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Parir em Paz

Parir em Paz

Instruções Básicas para Meditação da Respiração

(Originalmente publicado no Acesso ao Insight)

A técnica que irei ensinar é a meditação da respiração. É um bom tópico independentemente da sua orientação religiosa. Como meu mestre disse certa vez, a respiração não pertence ao Buddhismo ou Cristianismo ou a qualquer seita. É propriedade comum que qualquer pessoa pode usar para meditar. Ao mesmo tempo, de todos os tópicos de meditação que existem, é provavelmente o mais benéfico para o corpo, pois quando estamos lidando com a respiração, não estamos lidando somente com o ar que entra e sai dos pulmões, mas também com todas as sensações de energia que percorrem o corpo com cada respiração. Se você conseguir aprender a se tornar sensível a essas sensações, e permitir que elas fluam facilmente e sem obstruções, você poderá auxiliar o seu corpo a funcionar mais facilmente, e dar para a mente um meio para lidar com a dor.

Então vamos todos meditar por alguns minutos. Sentem-se confortavelmente eretos, em uma posição equilibrada. Vocês não precisam ficar duros e retos como um soldado. Tentem somente não se inclinar para a frente ou para trás, ou para a esquerda ou direita. Feche os olhos e diga a si mesmo, "Que eu possa ser verdadeiramente feliz e livre de sofrimento." Isso pode parecer uma forma estranha, até egoísta, de começar a meditar, porém existem boas razões para isso. Primeiro, se você não consegue desejar a sua própria felicidade, não há meio de que você possa honestamente desejar a felicidade de outros. Algumas pessoas necessitam se lembrar constantemente de que elas merecem a felicidade — nós todos a merecemos, porém se não acreditamos nisso, encontraremos constantemente formas de nos punir, e acabaremos punindo outros de forma sutil ou grosseira também.

Segundo, é importante refletir acerca do que é a verdadeira felicidade e onde ela pode ser encontrada. Um momento de reflexão mostrará que você não poderá encontrá-la no passado ou no futuro. O passado já passou e a sua memória dele não é confiável. O futuro é uma grande incerteza. Portanto, o único lugar onde realmente podemos encontrar a felicidade é no presente. Porém mesmo aqui você tem que saber aonde procurar. Se você tentar basear a sua felicidade em coisas que mudam — aparências, sons, sensações em geral, pessoas e coisas externas — você está buscando desapontamento, tal como construir uma casa sobre um penhasco em que já ocorreram deslizamentos várias vezes no passado. Dessa forma a verdadeira felicidade deve se procurada dentro de você. A meditação é como uma caça ao tesouro: encontrar na mente aquilo que tem valor consistente e imutável, algo que nem mesmo a morte consegue tocar.

Para encontrar esse tesouro nós precisamos de ferramentas. A primeira ferramenta é o que estamos fazendo agora mesmo: desenvolvendo boa vontade para dentro de nós mesmos. A segunda é disseminar essa boa vontade para outros seres vivos. Diga a si mesmo: "Todos seres vivos, não importa quem sejam, não importa o que lhe tenham feito no passado — que todos eles também encontrem a verdadeira felicidade." Se você não cultivar esse pensamento, e ao invés disso, trazer rancores para a sua meditação, isso é tudo que você será capaz de ver quando olhar internamente.

Somente quando você tiver limpado a sua mente desta forma, e tendo colocado os assuntos externos de lado, você estará pronto para focar na respiração. Traga a sua atenção para a sensação da respiração. Inspire e expire longamente por algumas vezes, focando em qualquer ponto do corpo em que a respiração seja notada facilmente, e que a sua mente se sinta confortável. Pode ser no nariz, no peito, no abdômen, ou qualquer outro ponto. Permaneça com esse ponto, observando a sensação que é produzida pela inspiração e pela expiração. Não force a respiração, ou pressione o seu foco de maneira muito intensa. Permita que a respiração flua naturalmente, e simplesmente fique de olho na sensação. Saboreie a sensação, como se ela fosse algo especial que você queira prolongar. Se a sua mente divagar, simplesmente traga-a de volta. Não fique desencorajado. Se ela divagar 100 vezes, traga-a de volta 100 vezes. Mostre-lhe que a sua intenção é séria, e eventualmente ela cederá.

