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Parir em Paz

Parir em Paz

E foi assim que nasceu a Eva....

Mais um lindíssimo relato de um parto.
Foi um privilégio poder estar presente no nascimento da Eva.
Grata!

Escrevi este texto para mim (finalmente!) e por isso está longo e pormenorizado. Mas não podia deixar de ser assim pois é a memória bonita do nascimento da Eva e que espero poder contar-lhe um dia quando for crescida!



Resolvi partilhar porque ao longo dos últimos tempos também gostei de ler outras histórias como esta. E talvez algum dia tenham tempo, paciência e gosto para a ler... :)


Para as mulheres que sempre fizeram parte da minha vida e para algumas daquelas que só entraram recentemente; para a parteira e para as doulas que conheci nos últimos tempos (todas elas mulheres especiais!); para as amigas do coração, para aquelas que querem muito ser mães e também para aquelas que não querem mesmo ter filhos (pode ser que um dia mudem de ideias); para as que não perceberam porque quis ter um parto natural em casa e também para as que ficaram curiosas...


E finalmente para o homem especial que me acompanhou ao longo de toda a viagem!


Um muito obrigada pelos momentos que partilham comigo :)
-----------------------------------


Eram 7h30 da manhã, depois de uma noite muito mal dormida com calor e sem posição. Acordei com contrações regulares de 5 em 5 minutos, daquelas ainda muito fraquinhas, um leve pulsar do útero. Mas já eram muito diferentes das contracções de Braxton Hicks que tinha regularmente desde as 22 semanas de gestação. Estávamos nas 40 semanas e era o primeiro sinal. Fiquei contente e com um ligeiro nervosismo.


O namorado ia sair para trabalhar e disse-lhe que o parto possivelmente aconteceria nos dias seguintes. Tomei o pequeno-almoço nas calmas e duas horas depois já não sentia nada. Fiz uma sesta pequena de manhã e outra depois de almoço.


Ao fim da tarde as contrações voltaram, agora 'mais a sério' e de 10 em 10 minutos. Estava um dia muito, muito quente e por volta das 19h/20h ainda fomos dar um mergulho na piscina dos sogros, pertinho da nossa casa. Tentei relaxar tal como fizera nas aulas de pré-parto aquático nos últimos meses e comecei a despedir-me da barriga! Jantámos e ainda fomos ver o 'Orgasmic Birth' pela primeira vez pois só tinhamos conseguido ter acesso ao documentário uns dias antes. E telefonei à doula e à parteira assim só de pré-aviso!


Já era meia noite, as contrações continuavam super regulares e cada vez mais intensas. Começava a sentir o cansaço do final de dia e não sabia muito bem o que fazer. Tentei descansar e deitar-me mas as dores e a posição eram insuportáveis. Tentei caminhar mas não me aguentava de pé. Experimentei diversas posições na bola mas também não me sentia minimamente confortável e, para além das contrações, comecei a ter uma forte dor por cima do osso púbico que nem me sentar deixava. Estava a ficar apreensiva até que me lembrei da cadeira de baloiço e... iupi!! Tinha encontrado uma posição muito agradável - sentada, muito inclinada para trás, mas sem baloiçar!


Levei a cadeira para o quarto e assim, ao longo da noite, o namorado ressonava na cama e eu dormitava na cadeira ao lado! A cada 10 minutos acordava com a contracção, respirava fundo e logo depois caía novamente num descanso profundo! Por estranho que possa parecer a noite passou num instantinho, e deu mesmo para descansar muito e bem! Sei que não dormi realmente, nem sonhei, nem me lembro de pensar em absolutamente nada, mas sei que a mente viajou por qualquer sitio muito, muito longe! :)


Às 4h da manhã tive de me levantar para ir vomitar e até ao início da manhã seguinte isso aconteceu mais umas 4 ou 5 vezes. Não eram vómitos de agonia, dava tempo de chegar até à casa de banho. (E nem foi nenhuma surpresa, já estava à espera que acontecesse, tal como tinha acontecido dois anos antes num aborto espontâneo por que tinha passado). Era o meu corpo a reagir e a descomprimir. Depois de vomitar o corpo ficava muito mais relaxado.


