A recuperação pós parto é muito importante, a puérpera pratica diversos exercícios que ajudam a prevenir e corrigir o descontrolo dos esfíncteres. Durante o decorrer das sessões é dada à zona perineal, especial atenção nas primeiras seis semanas, informando às puerperas como recuperar ou melhorar a tonicidade muscular do pavimento pélvico. A partir das seis semanas, é reforçada toda a musculatura abdominal, dorso-lombar e pélvica, sendo ainda trabalhada a musculatura peitoral.
Aconselhamos as aulas de recuperação pós parto 8 dias após o parto normal e 15 dias após cesariana, com duração mínima de 4 semanas a recuperação acaba quando a recém mãe se sentir preparada para enfrentar uma actividade física mais exigente.
Todas as mães deviam de fortalecer o seu pavimento pélvico, mas este tipo de aulas também esta indicado para mulheres que sofrem de incontinência urinaria ou que não tenham prazer durante as relações sexuais. Os músculos do pavimento pélvico são um grupo de músculos dentro da pélvis que formam o seu pavimento – daí o nome.
Os músculos envolvem a uretra (passagem da bexiga), a vagina e o ânus-recto (passagem posterior) e devem, juntamente com os músculos do esfíncter, manter o controlo destas aberturas, impedindo a perda de urina ou fezes. Os músculos devem também suportar a uretra, a bexiga, o útero e o recto, e suportar todos os aumentos de pressão abdominal que ocorrem durante o exercício físico. Se os músculos do pavimento pélvico estiverem fracos, pode ocorrer perda de urina, por exemplo, ao tossir, ao espirrar ou durante uma actividade física.
Como saber se precisa deste tipo de aulas?
* Faça o teste, quando for á casa de banho tente parar a urina... se não conseguiu, fortaleça os músculos do seu soalho pélvico urgentemente!
* Se ao rir, tossir, espirrar,... perde urina. No caso da incontinência urinária de esforço, a mulher queixa-se de perder urina quando faz um esforço (espirrar, rir, pegar em cargas pesadas ou tossir). A quantidade poderá ser pequena, mas por vezes pode ser significativa.É o tipo de incontinência mais frequente, geralmente decorrente de momentos de gravidez ou menopausa.
* Se foi submetida a uma episiotomia.
* Se não tem prazer sexual ( principalmente se não tem prazer com a penetração )
* Ao introduzir um dedo na sua vagina pode verificar se precisa deste tipo de aulas. Se a musculatura estiver frouxa precisa destas aulas urgentemente!
Onde pode praticar:
No Barrigas&Bebés http://www.barrigasebebes.com/ ( em Odivelas ) No " Nosso espaço" em Sintra ( Sº João das Lampas ) Em Lisboa ( Alcântara ) Em sua casa nos dias e horários que quiser.
A pélvis (“bacia”) é a parte do corpo que fica entre a barriga e as pernas. A bacia precisa ser bem forte para sustentar o peso de toda a parte de cima do corpo. Por isso temos uma musculatura forte que segura todos os órgãos da bacia no lugar certo, incluindo a bexiga, os intestinos, etc.. Nas mulheres isso é ainda mais importante, pois durante a gravidez a pélvis ainda tem que suportar o peso do útero e do bebé. A parte de baixo dessa bacia é feita por músculos fortes, que formam um “assoalho”.
Vejamos como funciona o assoalho pélvico: Os músculos do assoalho pélvico formam um oito (8) (Figura de cima), sendo que o círculo de cima envolve a abertura da vagina e da uretra e o círculo de baixo envolve a abertura do anus.
A saúde dos músculos pélvicos é fundamental para manter a integridade e o bom funcionamento da vagina e da uretra e a posição dos órgãos dentro da pélvis. Os músculos pélvicos controlam o fluxo de urina, a contracção (aperto) da vagina e do anus. Tanto a uretra quanto o anus têm um esfíncter (músculos especiais que funcionam como fechaduras) que garantem a retenção da urina e fezes. O assoalho pélvico é composto de várias camadas de músculos suspensos como uma “rede” pendurada por dois pontos, na frente e atrás da pélvis. Além dessa rede, os músculos também formam um triângulo.
Um assoalho pélvico saudável tem um bom tonus (firmeza) e elasticidade. Entretanto a idade, a falta de exercícios em geral, e mesmo a gravidez e parto (seja ele vaginal ou cesariana) fazem com que estes músculos fiquem mais fracos.