Se você quiser, pode experimentar com diferentes tipos de respiração. Se a respiração longa é confortável, permaneça com ela. Se não é, mude para qualquer ritmo que lhe pareça tranqüilizador para o corpo. Você pode tentar a respiração curta, respiração rápida, respiração lenta, respiração profunda, respiração superficial — qualquer uma que lhe pareça mais confortável exatamente agora...

Uma vez que a respiração esteja confortável no ponto que você escolheu, mova a sua atenção para observar como a respiração é sentida em outras partes do corpo. Comece focando na área imediatamente abaixo do umbigo. Inspire e expire, e observe a sensação naquela área. Se você não perceber nenhum movimento, simplesmente esteja consciente do fato de que não existe movimento. Se você sentir movimento, observe a característica do movimento, para ver se a respiração é sentida de maneira não uniforme, ou se existe alguma tensão ou firmeza. Se houver tensão, pense em relaxá-la. Se a respiração for sentida de forma irregular, pense em tranqüilizá-la... Agora mova a sua atenção para a direita desse ponto — para a parte inferior direita do abdômen — e repita o mesmo processo... Então para a parte inferior esquerda do abdômen... Então para cima para o umbigo... direita... esquerda...para o plexo solar... direita... esquerda... o meio do peito... direita... esquerda... a base da garganta... direita... esquerda... para o meio da cabeça... (tome alguns minutos para cada ponto).

Se vocês estivessem meditando em casa poderiam continuar este processo por todo o corpo — pela cabeça, pelas costas, pelos braços e pernas até a ponta dos dedos das mãos e dos pés — porém como nosso tempo é limitado, eu lhes pedirei que retornem o seu foco para qualquer um dos pontos anteriores. Deixe que a sua atenção se estabeleça confortavelmente nesse ponto, e então deixe que a sua atenção se espalhe para preencher todo o corpo, da cabeça até a ponta dos pés, tal como se você fosse uma aranha sentada no meio da teia. Ela está sentada em um ponto porem sensível a toda a teia. Mantenha a sua atenção expandida dessa forma — você tem que fazer um certo esforço, pois a tendência será de contrair-se a um ponto somente — e pense a respeito da respiração entrando e saindo de todo o seu corpo, através de cada poro. Deixe a sua atenção simplesmente permanecer assim durante algum tempo — você não precisa ir a nenhum outro lugar, não há mais nada acerca do que pensar... E depois suavemente saia da meditação.

 

O controle da composição do leite - Dr. González

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Não só a quantidade de leite produzida, como também sua composição, depende da forma como o bebê mama. O bebê controla o peito para obter o tipo de leite que necessita em cada momento.

A quantidade de gordura no leite aumenta ao longo da mamada. Não é um aumento pequeno; está comprovado que a concentração de gordura ao final da mamada pode ser cinco vezes maior que no princípio. Às vezes, fala-se em "leite do princípio" e "leite do final"; mas não é que existam dois tipos de leite, "plim", acabou o leite desnatado e agora sai leite com gordura. A quantidade de gordura (e, portanto, de calorias) vai aumentando gradualmente, como se mostra no esquema da figura 1. No princípio, o bebê mama poucas calorias em grande quantidade de leite; ao final, muitas calorias em pouco volume. Veja que nesse gráfico não aparece o tempo. O tempo depende da velocidade em que o bebê mama; pode ser que mame tudo que quer mamar em dois ou três minutos, ou pode precisar de mais de vinte.

 

Assim, quanto mais leite o bebê ingerir em uma determinada mamada, maior será a quantidade de gordura ingerida (é possível que haja um limite máximo, claro, mas esse limite nunca se alcança, porque como já dissemos, um bebê nunca esvazia o peito completamente). Quando solta o peito, essas últimas gotas que ainda caem têm uma concentração de gordura muito alta. Quando voltar a mamar, após algumas horas, as primeiras gotas de leite terão muita pouca gordura. Aquele último leite concentrado foi sendo diluído durante esse intervalo com o novo leite, mais aguado, que foi produzido nesse período. Acredita-se que também aqui exista um autocontrole, e que, se o bebê deixa dentro do peito muita quantidade de gordura, esta inibe a produção de mais lipídios e o leite produzido em seguida é mais aguado que o habitual. Como se o bebê dissesse: "mamãe, não consigo terminar de comer esse macarrão, está muito gorduroso." e ela responde, "não se preocupe, na próxima vez colocarei menos óleo".