Eram 8h da manhã saltei da cadeira para um agradável banho de imersão na banheira de casa onde continuava a só me sentir bem na mesma posição sentada e inclinada para trás! Nessa manhã o namorado já não foi trabalhar e começámos a contar as contrações que estavam agora muito irregulares. Tanto vinham de 3 em 3 como de 7 em 7 minutos. Tanto duravam 30 como 50 segundo. Sentia-me perfeitamente bem, relaxada, descontraída mas comecei a ficar um pouco apreensiva pois não estava a perceber se alguma coisa estava a avançar ou não e se ía acontecer em breve ou não! Telefonei à parteira, expliquei as minhas dúvidas e acrescentei que não estava a fazer nada daquilo que tanto tinha lido em livros e praticado em aulas de yoga como exercícios na bola, caminhadas, visualizações, etc, etc! A parteira respondeu "Não tens de te preocupar com isso, cada mulher tem o seu registo!".


Pois é... tinha acabado de me relembrar a "lição" mais importante de todas!!! Todas as mulheres sabem parir!!! Tinha de confiar e seguir o meu corpo que me estava a guiar nesta aventura!! A verdade é que passei todo o trabalho de parto e parto: parada, sentada, em silêncio, de olhos fechados e sem pensar em nada!! Ou seja, não fiz absolutamente nada daquilo que imaginei que me iria apetecer fazer... mas sentia-me tão bem assim e o tempo estava a passar tão rápido que nem queria acreditar!!


Às 10h e pouco chegou a parteira e sugeriu que eu saísse do banho e fosse para o quarto para me observar e ver como é que as coisas estavam à andar:


— Está tudo bem encaminhado... óptima posição da bébé... batimento cardíaco excelente... – e ainda acrescentou – está cá fora à hora de almoço!


— SÉRIO????????????? – Eu nem queria acreditar no que estava a ouvir! Que falta de noção a minha! E eu a julgar que a bébé só nascia lá para o fim do dia ou no dia seguinte!! É que até ali o tempo tinha passado mesmo muito rápido e estava a ser tudo muito mais fácil do que eu tinha imaginado!


E momentos depois, ainda deitada na cama... SPLASHHH!!! Aí foram as águas para cima da cama, do chão e da parteira! Ups...! Que sensação estranha de "incontinência" repentina e abundante! A dor/pressão que tinha na zona púbica, e que me obrigava a estar sentada e inclinada para trás, simplesmente desapareceu! Logo depois fui tomar um duche enquanto a parteira e o namorado preparavam a piscina de parto. E entretanto chegou a doula.


Logo depois, talvez por volta das 11h, entrei na piscina e foi muito bom poder estar novamente semi-submersa na água, super-relaxante! Estive mais uma hora nesta fase final da dilatação, de um lado agarrava a mão ao namorado e do outro a doula! Felizmente, apesar de supostamente serem as contrações mais fortes e finais antes da fase da expulsão, não eram tão intensas quanto imaginei, entre elas conseguia relaxar e continuava a minha minha viagem mental, que no meio de tão grande cocktail de hormonas já era muito para lá doutra galáxia!!! As contrações chamavam-me ao planeta terra, e sempre de olhos fechados e em silêncio lá respirava fundo e apertava as mãos do namorado e doula com muita força! Entretanto até comecei a ficar com as mãos dormentes e tive de ir alternando a posição - o que na água felizmente é bastante fácil!


Comecei a sentir uma ligeira vontade de fazer força, estava a entrar na fase da expulsão e muitas sensações começaram a mudar. As contrações eram bastante espaçadas, pouco intensas e nada dolorosas, quase que as conseguia ignorar não fosse a pressão da cabeça da bébé que me relembrava/obrigava a fazer força! E que força que tinha fazer, uff!!! E a bébé ajudava empurrando com os pés a parte de cima do útero (fantástico)!


