No último domingo antes do Natal, é um grande anjo com uma capa violeta, muito terno e suave, que aparece no céu e passa por toda a Terra, levando nas suas mãos uma grande lira. Toca com esta lira uma música muito doce, acompanhando seu canto harmonioso e claro. Mas para escutá-lo é preciso um coração silencioso e atento.
A sua música é o grande canto da Paz.
Então todas as sementes que dormem na Terra despertam e mesmo a Terra escuta e estremece...
No terceiro domingo, um anjo completamente branco e luminoso desce à Terra. Tem na sua mão direita um raio de sol que possui um poder maravilhoso.
Vai a todos os humanos em cujos corações o anjo vermelho encontrou amor verdadeiro e toca-os com seu raio de luz. Então, essa luz penetra nos corações desses humanos, iluminando-os e aquecendo-os internamente.
Mas nem todos conseguem ver este anjo branco, só vêem os anjos aqueles cujos olhos foram iluminados pela sua luz.
Neste dia, um segundo anjo desce do céu. Vem vestido com uma grande capa vermelha e leva na mão esquerda uma grande caixa de ouro. A caixa está vazia. Ele deseja enchê-la para logo levá-la, transbordante...
A caixa é muito fina e delicada, pois é feita de raios de sol; por isso não pode ser preenchida com coisas duras e pesadas.
O anjo passa sobre toda a terra e, muito discretamente, procura em todas as casas... Espia o coração de todos os homens, para ver se encontra um pouco de amor verdadeiramente puro, e quando o encontra, leva-o até o céu,e lá, os anjos e também os homens que morreram na Terra, com esse amor, fazem luz para as estrelas...
Primeiro domingo de Advento O ANJO AZUL Quatro semanas antes do Natal acontece algo muito importante: um grande anjo desce do céu para convidar os habitantes da Terra a preparar o Natal. Este anjo veste uma grande capa azul, tecida de silêncio e paz. A maioria das pessoas não o percebe, porque estão muito ocupadas com outras coisas, mas o anjo canta com voz profunda, e somente aqueles que têm coração atento podem escutá-lo. Vamos preparar o Natal?
A coroa do Advento tem uma simbologia importante cá em casa, o redondo cria harmonia, une, agrega. Faz-nos lembrar que vivemos num mundo circular, onde os processos são cíclicos e se repetem ano após ano. Assim temos a oportunidade de transformação a cada ciclo ;)
Numa coroa de pinheiro ou cipreste são colocadas quatro velas que serão acesas a cada domingo que antecede o Natal. Eu conto histórias e aproveitamos para montar o presépio ( que também tem um simbolismo próprio )
Na primeira semana acendem-se a vela azul.Pedras, terra e areia são colocadas no presépio, representando o mundo mineral e sua ligação com o mundo físico (elemento terra).
Na segunda semana acendem-se a vela azul e a verde. São colocadas plantas, troncos, musgos e água para o presépio, representando o mundo vegetal e sua ligação com o mundo etérico (elemento água).
Na terceira semana acendem-se as velas azul, verde e amarela. Colocam-se os animais representando o mundo animal e sua ligação com o mundo anímico (elemento ar).
Na última semana acendem-se as velas azul, verde, amarela e vermelha. A luz se torna mais intensa, com a proximidade do nascimento da Luz, é o Natal, a festa da luz! Então são colocados Maria, José e os pastores, simbolizando as figuras humanas e no dia de Natal, o menino Jesus é colocado na manjedoura. Tudo isso representa o Reino Humano e sua ligação com o mundo espiritual (elemento fogo).
Para nós o presépio simboliza a caminhada para a luz, Esperamos pela noite mais longa do ano, onde a Deusa é reverenciada como a Mãe da Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao mundo. Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre confiar na nossa própria luz interior.
Presépio: pano azul, Deusa gravida, Anjo, algumas estrelas, e o caminho de velas (contar quantos dias tem do primeiro domingo até o dia 24.Este ano são 21 velas + 1 vela especial para o dia 24 ( maior e dourada ). Fazer na noite do sábado com as crianças. Coroa de advento: velas de 4 cores - azul, vermelho, amarelo, verde Calendário do Advento: com pedrinhas, estrelinhas, etc
• Atividade com as crianças: Fazer estrelas de papel de seda, palha, etc. • Coroa do Advento: acender a vela azul • Presépio: ascender a primeira vela do caminho (cantar enquanto acende a vela) contar uma história sobre o reino mineral Maria caminha até a primeira vela do caminho
• abrir o Calendário do Advento • colocar pedrinhas no presépio • apagar as vela (com apagador)
Os outros dias poderão repetir exatamente a mesma sequência (incluindo repetir a mesma história), ou ter uma celebração mais simples, apenas acendendo as velas do caminho enquanto canta “Advento... advento.. uma luz reluz....” abra o calendário do advento. Apague as velas.