Suponhamos que o bebê pegue e solte o peito, mas após cinco minutos, volte a mamar. Sairá leite com pouca gordura? Claro que não, não houve tempo para que o leite recém produzido tenha diluído o que ficou no peito no fim da mamada anterior. Sairá, desde o princípio, o mesmo leite "do final" que estava saindo há alguns instantes. A quantidade de lipídios do começo da mamada depende do nível que se alcançou na mamada anterior e do tempo transcorrido desde então.

A todo momento, estamos falando de um só peito. Mas, claro, tem também o segundo. Tomar 100 ml de um só peito não é o mesmo que tomar 50 ml de cada um; no segundo caso, o bebê está tomando muito menos gordura e, portanto, muito menos calorias. E também não é o mesmo que tomar 70 e 30, 85 e 15...

 

E se não é o mesmo, o que é o melhor? Quando tirar o bebê do primeiro peito para colocá-lo no segundo? Não fazemos idéia. Não sabemos qual a quantidade de lipídios que um bebê necessita (os livros de nutrição podem dizer coisas como: “os lactentes entre seis e nove meses necessitam entre x e y miligramas/quilo/dia de lipídios”, mas não pode nos dizer quantos lipídios Laura de Souza, de 8 meses, necessita tomar essa tarde às 16h28min), não sabemos qual a quantidade de lipídios tem o leite no princípio da mamada, não sabemos quantos ml de leite já tomou, não sabemos em qual velocidade está aumentando a quantidade de gordura no leite nesta mamada determinada, não sabemos qual a quantidade de gordura terá o leite do segundo peito, não sabemos qual a quantidade de leite do segundo peito que caberá no estômago dele. E como há gente capaz de dizer coisas como: “em dez minutos tire o bebê do primeiro peito para dar o segundo?” Vai saber! A ignorância dá asas à audácia.

 

Cada bebê dispõe, pois, de três mecanismos para modificar a composição do leite que toma a cada momento: pode decidir o quanto de leite vai tomar, quanto tempo demorará para voltar a mamar, e se mamará um peito ou dois. Foi comprovado cientificamente, analisando o leite em cada caso, que os três fatores influenciam na sua composição. A quantidade de leite ingerida deveria depender do tempo em que o bebê está no peito; mas a relação é tão variável (uns mamam depressa e outros devagar) que estatisticamente não há relação: não podemos dizer “se está mamando há cinco minutos, ingeriu 50 ml, se está há dez minutos, mamou 130 ml”. A concentração de gordura não depende da quantidade de tempo que o bebê mama e sim da quantidade de leite que o bebê mama no período. Veja bem, para um bebê determinado, em uma mamada determinada, é óbvio que se lhe tiramos do peito antes, terá tomado menos leite. E, se por uma lado é fácil medir quanto tempo mama, por outro é muito difícil saber quanto de leite tomou. Assim, para fins puramente didáticos poderíamos dizer que os três mecanismos de controle são:

- a duração da mamada;

- a frequência das mamadas;

- mamar um peito ou dois.

Cada bebê, em cada momento do dia ou da noite, modifica à vontade esses três fatores para conseguir o alimento que necessita.

 

Quando se tira o bebê do primeiro peito antes de que ele acabe (talvez porque alguém com boa vontade advertiu: “principalmente, dê o segundo peito antes que ele durma”), em vez do último leite do primeiro peito, tomará o primeiro leite do segundo peito. Isso significa, como indica a figura 2, que necessitará tomar mais quantidade para obter as mesmas calorias. Se a diferença for pequena, provavelmente não acontecerá nada. Toma um pouco mais de leite e problema resolvido. Mas se mudam o bebê de peito quando ainda teria que mamar muito do primeiro (por exemplo, quando tiramos do peito com dez minutos um bebê necessita de quinze ou vinte minutos) a quantidade de leite que teria de tomar é tão grande que, simplesmente, não cabe em seu estômago. Nos adultos, o estômago tem uma capacidade muito superior a que normalmente se usa; poderíamos tomar um litro de água depois de comer e quase não sentiríamos nenhum incômodo. Mas o estômago de um bebê é muito pequeno, quase não tem capacidade de reserva. O bebê se vê obrigado a soltar o segundo peito porque não agüenta mais nada, mas por outro lado, ainda está com fome; a situação é muito similar à que ocorre quando a pega está errada.