Entre as contrações tentava relaxar muito. O namorado respirava profundamente, com a cara perto da minha, o que ajudava muito a manter a respiração controlada. Do outro lado a doula segredava-me o quanto todo o trabalho de parto estava a evoluir muito bem – o que me tranquilizada e dava segurança. Quando me apetecia pedia água e também para me molharem a testa com um pano de água fria. E os copos de água morna que tiravam da piscina e me deixavam escorrer pelas costas abaixo eram extremamente relaxantes!!


Nesta altura ia alternando as posições, ou estava de barriga para cima de mãos dadas à minha equipa(!) ou de barriga para baixo, ajoelhada e apoiada na borda da piscina. Ao contrário da fase de dilatação em que não pensava em nada, na expulsão apesar de continuar de olhos fechados e em silêncio fartava-me de "conversar" comigo própria – "Vá... tens de fazer mais força para conseguir pôr a criança neste mundo!!!".


A doula e parteira incentivaram-me a libertar-me mais e a vocalizar o que sentia nas contrações... e lembrei-me dos meus treinos de kung-fu e quando vinha a vontade de empurrar: HAAAAA!!! Não eram gritos de dor, mas sim de muita força e determinação!!! E de facto ajudava e muito! Depois, entre as contrações voltava a relaxar!


Algures ali pelo meio lembro-me de comentar "Estou cheia de fome!!!" Nunca imaginei que fosse sentir e dizer isto a meio do trabalho de parto! Mas era verdade!! E era normal... tinha vomitado tudo o que tinha comido nesse dia até ao momento. Mas estava demasiado fora da 'realidade normal' para conseguir comer o que quer que fosse!!


Ao contrário de toda a noite e início da manhã - em que o tempo tinha passado a correr, na piscina comecei a ficar com a sensação que já estava ali há muito tempo e o trabalho de parto não estava a evoluir. No fundo sentia-me super bem no meio da piscina, mas não em trabalho de parto! Meio na dúvida disse à doula "parece que não está a acontecer nada!?" Mas estava!!! A parteira sugeriu que eu tentasse tocar na cabeça, e de facto... IUPI!!! Estava ali, mesmo quase, quase, já conseguia tocar no cima da cabeça que estava a aparecer, e sentia perfeitamente um bocadinho de cabelo!!! O ânimo voltou!!! Ainda me perguntaram se queria sair da piscina para o banco de partos... e ponderei por segundos, mas sentia-me ali tão bem, (bolas!!) havia de conseguir pôr a criança cá fora!!! Estava era demasiado relaxada, sentia que me estava a faltar aquela adrenalina necessária para o empurrão final!


Entretanto, a parteira e a doula sugeriram que a bébé só ainda não tinha nascido porque eu estava era à espera que a minha mãe chegasse. Não tive consciência dessa questão na altura mas hoje acho que é bem verdade!!


Por volta do 4/5 mês de gravidez, depois de resolvidas umas tantas complicações (descolamento da placenta e placenta prévia), quando decidimos que o parto ia ser mesmo em casa optei por não falar disso com absolutamente ninguém, excepto com a minha mãe que reagiu mais ou menos assim:


— Um parto em casa??? Oh filha... estás MALUCA!?


— Não, não estou... E quero que tu estejas lá! :D


— O QUÊ????? NEM PENSAR!!! Era lá capaz de te ver sofrer!


Lá expliquei que ia ter um parto magnífico tal como queria! Seria um disparate partir do preconceito que o parto é igual a sofrimento (mas ela não conhecia o 'Orgasmic birth' por isso tinha de dar um desconto!!!). E tinha a certeza que ela ia adorar estar presente! Ao longo dos meses seguintes fui-lhe enviando videos de partos naturais e a futura avó lá se foi habituando mais ou menos à ideia.


