Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Parir em Paz

Parir em Paz

Indução Natural do Parto

Tenho recebido vários mails com a mesma questão " Como induzir o Parto Naturalmente?"

É o bebé que deve dar o sinal para iniciar o trabalho de parto, ele liberta hormonas que iniciam o trabalho de parto, estimulando o hipotálamo da mãe a produzir a hormona natural oxitocina, que por sua vez provoca as contracções uterinas.Que tipo de mensagem enviamos ao nosso filho quando não lhe deixamos que ele próprio faça aquilo para que foi biologicamente destinado? “Não vais nascer quando quiseres, mas sim no dia que dava jeito à mãe ou ao médico”.

Não existe uma data fixa para o nascimento e não há razão para se pensar que um bebé tem forçosamente que nascer até às 40. Deve-se considerar um período provável para o nascimento (entre as 38 e as 42 semanas após o primeiro dia do último período menstrual) e não uma “data prevista” pois isso simplesmente não existe. Ainda assim, no final de uma gestação prolongada, deve-se acompanhar com maior atenção o bem-estar do bebé, contando os movimentos, ouvindo o coração diariamente, verificando se há perdas de líquido com cor esverdeada, fazendo uma ecografia em caso de ansiedade ou dúvidas.

Esta ansiedade faz mal á mãe e ao bebé.
A angústia não vai adiantar o parto e a impaciência só atrapalha a grávida e o desenvolvimento do bebé.

Para ajudar, algumas atitudes que podem ser colocadas em prática

• faça com que todos (filhos, marido, pais e irmãos) entenderem que o momento é seu e que precisa estar calma e despreocupada

• leve um ritmo mais moderado de trabalho. Claro que gravidez não é doença, mas tente ter um ritmo mais tranquilo.

• delegue as tarefas da casa para outra pessoa e exclua esse problema da sua rotina. A sua mãe, o marido,... podem ajudar bastante;

• relaxe todo o tempo que conseguir – dormir ou assistir a um filme à tarde ou receber uma massagem à noite só vão ajudar a descansar

• tire alguns minutos do dia para cuidar apenas de si, para fazer aquilo que gosta.


E depois de fazer isto tudo pense que 6% dos bebes nasce na data prevista para o parto. Se ainda não chegou ás 40 semanas descontraia, se já passou pode tentar:

- caminhar,

- sexo com ejaculação no colo do útero,

- chá de cravo com canela,

- chá da Naoli,

- chá de framboeseiro,

- comidas apimentadas,

- banhos quentes,

- massagem nos mamilos.


Além disto rir muito, rever o plano de parto ( que já deve de estar feito e enviado para a direcção do hospital), lavar as roupas do bebé, meditar...

Falar com uma doula ajuda a relaxar e diminuir a ansiedade.

O parto é seu, e não se esqueça que induções... só por razões médicas.

De acordo com o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG), o trabalho de parto deve ser induzido somente quando o risco para o bebé seja maior, se permanecer dentro do útero da mãe que o do nascimento prematuro.

Isto é verdade quando:

- a bolsa de água que envolve o bebé se rompe verdadeiramente e o trabalho de parto não inicia,

- a gravidez ultrapassa as 42 semanas, ( e só 42 semanas )

- a mãe sofre de tensão arterial alta,

- a mãe sofre de algum problema, como diabetes, que poderia prejudicar o seu bebé,

- ou quando a mãe tem uma infecção no útero.

Existem evidências crescentes que a indução do trabalho de parto não está isenta de riscos.

Prematuridade - Um dos problemas de induzir o trabalho de parto é que as datas prováveis de parto não são exactas. Se há um erro de 2 semanas ao calcular a DPP (Data Prevista do Parto), uma mulher que está a programar a indução na semana 38 poderá estar somente de 36 semanas de gravidez.

O Dr. Michael Kramer da Universidade de Montreal e os seus colegas, examinaram 4.5 milhões de nascimentos nos EUA e Canada durante 1990.

Num estudo publicado no The Journal of the American Medical Association (Jornal da Associação Americana de Médicos), em 2000, os investigadores concluíram que os bebés nascidos somente umas semanas mais cedo – de 34 a 36 semanas – eram 3 vezes mais propensos a morrer no seu primeiro ano de vida que aqueles que nasciam de termo. “ Os obstetras podem perceber a indução livre de riscos e por isso não avaliar adequadamente os riscos e os benefícios”, disse mais tarde o Dr. Kramer numa entrevista.