 

Em 1988, Michael Woolridge e Chloe Fisher publicaram na prestigiada revista médica Lancet cinco casos de bebês que apresentavam de forma continuada choro frequente, cólicas, diarreia e outros incômodos. Bastou dizer às mães que não tirassem o bebê do primeiro peito, mas que esperassem que ele soltasse sozinho quando acabasse, para que os problemas desaparecessem. Pouco depois, Woolridge e outros pesquisadores tentaram reproduzir experimentalmente a situação em um grupo de bebês saudáveis que não tinham problemas com a amamentação. Disseram à metade das mães que tirassem o bebê do primeiro peito após dez minutos, e à outra metade que esperassem que o bebê soltasse o peito espontaneamente. Pensavam que os bebês do primeiro grupo tomariam líquido demais, lactose demais e pouca gordura e, portanto, teriam cólicas, vômitos e gases. Mas os próprios bebês modificavam os outros dois fatores, o intervalo entre as mamadas e a decisão de mamar um peito ou os dois, de forma que ao longo do dia conseguiam mamar a mesma quantidade de gordura que o outro grupo e não tinham nenhum problema.

Como o bebê tem três ferramentas (lembre: frequência das mamadas, duração das mamadas, mamar um peito ou dois) para controlar a composição do leite, é possível que a maioria deles dê um jeito para controlar com duas delas, mesmo que tenhamos fixado a terceira arbitrariamente. Talvez aqueles cinco bebês que tiveram problemas para limitar o tempo de sucção sejam exceções, sejam bebês (ou mães) com menor capacidade fisiológica de adaptação. Do mesmo modo, todos nós caminhamos, mas na hora de correr uns irão mais depressa e se cansarão antes que os outros.

 

A capacidade de adaptação dos seres vivos pode ser muito grande, mas não podemos esperar milagres. Ao longo do século passado, muitos médicos se empenharam em controlar simultaneamente os três fatores: o bebê tem que mamar exatamente dez minutos de cada lado a cada quatro horas. A exatidão chegava a ser obsessiva; ainda hoje algumas mães perguntam se as quatro horas começam a contar desde quando o bebê começa a mamar ou desde que acaba (porque, claro, com dez minutos por peito e um entre eles para arrotar, seriam quatro horas e vinte e um minutos). Muitos livros e muitos especialistas nem sequer diziam “a cada quatro horas”, mas estipulavam as horas concretas: às oito, ao meio dia, às quatro, às oito e à meia noite. Nem pense em dar às nove, à uma e às cinco! Entre meia-noite e oito da manhã havia um descanso noturno de oito horas (passar metade da noite acordada vendo seu filho chorar e não podendo dar de mamar era chamado de descanso noturno). O intervalo de quatro horas era a recomendação da escola alemã. Também havia uma recomendação da escola francesa de dar de mamar a cada três horas, com descanso noturno de seis horas. Cabe perguntar se dar de mamar cinco ou sete vezes durante o dia influía no caráter nacional desses países. Também havia partidários de dar em cada mamada um peito ou ambos (esses últimos mais numerosos), o que no total perfaziam quatro teorias: um peito a cada três horas, dois a cada três, um a cada quatro horas e dois a cada quatro horas. Mas, habitualmente, cada médico seguia uma teoria somente e a defendia com entusiasmo.

 

Assim, os bebês se encontravam totalmente desarmados: não poderiam decidir sobre a frequência, nem sobre a duração, nem o número de peitos que deveriam mamar. E não podiam controlar nem a quantidade nem a composição do leite, tinham que se conformar com o que o acaso lhe determinava. Na maioria dos casos, a quantidade era insuficiente e a composição, inadequada; os bebês choravam, queixavam-se, vomitavam, não aumentavam de peso... Há uns anos, na Espanha, ainda amamentar aos três meses era raro, e fazê-lo sem ajuda de complemento era quase heroico.

 

Claro, também há casos em que, pela mais rocambolesca das coincidências, o bebê obtém a quantidade de leite de que necessita e com uma composição adequada mamando dez minutos a cada quatro horas. Essas raras exceções só vêm confirmar a fé dos médicos nos horários rígidos: “Isso de amamentar em livre demanda é uma bobagem. Eu conheci uma mãe que seguia ao pé da letra a regra de dez minutos a cada quatro horas, e tudo ia maravilhosamente bem; amamentou até os nove meses e o bebê dormia como um anjo e engordava perfeitamente. O que acontece é que as mães de hoje não querem trabalho, preferem a comodidade da mamadeira.”