Mas ao chegar a altura do parto achei que seria melhor não a chamar muito cedo. Não queria ninguém nervoso ao pé de mim! Por isso só a chamámos a meio da manhã e dissémos para vir pela hora de almoço (como se ainda faltasse muito para o grande acontecimento). Ela lá pensou que ainda tinha imenso tempo, ainda foi comprar comida e acabou por se perder no caminho (tinhamos mudado de casa há pouco tempo). Chegou uma hora atrasada, mas muito calma e sorridente como se nada fosse... e só quando entrou no quarto e viu a parteira e a doula é que percebeu que estava em cima da hora! E assim foi... uns 15 minutos depois dela chegar a bébé estava cá fora, eram 14h!


Tive de fazer muita força para a cabecita vir cá para fora e ia ouvindo a equipa a comentar "Olha a testa!... As orelhas!... O nariz!..." E aí pelo meio senti perfeitamente o "anel de fogo" (fantástico!), aqueles breves momentos mágicos que recordo com carinho e me fazem sempre evocar a imagem de um eclipse total do sol – quando num alinhamento perfeito – a lua se coloca entre a terra e o sol deixando à vista apenas o brilho intenso da coroa solar!


E assim nasceu a Eva :)


Meio atordoada peguei-lhe pelos braços ainda na água e puxei-a logo para o meu colo (não fazia questão que ela nascesse mesmo dentro de água, mas sempre tinha imaginado que se isso acontecesse, gostaria que o momento de emersão fosse mesmo muito calminho e suave, mas na altura lembrei-me lá disso!!!). Nem queria acreditar que a bébé já estava ali, tão calminha, com os olhos tão abertos, meio desorientada mas sem chorar, fez apenas uma choraminquice uns momentos depois! Colocámos uma toalha à volta e um gorro para não arrefecer e ficámos os três num grande abraço mágico! Passado pouco tempo e com alguma falta de jeito (minha e dela) a Eva começou a mamar!


Entretanto esperámos que o cordão deixasse de pulsar antes que o namorado (agora pai!!) o cortasse. Talvez uma meia hora depois, a parteira puxou suavemente o resto do cordão e a placenta saíu quase sem eu dar por nada. Segundo a parteira e a doula o cordão era invulgarmente grande e espesso. E pudémos ver com curiosidade a placenta e a membrana fetal que saíu quase intacta mas também era invulgarmente dividida em duas "secções", onde numa estaria a bébé e na outra não se sabe. Ficará a dúvida se no início dos inícios teria começado por ser uma gestação gemelar. Um dia quando tiver tempo hei de ler mais sobre 'gémeos singulares'.


Saí finalmente da piscina, fui tomar um duche e a princesa foi para o colo do pai! E agora já tinha mesmo vontade de comer – que fome!!! Durante toda a tarde continuei a sentir-me cheia de força e energia, mas o corpo relembrava-me o esforço das horas anteriores e quando me levantava ficava um bocado tonta!


As horas seguintes passaram demasiado rápido, acho que me senti a pairar, algo entre o incrédulo e o extasiado! As hormonas são mesmo muito poderosas... durante mais de 24 horas fiquei nesse estado difícil de definir. E as emoções foram mesmo inesperadas... só no final do dia seguinte é que olhei para o rosto da bébé e pela primeira vez desatei a chorar de felicidade!!!!


Agora olho para trás, dois meses depois, e estou cada dia mais feliz por isso não consigo dizer que o nascimento da Eva foi "o dia mais feliz da minha vida" mas foi, sem dúvida, o dia mais poderoso e transformador de todos!!!


Adorei o facto de me sentir em segurança, num ambiente confortável, com todas as pessoas que eu escolhi (e somente elas e mais ninguém), sem medos, sem stress, sem pressões de tempo e principalmente sem nenhuma intervenção desnecessária. Acredito que é a forma mais feliz e saudável para um bébé nascer!


