá-lo na "viagem".

"Nesta tribo da África há outra ocasião na qual os índios cantam a canção.

Se em algum momento da vida a pessoa comete um crime ou um ato social aberrante, o levam até o centro do povoado e a gente da comunidade forma um círculo ao seu redor.

Então lhe cantam a sua canção".

"A tribo reconhece que a correção para as condutas anti-sociais não é o castigo;

é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade.

Quando reconhecemos nossa própria canção

já não temos desejos nem necessidade de prejudicar ninguém."

"Teus amigos conhecem a "tua canção" e a cantam quando a esqueces.

Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometes ou as escuras imagens que mostras aos demais.

Eles recordam tua beleza quando te sentes feio;

tua totalidade quando estás quebrado;

tua inocência quando te sentes culpado

e teu propósito quando estás confuso."

Tolba Phanem

Hoje na Sic Mulher

A Dra. Radmila Jovanovic estará presente no programa Mundo das Mulheres da Sic Mulher, com a apresentadora Adelaide de Sousa. O programa tem a duração de uma hora, das 18h50 às 19h50, e é em directo. O tema será "Partos na água". A não perder!

Petição

Parece que querem que o parto em casa em França se torne ilegal...

olhem a mensagem que recebi... vou já assinar a petição!

accouchement à domicile

l'accouchement à domicile (AAD) est en passe de devenir illégal !!!!!

le compte à rebours est largement entamé !

ce n'est plus qu'une question de mois pour que le CNOSF réussisse à faire
stopper tout accompagnement en AAD... les Sages Femmes AAD font l'objet
d'une véritable chasse aux sorcières et arrêtent les unes après les
autres... c'est une HECATOMBE

Pour soutenir la liberté d'accoucher librement, allez signer le manifeste :


http://dechaineesweb.free.fr/index.php?page=q


Lorsque les 343 signatures (comme le 5 avril 1971) seront atteintes

le manifeste sera imprimé sur papier glacé et envoyé à qui de droit:

CNGOF, CNOSF, ministère de la Santé...

ainsi qu'au Canard Enchainé, Charlie Hebdo, Le Monde...

et je compte sur vous pour faire suivre sur tous les forums, à vos carnets
d'adresses... etc... merci

"L'obstétrique traditionnelle consiste à surveiller un phénomène physio en
se tenant prêt à intervenir à tous les instants. L'obstétrique moderne
consiste à perturber le phénomène de telle sorte que l'intervention devienne
indispensable à l'heure exacte où le personnel est disponible. C'est
beaucoup plus difficile." Prof. Malinas, gynécologue-obstétricien. Le
Dauphiné Libéré, 8 mai 1994.

A dor no parto...

A dor do parto é uma dor intermitente, vem com a contração, começando fraca e vai aumentando, até atingir o pico de intensidade, depois começa a diminuir e desaparece completamente. No intervalo entre as contrações não há dor, dá tempo para relaxar, meditar, respirar profundamente e muitas vezes dormir.


É uma dor diretamente influenciada por fatores psicológicos, funcionais e emocionais. Quando estamos com medo, ficamos tensas, e a nossa tensão faz a dor aumentar. É um ciclo bem conhecido, o ciclo do medo-tensão-dor.




Uma boa experiência de parto significa, entre outras coisas, lidar com a dor inerente ao processo de abertura do colo do útero e aliviar ou eliminar as dores desnecessárias, provenientes de tensões, medos, ambientes impróprios, manobras médicas discutíveis ou presença de pessoas indesejadas.

Como podemos minimizar o desconforto das contrações?

  • Água, um recurso importante, nas suas variadas formas. O chuveiro morno sobre as costas é relaxante e diminui a sensação de dor. Não há limite de tempo para a mulher permanecer no chuveiro, as banheiras comuns ou de parto também são relaxantes e diminuem a sensação de dor. O ideal é que a imersão seja feita quando a dilatação já atingiu 5 ou 6 cm, para que não haja desaceleração do trabalho de parto.