Woolridge MW, Fisher C. Colic, “overfeeding” and symptoms of lactose malabsorptiom in the breast-fed baby: a possible artifact of feed management? Lancet. 1988; 2:382-4.
Woolridge MW. Baby-controlled breastfeeding: biocultural implications. En Stuart-Macadam P, Dettwyler KA, eds.: Breastfeeding. Biocultural perspectives. New York: Aldine de Gruyter, 1995.
Woolridge MW, Ingram LC, Baum LD. Do changes in pattern of breast usage alter the baby’s nutrient intake? Lancet 1990;336:395-397.

Tradução: Fernanda Mainier
Revisão: Luciana Freitas

Nota das tradutoras:

Resumindo, os bebês têm 3 mecanismos para controle das mamadas e da ingestão de leite:

1- a duração da mamada - portanto é um erro determinar que o tempo que o bebê deve mamar, nem 5 nem 10, nem 15, nem 50 minutos. Cada bebê controlará em cada mamada quanto tempo deve mamar. Se tiramos o bebê antes do tempo que ele vai determinar naquela mamada, é óbvio que terá mamado menos do que necessita.

2- a frequência das mamadas - portanto, é igualmente errado colocar intervalos fixos para mamadas: nem de 3 em 3 horas, nem de 4 em 4 horas, nem de 1 em 1 hora. O bebê é que determina se quer mamar 1 hora depois ou 3 horas depois. É o que chamamos livre demanda.

3- se quer mamar um peito ou dois - só devemos trocar o bebê de peito numa mesma mamada, se ele largar espontaneamente o primeiro e demonstrar que ainda quer mamar, e que o primeiro se esvaziou (se no primeiro ainda há leite, deve-se oferecer o primeiro novamente - se for na mesma mamada). Assim, a regra é um peito por mamada, a não ser que ele ainda queira mais. E sempre alternando os peitos a cada mamada.

Se colocarmos limites nesses três fatores, ou seja, determinar quantos minutos devem durar as mamadas, determinar o intervalo entre elas e oferecer sistematicamente sempre os dois peitos numa mesma mamada estaremos contribuindo e muito para que o bebê não ingira a quantidade de leite adequada ao seu desenvolvimento.

Esqueçam o relógio!





 
 
class=718142908-30062009>Obrigado Doula Rosa pela partilha da informação!
























Interessante...

Há um exercício que se aprende em coaching muito interessante e digamos que muito elucidativo. Temos de imaginar que um Médico nos diz que temos uma doença grave e que tempos apenas 15 dias de vida. Temos de imaginar isto e fazer uma lista de coisas que queremos ainda fazer. Convido-vos a fazer uma destas listinhas.

Depois de feita, voltamos ao Médico e ele diz-nos que afinal, não é assim tão grave e que ainda temos 6 meses de vida. Refazemos a lista de “afazeres”, é possível que acrescentemos coisas, ou não. Façamos então esta nova lista.

Dias depois vamos ver como está o nosso caso grave e eis que temos outra boa notícia! Afinal vamos viver mais 10 anos! Temos mais tempo, temos mais hipóteses de fazer mais, de produzir mais, de fazer mais gente feliz, de dar mais abraços e dizer “Deixa lá!”



Temos consciência de quanto o tempo é importante e valorizamo-lo de forma nunca feita. Passamos a viver com outra intensidade, com outra energia, com outra leveza, relativizamos todas as questões, perdoamos muito mais; temos vontade de fazer coisas que antes nos pareciam doidas, mas que gostávamos tanto de fazer… o pudor e a educação castradora que nos deram nem sempre ajuda. Temos muito medo do ridículo, do parecer mal… penso que isso esteja a desaparecer aos poucos, mas este pudor talvez esteja a dar espaço ao extremo oposto: à leviandade e desconsideração… A tal crise de valores que tanto se fala, ou melhor, falou, porque agora só se fala na crise económica, e nem percebemos que o que está por detrás da crise financeira é a falta de valores morais.



Convido-vos a fazer esta reflexão que pode ser deveras profunda e esclarecedora daquilo que nós genuinamente queremos, amamos e desejamos. Mas temos de fazer este exercício com calma, de preferência em silencio… vão ver o quão curioso é.

Nasceu uma estrela :)

E está outro Tomás a caminho ( alias 2! )
 
Nos nossos dias a escolha de um nome é feita sem grandes preocupações de significado, no entanto no passado a escolha do nome para um bebé era objecto de grandes preocupações, pois sabia-se que o nome influiria no futuro e no carácter dessa pessoa.