Muito do que aqui escrevi resulta de conversas posteriores que tive com quem esteve presente (é a racionalização do momento!). Na realidade, durante o parto, tive muito pouca noção do que estava a acontecer para além do que eu sentia e da viagem que estava a fazer. Se nos permitirmos a essa libertação entramos mesmo noutro estado de consciência. Nunca soube que horas eram, em que fase do trabalho de parto estava, quantos dedos de dilatação tinha ou não, o que é que os outros estavam a fazer e deixei-me guiar apenas pelas minhas próprias percepções e sensações. Essa sim - é a verdadeira viagem – uma experiência fascinante que é muito difícil de traduzir em palavras. Foi lindo, lindo!! :)
Liliana Lopes Cardoso

Sabes de que são feitos os produtos que usas no teu bebé?

Eu não sabia e fui pesquisar....
Depois de ver o filme My Toxic Baby percebi o como o assunto era bem mais preocupante do que eu pensava...

Deixo-vos o trailer





E já que estamos numa altura de praia... alguma vez questionaram o creme protector que usam nos vossos filhos? Espreitem aqui : http://www.ewg.org/2010sunscreen/  - muito bom! Passei a usar MUITO menos protector e comprei um lendo o rótulo!

QUESTIONEM!!!!

Associação americana ‘Campaign for Safe Cosmetics’ denuncia produtos de higiene cancerígenos. A associação pediu a um laboratório independente que analisasse várias amostras de sabonetes, champôs e outros produtos de higiene para determinar se continham formaldeído, um derivado do formol, e dioxano, um tipo de éter. Segundo o relatório “No More Toxic Tub” , 23 dos produtos estudados contêm formaldeído e 17 apresentam as duas substâncias.

O formaldeído (metanol) é um desinfectante, composto intermediário usado na indústria química (plásticos, resinas, adesivos) e no embalsamamento. O dioxano é um éter utilizado às vezes para fazer espuma.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer Americano, estudos demonstram que a exposição de pessoas ao formaldeído pode ser relacionada ao cancro de mama, garganta, faringe e até alguns tipos de leucemia!!
A comissão de segurança dos produtos de consumo estimou que até pequenos restos de dioxano podem “causar preocupação”, já que o departamento da Saúde americano e a agência de Meio Ambiente identificaram este éter como uma das causas do cancro em animais e “provavelmente em humanos”.

“Se esses produtos químicos podem produzir cancro nos animais, certamente não deveríamos colocá-los na cabeça de nossos bebês”, afirmou Stacy Malkan, coordenadora da “Campaign for Safe Cosmetics”.

Entre as marcas apontadas estão o popular Johnson’s Baby Shampoo, o L’Oréal Kids Extra Gentle 2 em 1 e o sabão para as mãos Pampers Kandoo que, segundo as análises, contém formaldeído suficiente para provocar uma reacção alérgica na pele.


Não deixem de ver este documentário sobre os químicos dos produtos que usamos - talvez assim entendam porque não uso desodorizante!







Visitem a EWG's Skin Deep Database, uma base de dados sobre químicos nos cosméticos. Podem colocar o produto que usam na base de dados e.... surpreendam-se! São mais de 60000 champôs, desodorizantes, protectores solares.

A acção da “Campaign for Safe Cosmetics” é uma demonstração de que a sociedade pode e deve agir em defesa de sua saúde, quaisquer que sejam os interesses económicos envolvidos.

Não deixem de ler:
Contaminants in Bath Products - http://www.safecosmetics.org/article.php?id=221

Receitas para fazeres os teus próprios produtos: http://www.safecosmetics.org/article.php?id=233


Mas se acham que só temos que nos preocupar com os champô, gel de banhos, cremes e afins... enganam-se... o perigo espreita até nos BRINQUEDOS!!!!

Espreitem esta parte do My Toxic Baby



Aos brinquedos juntem os pratos e copos de plástico, os biberões, as chuchas....

Pesquisas feitas em ratos associaram a exposição prolongada ao bisfenol-A (substância química usada para dar maleabilidade aos biberões de plástico, chuchas, pratos e copos de plástico, etc) a certos tipos cancros e danos cerebrais.