  • Respiração, embora todos saibamos respirar, existem técnicas que ajudam a aumentar a oxigenação durante as contrações e o relaxamento durante os intervalos. Basicamente, entre contrações a respiração deve ser calma e profunda, propiciando maior relaxamento. Durante a contração, usa-se uma respiração mais acelerada, começando lenta e ficando mais curta e rápida no auge da contração ( cachorrinho), voltando aos poucos a ficar mais profunda e longa conforme a contração vai desaparecendo. Esta respiração aumenta a oxigenação. Embora essas sejam dicas úteis para o parto, a respiração varia de mulher para mulher não exitem regras fixas! manter intiutivamente um ritmo respiratório sem necessidade de auxílio é uma forma de devolver o protagonismo á mulher!

  • Iluminação – para a maioria das mulheres, um ambiente na penumbra ou meia luz é mais propício ao relaxamento.

  • Velas, aromas, cores – o uso de outros elementos ambientais podem ser muito importantes individualmente, todos os recursos ambientais são válidos, desde que seja a parturiente a escolher.Palavras de encorajamento, silêncio, privacidade e ambiente discreto


  • Carinho e apoio obtido do companheiro, mãe, amiga, doula, etc. Não sentir-se sózinha nesse momento tão importante e intenso, ser cuidada... É importante sentir confiança nas pessoas que estão presentes no trabalho de parto, deve haver compreensão, paciência, e respeito para com seus ritmos e tempos naturais de um parto.

  • Massagem, os impulsos nervosos gerados pela massagem em determinadas regiões do corpo vão competir com as mensagens de dor que estão são enviadas ao cérebro, reduzindo as sensações de dor. São impulsos nervosos diferentes, competindo pelos mesmos receptores do cérebro. Essa massagem deve ser aplicada nos pés e mãos e funcionam como a técnica de contra-pressão (feita nas costas, na altura da borda superior da bacia). Massagens aplicadas nos ombros e pescoço são melhores entre as contrações e ajudam a relaxar. Já a massagem suave na barriga, braços e pernas dá a sensação de apoio físico e companheirismo.

  • Relaxamento, não permita que o seu corpo lute contra a dilatação ou contra as dores por ela provocadas. Essa luta provoca tensão, que por sua vez desacelera o trabalho de parto e provoca mais dor. É assim que o relaxamento permite que seu útero faça o trabalho. Relaxar significa entre outras coisas desconectar-se das preocupações e do mundo exterior. As contrações devem ser vista como "amigas" por isso relaxe e abra o seu corpo, aceite as contrações como aliadas e não inemigas ou algo a evitar... são as contrações que vão fazer dilatar o seu colo do utero para a passagem do seu bebé...

  • Meditação,


  • Visualização, para muitas mulheres esse recurso é importante, pois promove o relaxamento e diminui as tensões. A parturiente pode visualizar o bebé a descer pela bacia, o bebé saindo pela vagina, o colo do utero a abrir coisas, etc.
  • Vocalização,cantar,gritar,gemer,chorar, rir, etc
  • A movimentação do corpo auxilia na mobilidade dos ossos da bacia e diminui o tempo de trabalho de parto, algumas posições servem para corrigir apresentações inadequadas do bebé, podem aumentar o fluxo sanguíneo do útero ou podem dar mais conforto. É comum médicos ou regras hospitalares restringirem a posição da parturiente, deitada de lado durante o trabalho de parto ou de costas na hora da expulsão.

  • Ouvir música é relaxante para algumas mulheres, para outras pode ser fonte de perturbação. O importante é que cada mulher escolha se quer ou não quer música, quando e quais músicas devem ser tocadas durante o trabalho de parto.

  • .....

  • Tudo é valido desde que faça sentido para si!













    Quando nos sentimos confortáveis, seguras, acompanhadas de pessoas que nos são queridas, aumentamos a nossa capacidade de relaxar e assim concentramo-nos no trabalho de parto. O medo da dor é o principal inimigo da mulher em trabalho de parto. Quando há medo, aumenta a tensão, que aumenta a dor.


    E perguntao voces... então e a epidural???? Não é segura?