A escolha do nome era vista como um presságio.

 

Relato de Parto na água

Pedi autorização á Joana para partilhar este relato de parto no blog, foi um privilegio conhecer esta fantástica mulher, percebi logo que só podia acabar com um parto assim...

Um grande beijinho com saudades e admiração para as minhas colegas e amigas Sara e Ana, que mais uma vez mostraram o seu profissionalismo e dedicação.



Já sou mãe! Relato do meu parto em casa e na água!


Nada disto seria possivel sem a atenção, o carinho e elevado profissionalismo da minha enfermeira-parteira Ana Ramos e da minha doula Sara Almeida, a quem venho por aki agradecer, foram elas q me deram força e me fizeram acreditar q eu conseguiria e q podia continuar ;) ! Foi preciso ter mta paciência ;) ! Aki vai o relato:

A minha filha Catarina nasceu no dia 20 às 7h31!!!
O parto foi em casa, como planeado, dentro de água, na piscina q comprei p partos q é espectacular, a água ajuda mt realmente, tanto na fase da dilatação do alivio das contracções como na fase da expulsão, sabe mm mt bem ir p dentro de água! O pai ajudou-me a faze-la nascer, mandei-o entrar na piscina quando senti q faltava pouco p ela nascer, ele pos-se atrás de mime encostei-me a ele p fazer força, fizemos nascer a nossa filha de mãos dadas e eu c as pernas apoiadas nos pés dele p n ter tendência de fechar as pernas! Eu fiz tudo como quis, fui à casa de banho quando quis, punha-me nas posições q queria, e digo-vos ja q a posição de deitada era horrivel p suportar as contracções, eu normalmente punha-me de gatas p ultrapassar a contracção e descansava deitada, tb usei uma bola p me apoiar durante as contracções. Pude comer quando quis, e entrava e saia da agua quando queria tb! Tive o acompanhamento da minha enfermeira-obstetra, da minha doula, do meu namorado, da minha irmã e da minha sobrinha! A doula e a enfermeira estiveram sempre ao pé de mim, o q permitiu q o meu namorado descansasse e dormisse um bocado durante a fase da dilatação! Senti perfeitamente tudo o q se tava a passar no meu corpo, senti quando estava a ser a dilatação e dps a fase da expulsão, apesar de no final da dilatação ja estar um bocado drogadita, so a dizer asneiras, lol, dizem q é das endorfinas naturais, ou das hormonas n sei, mas entrei como q num estado de transe! As minhas águas só rebentaram às 6h da manhã com uma contracção mt forte, e dps eu quis entrar para a piscina e começou a fase de expulsão, pus-me apoiada na borda da piscina, de joelhos c as pernas abertas p dilatar bem a minha pélvis, senti mm vontade de fazer isto, era como me sentia melhor e foi mt natural! Houve alturas q pensei q n fosse conseguir, q doia mt, q so me apetecia morrer, lol, mas a enfermeira e doula dizem q isso é normal, q isso são pensamentos q se costumam ter mm no final! À medida q fazia força conseguia visualizar a minha pélvis a abrir e a cabeça da bebé a encaixar-se lá! Dps numa altura senti q estava mm próximo e q ia precisar da ajuda do meu namorado, pedi a ele p entrar na piscina, primeiro apareceu o cabelinho dela e em cada contracção eu ia dilatando cada vez mais a minha vulva e os tecidos, tive uma sensação de ardor q se chama "anel de fogo" q é a dor dos tecidos distendidos, mas a vontade de fazer força e de fazer a bebé nascer era superior a isso, e ao fim de algumas contracções, a minha vulva la se foi abrindo, os cabelinhos apareceram, eu fui tocando sempre na cabecinha p saber o q se estava a passar, até q ao fim de umas contracções saiu a cabeça, dps descansei uns minutos, lol, e fiz nascer o resto do corpinho da minha filha na contracção seguinte, foi espectacular! Senti o corpinho dela girar sozinho p os ombros passarem, a enfermeira disse-me q isso ia acontecer, e q o bebé fazia sozinho e foi verdade!!! A enfermeira pegou nela e passou logo p nós, foi mt emocionante e eu fikei logo consciente e saí logo do estado de transe p dar atenção à minha bebé, ela levantou a cabeça p olhar p nós qd a pegámos, chorámos os dois e ficamos os 3 abraçados, foi mt bom! Dps o pai cortou o cordão umbilical! Demos a primeira mamada ainda dentro de água e dps é q me levaram p a cama! Na cama fui cosida, so fiz 2 rasgões pequenos, um em cima, e outro no períneo, o de cima nem levou pontos e passado 2 dias ja tinha cicatrizado e o do períneo levou so 2 pontos, so rasguei 1 pouquinho de pele, nem chegou ao ânus, hoje ja fiz cocó normalmente e n me doi nada! Tb me pude logo sentar mm dps de ser cosida! O trabalho da doula e da enfermeira foi espectacular, estiveram sempre presentes e a dar-me mta força, disseram-me as palavras certas na altura certa, a doula estava sempre ao pé de mim, a abraçar-me a dar-me beijinhos e massagens, com palavras mt doces, fui tratada como uma princesa! A enfermeira interferiu o minimo possivel, às vzs auscultava a bebé, deu-me algumas indicações na fase da expulsão, dava-me palavras de ânimo, e na fase da expulsão verificou se estava tudo bem p a bebé sair e recebeu-a, dps coseu-me e fez mais uma série de coisas importantes q nem me dei conta! Elas são as duas, pessoas e profissionais espectaculares! Eu e o meu namorado ficámos os 2 mt satisfeitos c o meu parto! A minha filha nasceu com 3,900 kg, e 50,5 cm! Provavelmente se eu tivesse ido p o hospital tinham-me feito uma cesariana por ela ser mt grande, além de q ela tinha a cara virada p o meu coccix e dizem q assim é mais dificil, ou tinham-na tirado c forceps ou ventosas, e tinham-me cortado, além de q eu n teria suportado as dores se fosse p um hospital, eu acho q tinha-me passado e tinha entrado em pânico!