O estudo Toxic Baby Bottles publicado em finais de Fevereiro 2007 pelo Environment California Research and Policy Center, revela que mesmo em pequenas quantidades o Bisfenol-A pode provocar algumas doenças, incluindo, cancro da mama, obesidade, aumento da próstata, diabetes, hiperactividade, alterações do sistema imunitário, infertilidade e puberdade precoce.

Este estudo inclui a recolha de amostras de alguns biberões dos maiores fabricantes do mundo e as respectivas medições sobre a quantidade de Bisfenol-A libertada do plástico para o alimento.

A grande maioria dos biberões e chuchas existentes no mercado português ainda é fabricada com recurso a plástico com Bisfenol-A. Não existe legislação para a rotulagem de biberões quanto à existência desta substância.
O consumidor pode identificar a presença do BPA nas embalagens através de um número gravado no fundo dos produtos que identifica o tipo de plástico utilizado na sua composição, o números 3 e 7 são os que trazem maior risco de liberarem BPA.

Dá que pensar não dá?

Orwell Rolls In His Grave



Orwell Rolls In His Grave (2004) é um documentário que mostra todo o lado corrupto dos meios de comunicação ( mídia ) tradicional americano. Monopólios e oligopólios controlam a opinião das pessoas, escondendo informações, distorcendo factos, destruindo a democracia.

"Nós equivocadamente pensamos em nosso país como uma democracia, quando na verdade tornou-se uma midiacracia: onde a imprensa, que supostamente deveria verificar o abuso político, faz parte do abuso político" - Danny Schecter.

E os meios de comunicação no nosso pais... será diferente?

Que férias!

Todas as palavras seriam pequeninas para vos conseguir explicar como estão a ser as nossas férias....

Até dia 9 de Setembro vamos estar a BRINCAR! ( e depois também :)

Aproveito para vos deixar um texto para reflexão.

O Brincar

“A máxima maturidade que um homem pode atingir é quando ele tem a seriedade que as crianças têm quando brincam“.
Nietzsche

Na minha prática diária como médico recebo frequentemente famílias e observo que o Brincar deixou de ser algo natural para ser uma preocupação e uma especialização dos pais em relação aos filhos.
Brincar não se aprende nas faculdades nem nos livros.
Atualmente cada vez mais nos deparamos com crianças cheias de compromissos e com o dia cheio de atividades que, na maior parte das vezes, não têm a ver com esta real necessidade da criança que é o
brincar.


O brincar nunca pode ser encarado como um “faz de conta” mas sim como o “fazer a sério” e dita, no primeiro setenio da criança, a maneira como ela vai desenvolver-se.


A palavra brincar tem como radical a palavra “brinco”, que vem do latim “vinculu”. Brincar constitui-se como uma atividade de ligação ou vínculo com algo , consigo mesmo e com o outro. Ao brincar, a criança experiencia as funções corpóreas tanto do pensar ,como do sentir e do querer, colocando –as num processo de aceitação ou não aceitação do mundo que a rodeia. Está assim preparando o caminho para um viver em partilha, para um relacionar-se com o outro e começa a dar os primeiros passos da sua vida escolar e social.


Percebemos e basta observarmos com atenção, que a criança basicamente imita tudo o que está à sua volta. Imitar é uma função que tem origem primariamente no seu corpo.


Esta atividade é uma função que decorre da vitalidade da criança, das suas forças de crescimento, das funções básicas de manutenção da vida e da sobrevivência. Estas forças vitais, forças que são assim denominadas por R.Steiner, vão ser a base de um pensar equilibrado e de uma aprendizagem escolar sem complicações.


“O corpo é o meio pelo qual a criança absorve o mundo. Limitar o seu espaço é o mesmo que impedi-la de respirar” (R.Steiner).


Este espaço não se refere apenas ao espaço físico mas também ao seu espaço interior.