Todos os elementos do Reino Mineral são bem vindos nesta semana: água, conchas, troncos de madeira, etc (Não se esqueça que a Maria caminha todos os dias! E todos os dias iluminamos o seu caminho :)
Advento - adventus, em latim - significa vinda, chegada. É uma palavra de origem profana que designava a vinda anual da divindade pagã, ao templo, para visitar seus adoradores.
Quatro domingos antes do Natal, inicia-se o Advento. Este ano inicia-se no dia 2 de Dezembro. Cá em casa é simbolizado por uma coroa feita de ramos de pinheiro com 4 velas, esta coroa é feita por nós, com arame coberto com uma fita vermelha a prender os ramos verdes. Cada semana que antecede o Natal está relacionada com um reino da natureza, que se prepara para a Grande Noite.
1º. Domingo - Reino Mineral – Vela Azul 2º. Domingo – Reino Vegetal – Vela Verde 3º. Domingo – Reino Animal – Vela Amarela 4º. Domingo – Homens – Vela Vermelha
Este fim-de-semana vamos fazer a coroa e acendemos a vela azul .
(coroa de 2011 )
O Natal não têm a sua génese em práticas religiosas, mas antes nas culturas pagãs.
O dia 25 de Dezembro aproxima-se, no hemisfério norte, ao solstício de Inverno e era nesta data que as culturas pagãs celebravam o "Natalis Solis Invictus" (Nascimento do Sol Invencível), uma celebração ao deus-sol, Mitra. Em muitas partes do mundo antigo a comemoração do deus-sol coincindia com o solstício de Inverno, altura em que os povos comemoravam o final das colheitas. A influência do culto pagão terá levado a que este dia fosse o escolhido para celebrar a data oficial do nascimento de Cristo. Aliás, na Bíblia não está assinalada nenhuma data específica.
O assinalar do nascimento do deus-sol não influenciou apenas a escolha do dia de Natal. Estas festividades envolviam também a decoração de árvores e a troca de presentes. Apesar da hipótese de que estas duas tradições tenham sido introduzidas por Martinho Lutero no século XVI, há quem advogue a sua origem pagã. Por exemplo, segundo a mitologia babilónica, Ninrode (neto de Noé) gostava de receber presentes debaixo de uma árvore depois de morto. Mas esta não é a única ligação do paganismo às árvores: a madeira servia para adoração e culto doméstico porque simbolizava a vida, enraizando-se à terra e projectando-se verticalmente.
Também as velas provêm de uma tradição pagã: eram utilizadas ao crepúsculo para homenagear o deus romano Júpiter, chamando o Sol depois de este se pôr. As grinaldas, que hoje são colocadas nas portas das casas em Dezembro, eram utilizadas no Egipto Antigo para proteger e agradecer: significavam o fim da colheita (ano) e protegiam o lar - daí a sua forma redonda. O presépio é outro elemento de carácter ambíguo. Apesar de se saber que foi introduzido por São Francisco, há quem defenda que se trata de uma representação de um altar a Baal, figura consagrada na antiguidade babilónica e que estimula a idolatria. Os banquetes são, por outro lado, um hábito antigo e bem documentado. Bebia-se e comia-se com fartura, especialmente na altura dos solstícios. Era um sinal de aliança com Talmuz, Nirode e outros deuses da Babilónia. Nos dias de hoje, o costume da "grande ceia" mantêm-se.
A festa do Natal é, por isto tudo, mais que um dia religioso do Cristianismo. Tornou-se uma data assinalada globalmente, mas com origem ancestral e múltipla: provem também das culturas pagãs, algumas de carácter mundano. De uma altura em que as comunidades adoravam o Sol e agradeciam à Terra os bons anos de agricultura sem calamidades. A Igreja Romana, com a forte presença destes costumes pagãos, integrou-os, na impossibilidade de os excluir, dando-lhe um significado religioso. Durante a Idade Média, estas tradições persistiram no mundo feudal ocidental, enraizaram-se e mantêm-se na cultura popular dos dias de hoje.
Cá em casa vamos começar a preparar o solstício de Inverno!