Complicações e Nascimentos por Cesariana - Investigadores da Universidade de Texas South Western Medical Center em Dallas, Texas, também fizeram uma análise nos resultados das gravidez por semanas de gestação, o Dr. James Alexander e seus companheiros de investigação concluíram que “ A indução rotineira do trabalho de parto às 41 semanas de gestação só aumenta as complicações do trabalho de parto e o nascimento por cesariana sem nenhuma melhoria significativa nos resultados neonatais”. Os investigadores do Grupo Chochrane para a Gravidez e Parto, uma fonte de informação mundialmente respeitada, para os cuidados e atenção, baseados em evidências, estiveram de acordo com esta conclusão.

Relativamente às gravidezes de pós-termo, eles declararam “ Uma política de indução rotineira às 40-41 semanas de gestação numa gravidez normal não pode ser justificada, isto demonstrado por provas controladas. Uma vez que a duração da gravidez ultrapassou as 41 semanas, às mulheres que optam pela indução, deverá oferecer-se-lhes o melhor método de indução disponível.

Aumento da Necessidade de Intervenções - A somar ao aumento do risco de moderada prematuridade e do nascimento por cesariana.

A indução do trabalho de parto por norma leva à necessidade de intervenções médicas adicionais. Em muitos casos, se uma mãe é induzida, necessitará uma canalização intravenosa (IV) e monitorização electrónica contínua do ritmo cardíaco fetal. Na maioria dos hospitais, irá ser necessário que a mulher permaneça na cama ou muito perto dela. Como resultado a mulher será incapaz de colaborar no progresso do seu trabalho de parto, caminhando livremente, ou mudando de posições em resposta às suas contracções de trabalho de parto. A mãe será incapaz de tomar vantagem de um reconfortante banho de imersão ou um duche para aliviar o desconforto das contracções. As contracções induzidas artificialmente normalmente chegam ao seu pico mais rapidamente e permanecem intensas por períodos mais longos, que as contracções naturais, aumentando a necessidade de uso de medicamentos para aliviar a dor na mãe.

Desvantagens Psicológicas - O trabalho de parto induzido, especialmente quando não está indicado medicamente, pode ser uma mensagem muito poderosa na mãe, de que o seu corpo não está a funcionar adequadamente – de que necessita de ajuda para iniciar o seu trabalho. Esta mensagem junto com os necessários aumentos de intervenções médicas, pode diminuir a confiança na sua habilidade para dar à luz

Por tudo isto, relaxe, descontraia, porque mais dia, menos dia, vai ter o seu bebé no colo... feliz...

O trabalho de parto deve iniciar-se por si

A indução do trabalho de parto (o desencadear artificial do trabalho de parto) é um dos assuntos mais controversos nos cuidados da maternidade na actualidade.
Em muitos hospitais, o trabalho de parto é induzido somente por razões médicas e, seguindo indicações muito restritas. Pelo contrário, noutros hospitais as mulheres têm induções electivas – aquelas que são feitas por conveniência mais que por razões médicas.
Existem problemas com a indução? Quais os benefícios de permitir que o trabalho de parto inicie por si mesmo?

Plano da natureza para o nascimento

Durante as últimas semanas de gravidez, tanto a mãe como o bebé preparam-se para nascimento.
Para a mãe de primeira vez, frequentemente o bebé começa a descer dentro da pélvis por volta dos 14 dias antes do nascimento. O cervix move-se pela bacia e gradualmente começa a suavizar-se. Num período que pode ser de poucos dias a poucas semanas, a mãe pode ou não sentir contracções irregulares, que ajudarão o cervix a gradualmente adelgaçar-se e talvez até dilatar alguns centímetros.

Durante a última fase da gravidez, os pulmões do bebé amadurecem e formam uma capa protectora de gordura, que o faz ter a forma rechonchuda, característica típica de um recém-nascido.Muitos investigadores acreditam que quando um bebé está pronto para a vida fora do útero da sua mãe, o seu corpo liberta uma pequena quantidade de uma hormona que manda um sinal às hormonas maternas para iniciar o trabalho de parto. Na maioria dos casos, só quando estão prontos, o corpo da mãe e o do bebé, as poderosas hormonas maternas começam com o processo do trabalho de parto.

Como se induz o trabalho de parto

Vulgarmente o trabalho de parto é induzido no hospital por meio de administração de oxitocina através de via intravenosa.
Algumas vezes utilizam-se antecipadamente à oxitocina agentes para amadurecer e suavizar o cérvix, de forma a prepará-lo para o trabalho de parto.