Gravámos o meu parto e quem quiser esta convidado p vir a minha casa ver! N vou dizer q n doi, nem q n custa, as dores são grandes à mm, mas pelo menos pude procurar formas de me aliviar, e qd tinha vontade de fazer cocó fazia, qd tinha vontade de fazer xixi e de comer tb, etc!
No dia a seguir, sentia-me mt cansada devido às dores musculares, doiam-me os musculos todos, acho q os usei a todos p fazer a expulsão, eheheh, tb perdi bastante gordura q ganhei durante a gravidez, já tenho outra vez as pernas quase sem gordura como tinha antes, a natureza realmente é espectacular!
Se tivesse ido p o hospital provavelmente tb n tinham esperado, pq a minha fase de dilatação durou mt tempo, desde as 11h30 até às 6h do dia seguinte, mas dps a expulsão foi "rápida", uma hora e meia, apesar de nos hospitais despacharem isso em 5 minutos!
Meninas, n acho bem q vos digam no hospital p aguentarem ou p n fazerem força, isso é completamente anti-natural e n sei se alguem o consegue fazer, eu n conseguiria, tinha vontade de fazer força, fazia força, mais nada!
Fartei-me de gritar, eheheh, acordei o predio todo, ainda vieram ca uns vizinhos mas aceitaram mt bem, no dia a seguir vieram me visitar!
Já fez 3 dias q ela nasceu e ja estou praticamente recuperada, ja n me doi nada no corpo, a n ser os pontos q dão 1 pouco comichão, mas é normal, n infectaram. Tb ja toquei na minha vulva e parece normal, parece q nem pari, eheheh Piscar o olho !
Já consigo fazer tudo em casa e tratar de tudo da minha menina, mas graças a deus n tive de me preocupar mt c isso pq tive cá a minha irmã e a minha sobrinha a ajudarem-me!
Tb acho importante dizer q minha filha nunca entrou em sofrimento fetal, a frequência cardíaca dela esteve sempre óptima, e tb q acho mt importante q mãe possa fazer as escolhas em relação ao parto, q posições tomar, o q fazer, quando e como fazer força, a natureza é sábia, e o q a mãe sente q é o melhor a fazer nakela altura é mm o melhor, o q o nosso corpo necessita nakele momento p akele acto! O nosso corpo sabe fazer cocó, fazer xixi, comer, tal como sabe parir, e ninguem sabe melhor do que o corpo da mãe como parir! É importante deixarmo-nos levar pelo q sentimos! Achei uma experiência surreal, de trancendência mm, percebi a capacidade enorme q o meu corpo tem e senti toda a força da natureza em mim! Poder parir à nossa vontade é espectacular, é feito naturalmente, n traumatiza e recupera-se mt bem! P mim n foi um choque, mas uma experiência linda, espectacular e de força!
Tb acho, e sei de casos q foram mm assim, q se alguma coisa n está bem, ou q n é possivel continuar o parto naturalmente, a mãe sente! Aconselho a todas as mulheres a pensarem bem no parto q vão ter, têm o direito de decidir, n é obrigatório ir p o hospital, e q acima de tudo confiem em si, na sua força, acima de tudo e de qualquer outra pessoa! O corpo é nosso, os filhos são nossos, nós é q sabemos o q é melhor p os nossos filhos e p nos no acto de parir, nós somos kem se preocupa mais!
N vos vou dizer q n há altura de duvida, em q desconfiamos q n vamos conseguir, afinal, temos de fazer akilo sozinhas, n vai nenhum médico puxar o nosso bebé com ventosas, ou cortar-nos p sair mais depressa, eu cheguei a pensar q me apetecia q alguem fizesse akilo pode mim, mas é natural pensar assim, e talvez isso é mais um factor a ajudar p q tudo corra bem, e no fundo, eu n keria k ninguem fizesse akilo por mim, nem mexesse no meu corpo, no fundo, eu keria fazer sozinha e sabia q era capaz! Na fase da expulsão da bebé, à medida q ia sentindo a vulva a abrir-se e a cabeça a aparecer, tinha perfeita noção do k se estava a passar e de k precisava de mais tempo p os meus tecidos permitirem a passagem da bebé! No hospital aceleram este momento, fazem a episiotomia p q o bebé saia mais depressa, ou usam forceps ou ventosas, nem deixam as coisas acontecerem ou a mãe trabalhar poe ela própria! A episiotomia n é melhor q uns rasgõezitos, corta camadas musculares, pele, pode cortar nervos, vasos sanguineos, a recuperação é mais dificil e dolorosa, há estudos q dizem ja à mts anos q a episiotomia de rotina é desnecessária, e so sera necessaria em menos d 5% das mulheres, em portugal fazem acima de 90% nos hospitais...tudo pq n há calma, pq n se espera, pq n se deixa a mulher fazer o trabalho q é dela! No fim, senti-me mt realizada por ter conseguido! Foi mt bom!
Hoje estou mt feliz, tenho uma filha linda, perfeitamente saudável e n a sujeitei a nada desagradavel como o q sujeitam os bebés nos hospitais e n falo só no pós-parto imediato, mas tb, durante o trabalho de parto visto as induções levarem a sofrimento fetal, as cesarianas fazerem bebés nascer adormecidos e sem terem passado pelo processo de parto q é um momento importante das suas vidas e q sabe-se hoje q é mt importante q passem por esse momento na sua vida futura a nível psicológico!
Aconselho vivamente a todas as mães este tipo de parto, e pelo menos para pensarem mt bem no sitio onde vão parir e como kerem o vosso parto, q se informem e vejam o k é melhor p si, n se entreguem a outras pessoas, nem ao k vos dizem, vocês é q sabem o k é melhor p vocês!
Contactem-me para mais informações, q ajudo no que puder!