Quando uma criança brinca, brinca com todo o seu corpo através de impulsos que surgem de dentro da sua alma - fantasia, provocando nela alegria e vontade de crescer.


As crianças exprimem isto, este impulso de atividade vital, com os seus rostos corados, sorridentes e saudáveis, pequeninos sóis a irradiar calor.


Cabe ao adulto proporcionar o espaço para esta atividade tão intensa. O adulto que interfere constantemente no brincar da criança, embora o faça, muitas vezes por desconhecimento, retira a estes sóis a oportunidade de brilhar.


O adulto que em vez de observar como a criança se desenvencilha numa situação difícil e está constantemente a “ajudá-la”, está na realidade perturbando um processo de desenvolvimento da criança e cortando o vínculo que brota dela para o mundo.


Quando o adulto brinca não consegue fazê-lo com mesma intensidade com que as crianças o fazem. Falta-lhe o impulso de fantasia natural, embora tenha, no entanto, o impulso dentro de si, para a atividade artística.


Como deveríamos, assim, brincar com as crianças:


· Primeiro, respeitar o seu impulso.


· Proporcionar-lhes o espaço físico e anímico, tendo em conta que o


seu brincar é autêntico e verdadeiro.


· Executar tarefas normais no ambiente que envolve a criança, ou seja, fazer o que for necessário fazer ao longo do dia-a-dia. Assim eles captam exemplos de como e com o quê podem brincar, de acordo com as suas respectivas idades (passar, lavar, limpar,arrumar, varrer, cozinhar, apertar parafusos, serrar, pintar, trocar lampadas, consertar objetos, movimentar-se,correr, etc...); e veja-se
como eles gostam de ajudar e fazer!


· Interferir na brincadeira apenas quando se percebe que ali pode estar um motivo de risco para a sua saúde.


· Quando for chamado a brincar com elas, saber que, quando se fala muito, a criança imita e fica cada vez mais agitada.


· Mostrar-lhes a sua capacidade criativa, improvisando materiais e soluções simples para as suas brincadeiras.


· Não se esquecer de que elas estão totalmente dentro de um mundo atemporal e cabe ao adulto fazer o papel de relógio.


· Ser mediador em situações de desentendimento entre as crianças, nunca se esquecendo que todas tem razão.


· Ser aquele que pode ensinar as regras (no caso de crianças mais velhas)


Em relação ao Brinquedo, podemos apenas salientar que ele não deve constituir uma preocupação básica porque a criança brinca com aquilo que encontra em casa (salvo as coisas perigosas). A necessidade de brinquedos vai-se transformando à medida que ela cresce e adquire novos interesses. Assim, antes de se lhe dar um brinquedo, o que pode ser sempre arriscado, observemos primeiro qual é a necessidade que a criança tem nesse momento; improvisamos um, verificamos se a necessidade é real, e podemos depois agraciá-la com uma prenda.
Veremos então o seu sol interior a brilhar. Caso contrário, se lhe damos constantemente presentes, supondo que ela vai gostar, poderemos armar uma tempestade, quando elas destruírem o brinquedo que na verdade era do gosto e a expectativa do adulto mas não dela.


As crianças recordam-nos constantemente esta força vital que também temos dentro de nós. Quando dizemos que todo adulto deveria despertar a criança que há em si, é disso que estamos a falar - da frescura, da intenção e do calor quando realizamos algo.


Se fizermos o nosso trabalho de adultos com a mesma autenticidade e entusiasmo com que as crianças brincam, então estamos sendo para elas seres a quem vale a pena imitar, e não seres estranhos, afastados da natureza íntima infantil, a quem não vale a pena ter como exemplo.


Sejamos heróis todos os dias, façamos algo que valha a pena ser imitado e estaremos a brincar de maneira grandiosa com nossas crianças.

Dr. Mauro Menuzzi

in Lucia-Lima

http://www.a-ama.com.pt/
mail: info@a-ama.com.pt

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