Razões Médicas para a Indução

Existem algumas indicações médicas apropriadas para induzir o trabalho de parto.
De acordo com o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG), o trabalho de parto deve ser induzido somente quando o risco para o bebé seja maior, se permanecer dentro do útero da mãe que o do nascimento prematuro.
Isto é verdade quando a bolsa de água que envolve o bebé se rompe verdadeiramente e o trabalho de parto não inicia, quando a gravidez ultrapassa as 42 semanas, quando a mãe sofre de tensão arterial alta, quando a mãe sofre de algum problema, como diabetes, problemas nos pulmões que poderiam prejudicar o seu bebé, ou quando a mãe tem uma infecção no útero.
Suspeitar que o bebé é grande, ou muito grande não é uma razão médica para a indução.
Num artigo de imprensa publicado em Novembro de 2002, a ACOG-Américan Colleg of Obstetricion and Gynecologists (Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas) reportou que a indução do trabalho de parto por macrossomia (bebé grande) quase duplicou a taxa de cesariana sem nenhuma melhoria nos resultados perinatais (a saúde do bebé).
Esta declaração foi baseada num estudo publicado em Obtetrics & Gynecology (Obstetrícia & Ginecologia). Alguns estudos anteriores mostram que a indução por macrossomia aumenta, em vez de diminuir os índices de cesariana, sem melhorar a saúde do bebé. Na publicação profissional Evaluationof Cesarean Delivery (Evolução do nascimento por cesariana), publicada pelo ACOG, os autores expressam-se contra a indução para bebés grandes, numa mulher saudável, concluindo que “A indicação para o trabalho de parto por suspeita de macrossomia (bebé grande) não melhora os resultados, causa gastos de recursos consideráveis e pode elevar o índice de cesarianas”.

A Indução por conveniência

Algumas vezes a indução é considerada conveniente para as pessoas envolvidas. Os hospitais podem pôr pessoal extra na enfermaria durante os turnos, quando as induções são programadas, os médicos podem programar os partos para os dias e horários que mais lhes convém, os pais podem fazer os ajustes no trabalho e planear as viagens dos familiares de acordo com a data programada para a indução.
Todavia a indução electiva não é conveniente quando os atrasos rotineiros do hospital coincidem com a hora indicada para o início da indução.Não é conveniente quando a indução não funciona e a mulher regressa a casa para tentar noutro dia. E seguramente não é conveniente quando esta leva a um nascimento por cesariana e a nova mamã deverá recuperar-se de uma cirurgia abdominal em vez de um parto natural.

Desvantagens da indução

Existem evidências crescentes que a indução do trabalho de parto não está isenta de riscos.

Prematuridade
Um dos problemas de induzir o trabalho de parto é que as datas prováveis de parto não são exactas. Se há um erro de 2 semanas ao calcular a DPP (Data Prevista do Parto), uma mulher que está a programar a indução na semana 38 poderá estar somente de 36 semanas de gravidez. O Dr. Michael Kramer da Universidade de Montreal e os seus colegas, examinaram 4.5 milhões de nascimentos nos EUA e Canada durante 1990. Num estudo publicado no The Journal of the American Medical Association (Jornal da Associação Americana de Médicos), em 2000, os investigadores concluíram que os bebés nascidos somente umas semanas mais cedo – de 34 a 36 semanas – eram 3 vezes mais propensos a morrer no seu primeiro ano de vida que aqueles que nasciam de termo. “ Os obstetras podem perceber a indução livre de riscos e por isso não avaliar adequadamente os riscos e os benefícios”, disse mais tarde o Dr. Kramer numa entrevista.
Complicações e Nascimentos por CesarianaInvestigadores da Universidade de Texas South Western Medical Center em Dallas, Texas, também fizeram uma análise nos resultados das gravidez por semanas de gestação, o Dr. James Alexander e seus companheiros de investigação concluíram que “ A indução rotineira do trabalho de parto às 41 semanas de gestação só aumenta as complicações do trabalho de parto e o nascimento por cesariana sem nenhuma melhoria significativa nos resultados neonatais”.
Os investigadores do Grupo Chochrane para a Gravidez e Parto, uma fonte de informação mundialmente respeitada, para os cuidados e atenção, baseados em evidências, estiveram de acordo com esta conclusão.
Relativamente às gravidezes de pós-termo, eles declararam “ Uma política de indução rotineira às 40-41 semanas de gestação numa gravidez normal não pode ser justificada, isto demonstrado por provas controladas. Uma vez que a duração da gravidez ultrapassou as 41 semanas, às mulheres que optam pela indução, deverá oferecer-se-lhes o melhor método de indução disponível.