Joana Almeida

Nova formação para doulas

 

A Associação Doulas de Portugal vai lançar mais uma Acção de Formação Inicial para doulas que terá lugar no Fundão de 25 a 27 de Setembro e 9 a 11 de Outubro.

Para pré-inscrições devem enviar e-mail para geral@doulasdeportugal.org com nome, profissão, contactos e motivos de interesse para fazer esta formação.

O preço é de 350 euros para sócios (a quota é de 30 euros) e de 400 euros para não sócios.
As formadoras serão Ana Raposeira e Luísa Condeço.

As inscrições são limitadas.
 
 
http://doulasdeportugal.blogspot.com/
 

Ajuda para um trabalho jornalístico

A ideia é falar das coisas que se dizem às grávidas em trabalho de parto. Especialmente as enfermeiras(os), mas também os anestesistas e os médicos. Isto no sentido mau, claro. Do género: «Quando estavas a fazê-lo não gritavas pois não?» E outros que podem ser considerados mais soft, mas que também incomodam, como mandar calar ou dizer «vá lá, porte-se bem». Ou qualquer comentário pouco apropriado para quem está numa situação vulnerável como é estar a parir num hospital.
 
Não te cales, se alguém te disse algo que não gostaste em Trabalho de Parto contacta-me para te encaminhar para uma jornalista.
As futuras mães agradecem!

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