    Um procedimento dificilmente pode ser chamado de “seguro” quando aproximadamente um quarto (23%) das mulheres que levam a epídural tem complicações. São vários e sérios os riscos para as mulheres, a começar com a possibilidade da mulher poder morrer por causa da epídural. A taxa de mortalidade materna para mulheres em trabalho de partos normais que optam pela epídural é três vezes superior que para as mulheres em trabalhos de partos normais sem epídural. Em cada 500 epidurais administradas haverá um caso de paralisia temporária da mulher e de paralisia permanente em cada meio milhão de epidurais. A mulher tem entre 15 e 20% de hipótese de ter febre após ter levado a epídural, necessitando de avaliação diagnostica de possíveis infecções na mulher e no bebé, as quais podem por vezes ser invasivas, tal como uma punção lombar no bebé. Entre 15 e 35% das mulheres que levam a epídural virão a sofrer de problemas de retenção urinária depois do parto.

    Cerca de 10% das anestesias epídural não funcionam e não há alívio da dor. Mesmo quando funciona, perto de um terço das mulheres que recebem a epídural trocam poucas horas de ausência de dor no trabalho de parto por dias ou semanas de dor depois do parto. 30 a 40% das mulheres que recebem a epídural durante o trabalho de parto terão fortes dores de costas depois do parto e 20% continuarão a ter um ano depois.


    Muitos estudos científicos têm mostrado que as mulheres que levam a epídural para as dores de parto terão um período expulsivo consideravelmente mais longo. O que, por sua vez, resulta num risco quatro vezes superior relativamente ao recurso a fórceps ou ventosa e, no mínimo duas vezes maior de cesariana, e estas intervenções médicas durante o parto também levam aos seus próprios riscos. Enquanto muitas mulheres podem de livre vontade correr riscos para com elas próprias, é altamente irrazoável que de livre vontade coloquem os seus bebés em risco. Uma complicação frequente na mulher, depois da epídural iniciar o seu efeito é a súbita queda de pressão, originando uma redução da corrente sanguínea que vai através da placenta ao feto, resultando de uma suave a severa falta de oxigénio para o feto, como pode ser visto no monitor dos batimentos cardíacos fetais. Noutra estratégia típicamente “hich-tech” de uso de uma segunda intervenção de forma a remediar os efeitos da primeira, os técnicos de saúde administram na mulher uma grande dose de líquidos via intra venosa, de forma a tentarem prevenir a queda de pressão arterial causada pela epídural, mas isto nem sempre resulta. Na falta de oxigénio para o bebé durante a epídural recai a possibilidade, e o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia informa que a monitorização cardíaca fetal mostra severa hipoxia fetal de 8 a 12 por cento dos bebés cujas mães foi dada a epídural para as dores normais de parto. Há outros riscos para o bebé, alguns dados, inclusive sugerem função neurológica reduzida até um mês de idade dos bebés. A mais recente inovação na anestesia epídural, como a mudança do tipo de fármaco usado ou a quantidade, ou a “walking epidural” (epídural que possibilita o movimento) não eliminam estes riscos nem para a mulher, nem para o bebé.


    Para saberem mais sobre epidural podem ler o artigo traduzido pela Bionascimento - Os Riscos Ocultos das Epidurais http://www.bionascimento.com/index.php?option=com_content&task=view&id=191&Itemid=0


    O melhor plano para encarar a dor é senti-la como uma aliada no processo de fazer nascer o bebé. Acreditar que ela tem uma função fisiológica e tentar dar à luz num ambiente propício: sem imposições de terceiros, sem stress e sem intervenções desnecessárias. E confiar na Natureza. Se a dor de parto fosse realmente impossível de suportar, há muito que a Humanidade se tinha extinguido...


    Bibliografia:

    • Ana Cris Duarte - Amigas do Parto
    • Iol Mãe
    • Wagner M Pursuing the Birth Machine: the Search for Appropriate Birth Technology, ACE Graphics, Sydney & London 1994
    • Goer, H The Thinking Woman's Guide to a Better Birth Penguin Putnam, New York, 1999
    • Birth International
    • Epídural-Marsden Wagner (ex-director da Saúde Materno Infantil da OMS) - traduzido por Bionascimento

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