Aumento da necessidade de Intervenções
A somar ao aumento do risco de moderada prematuridade e do nascimento por cesariana. A indução do trabalho de parto por norma leva à necessidade de intervenções médicas adicionais. Em muitos casos, se uma mãe é induzida, necessitará uma canalização intravenosa (IV) e monitorização electrónica contínua do ritmo cardíaco fetal.
Na maioria dos sítios, irá ser necessário que a mulher permaneça na cama ou muito perto dela. Como resultado a mulher será incapaz de colaborar no progresso do seu trabalho de parto, caminhando livremente, ou mudando de posições em resposta às suas contracções de trabalho de parto.
A mãe será incapaz de tomar vantagem de um reconfortante banho de imersão ou um duche para aliviar o desconforto das contracções.As contracções induzidas artificialmente normalmente chegam ao seu pico mais rapidamente e permanecem intensas por períodos mais longos, que as contracções naturais, aumentando a necessidade de uso de medicamentos para aliviar a dor na mãe.

Desvantagens Psicológicas
O trabalho de parto induzido, especialmente quando não está indicado medicamente, pode ser uma mensagem muito poderosa na mãe, de que o seu corpo não está funcionando adequadamente – de que necessita de ajuda para iniciar o seu trabalho.
Esta mensagem junto com os necessários aumentos de intervenções médicas, pode diminuir a confiança na sua habilidade para dar à luz.

Preocupação da ACOG sobre o aumento dos índices de Indução
Em Junho de 2002 num artigo de imprensa, o ACOG atribuiu o dramático aumento das induções em parte à pressão das pacientes, conveniência dos médicos, a disponibilidade muito difundida de agentes para o amadurecimento do cervix e interesses de responsabilidade.
Num comentário de uma publicação de Obstetrics & Gynecology (Obstetras e Ginecologistas) em Junho de 2002, os autores recomendaram cautela a respeito da indução (electiva) até que as provas clínicas pudessem validar o uso mais liberal da indução do trabalho de parto.

Recomendações de Lamaze International
Lamaze International recomenda-lhe que não opte pela indução, nem esteja de acordo em ser induzida a menos que exista uma razão médica real.
Um bebé “grande” ou “muito grande” não é uma razão médica para realizar uma indução numa mulher que não é diabética.
Ao permitir que o seu corpo entre em trabalho de parto espontaneamente é quase sempre a melhor forma de saber que o seu bebé está pronto para nascer.
Intervir ou substituir as hormonas naturais que comandam o trabalho de parto, parto, amamentação e vínculo materno, poderá ter consequências que ainda não podemos compreender.
Sentir a experiência das contracções naturais produzidas pela oxitocina do seu próprio corpo, aumenta a sua liberdade para responder a elas, movimentando-se, mudando de posições e utilizando as vantagens de um duche ou de um banho de imersão.
Lamaze International

Induzir o parto

A indução é um procedimento muitas vezes mal usado e com riscos consideráveis para a mãe e bebé.
Cada mulher deve informar-se de forma a poder escolher informada e conscientemente o melhor cenário para o seu parto.
Deixo aqui alguns links para materiais importantes e fiáveis acerca da indução.