Também é importante não ficar com vontade de ir à casa de banho. Quando tiver vontade de urinar ou de defecar, vá logo, segurar a urina provoca uma distensão muito grande na bexiga e força o esfíncter, facilitando a incontinência urinária e mesmo a infecção (cistite). Quando adiamos as fezes, elas vão secando no intestino, o que facilita o aparecimento da prisão de ventre, das hemorróidas e da dificuldade de segurar os gases.
No parto vaginal, quando a mulher foi cortada na vulva (episiotomia) ou foi ajudada com fórceps, pode prejudicar mais ainda esses músculos. Antigamente acreditava-se que para preservar a vagina e a vulva, se deveria fazer episiotomia em todas as mulheres. Hoje sabe-se que na grande maioria das vezes, a episiotomia é mais prejudicial do que benéfica, e que deve ser evitada, pois piora o estado genital das mulheres ao invés de preservá-lo. Se vai ter um parto, converse com seu profissional de saúde sobre prevenção da episiotomia (a liberdade de posição no parto é fundamental). Fonte: Tomasso, Giselle
Quando esses músculos enfraquecem, a mulher pode ter os seguintes problemas:
Sente que sua vagina está pouco firme para as relações sexuais - às vezes nem ela nem o companheiro sentem prazer;
Dificuldade para segurar a urina (bexiga caída ou frouxa), quando ri ou tosse;
O útero pode ficar muito perto da abertura da vagina (útero caído);
Dificuldades de controlar os gases ou as fezes.
Na maioria das vezes, os exercícios pélvicos podem prevenir e tratar esses problemas. Quando iniciamos os exercícios, os músculos estão fraquinhos, mas eles aos poucos vão reagindo e ficando mais poderosos. Como todo o exercício, esses também necessitam de regularidade, mas os resultados são excelentes, e podem mesmo evitar um tratamento cirúrgico. Para muitas mulheres, esses exercícios implicam uma grande satisfação sexual, tanto na hora de faze-los sozinhas quanto depois na hora das relações.
O Pilates é um óptimo exercício para fortalecer o assoalho pélvico.
Para localizar esses músculos, faça o seguinte: Tente parar o fluxo de urina quando estiver a urinar. Se conseguiu está usar os músculos certos. Não se preocupe se não consegue parar a urina no começo. À medida que vai fazendo os exercícios, eles vão ficando mais fortes. Imagine que está a tentar evitar soltar gases. Aperte os músculos que usaria. Deite-se e coloque um dedo dentro da vagina quando contrai a vagina ou segura a urina. Sinta a contracção do músculo para ter a certeza que está a contrair os músculos certos. Tente não apertar outros músculos ao mesmo tempo. Muitas vezes, contraímos os músculos da perna ou da barriga, ou prendemos a respiração.
Agora que já sabe como contrair, vamos aos exercícios básicos.
Para começar, pode fazer em casa, na sua cama, etc.. Mas quando estiver mais confiante, pode fazer em qualquer posição ou lugar: enquanto espera numa fila, parada no trânsito, enquanto ouve música, durante o sexo, enfim, use sua imaginação.
Exercício número 1 - contracção e relaxamento básicos Deite-se de costas, de lado, ou de bruços, com as pernas e o peito relaxados. Imagine o “oito” do assoalho pélvico. Faça uma contracção e sinta os esfíncteres ficando mais apertados e as passagens internas (vagina, uretra, ânus) mais fechadas. Relaxe. Concentre-se no esfíncter da frente, o que fecha a vagina e a uretra. Coloque a ponta dos dedos em cima do osso da púbis (mais ou menos onde começam os pêlos, indo da barriga para a vulva) e contraia bem forte a vagina. Dá para sentir a contracção nos seus dedos também, pois o osso move-se. Conte até cinco e relaxe. Repita 10 vezes.
À medida que vai ficando mais forte nessa área, vá aumentando as repetições. O ideal é chegar a 50 vezes, três vezes ao dia.
Exercício número 2 - O Elevador Coloque-se em uma posição confortável. Imagine que está subindo em um elevador. À medida em que você sobe os andares, tente imaginar os músculos cada vez mais contraídos, sem perder a contracção que vai-se acumulando. Quando estiver bem contraído, vá descendo os “andares” aos poucos, até relaxar completamente os músculos.
Nesses exercícios, a qualidade é tão importante quanto a quantidade. E o bom é que esses exercícios podem ser feitos durante praticamente qualquer local e ninguém precisa saber que está a trabalhar o perineo Adaptado, texto original : http://www.xoepisio.blogger.com.br/