http://www.motherfriendly.org/Downloads/induct-fact-sheet.pdf

http://hencigoer.com/articles/

http://www.holistika.net/articulo.php?articulo=54019.html

site espanhol com muitos artigos interessantes, entre eles este:
Oxitocina: Violencia hospitalaria, el caso del pitocín
En los hospitales se pretende que las mujeres "tengan" su parto lo más rápido posible aplicando pitocín (droga que imita a la hormona natural oxitocina). El resultado de su utilización es un parto más doloroso, violento y, claro, más rápido. La aplicación de pitocín como una rutina ha convertido al parto y al nacimiento en patologías y emergencias con más intervenciones médicas de las que un parto normal y natural requiere.
La oxitocina es una hormona natural almacenada y secretada en diversas cantidades por la glándula pituitaria posterior. Su función hace que el útero tenga contracciones y colabora, así, con el proceso del parto. Esta hormona es generada naturalmente por la madre durante los labores y está vinculada, además, con las sensaciones placenteras: en los estímulos sexuales, en la lactancia y en la formación del vínculo madre-bebé.
La utilización de la potente droga, llamada pitocin, que emula a la oxitocina tiene la intención de imitar a la hormona natural e inunda los sitios receptores de oxitocina natural con niveles altos y anormales. De esta manera inhibe la producción y recepción normal de la hormona. Todo esto se hace con la intención de acelerar el parto, sin tomar en cuenta el proceso natural.
Actualmente, las normas de la CCSS para el parto normal no cuentan con indicaciones para las administración de la droga, lo cual permite su uso indiscriminado en todos los partos normales.
En los hospitales se aplica pitocín junto con un suero intravenoso en la gran mayoría de partos normales que no requieren la droga sino mejores condiciones para que la mujer pueda entregarse a las sensaciones del parto y que este proceso fluya en una manera saludable.
Según la institución médica el cuerpo funciona como una máquina a la que se le debe aplicar medicamentos para que funcione mejor, más rápido y eficiente. Esto está vinculado con las rutinas hospitalarias: si la mujer lleva su propio ritmo se le deben aplicar intervenciones para que no se salga de los límites que la institución le ha otorgado. Por eso el pitocín es tan usado en los hospitales. Tiene como función otorgada acelerar el proceso para que nadie se pase más del tiempo estipulado de manera regular. Las mujeres que han parido (dentro o fuera de los hospitales) saben que el proceso puede durar de dos horas a dos días. Hoy se pretenden que un parto no tarde más de doce horas desde su admisión al hospital. Mientras el proceso sea saludable, sin complicaciones, se debe dejar fluir naturalmente y que sea el cuerpo de la madre la que administre y "aplique" su propia oxitocina cuando la necesite.
Las mujeres necesitamos tener control sobre nuestros cuerpos y lograr que nuestros sentimientos, necesidades y deseos sean respetados en todo momento.
El protagonismo de las mujeres y sus bebés en el proceso del parto tendría un impacto positivo impresionante sobre el éxito del parto y el nacimiento, y bajaría el uso de pitocín.
Riesgos por su utilización:
Produce dolor excesivo. Esto refuerza los miedos y la idea de que los dolores del parto son insoportables y que las mujeres no son capaces de parir sin intervención médica.
Genera alta tasa de cesáreas. Su uso es una de las principales causas de cesáreas en Costa Rica, por dos razones: provoca sufrimiento fetal y el dolor extremo crea una situación de gran agotamiento en las mujeres que terminan agradeciendo la intervención quirúrgica.
Aumenta el riesgo de una hemorragia postparto. Con el uso prolongado de pitocín el cuerpo no produce su propia oxitocina y se agota, lo que dificulta su capacidad para recuperarse de posibles lesiones que pueden causar hemorragias.
Outros artigos interessantes:

ROUTINE INDUCTION OF LABOR AT 41 WEEKS' GESTATION NOT RECOMMENDEDWESTPORT, Aug 24 (Reuters Health) - Labor complications, but not neonatal outcomes, increase when labor is induced at 42 weeks' gestation compared with 41 weeks'.
"Many practitioners induce labor in pregnancies that reach 41 weeks," Dr. James M. Alexander and colleagues, from The University of Texas Southwestern Medical Center at Dallas, note in the August issue of Obstetricsand Gynecology. "Our data suggest that routine intervention then would likely increase labor complications (longer labors, increased operative deliveries) with little or no infant benefit."
The investigators examined the rates of labor and neonatal complications in more than 56,000 women who gave birth to singleton infants at 40, 41 or 42 weeks' gestation between 1988 and 1998. Approximately 29,000 womendelivered at 40 weeks, more than 16,000 at 41 weeks and nearly 11,000 at 42 weeks.
"Labor complications increased progressively from 40 to 42 weeks' gestation," Dr. Alexander and others say. Specifically, oxytocin use increased from 2% to 35%, mean length of labor increased from 5.5 hours to 8.8 hours,prolonged second state of labor increased from 2% to 4%, forceps use increased from 6% to 9%, and the rate of cesarean delivery doubled, from 7% to 14%.
On the other hand, infant outcomes were similar among the three groups, with two exceptions: "an approximately 1/1000 births increase in admission to neonatal intensive care unit and a 2/1000 increase in neonatal sepsis at 42weeks." Currently, the American College of Obstetricians and Gynecologists recommends labor induction at 42 weeks' gestation in women with favorable delivery characteristics. Based on their new findings, the authors conclude that there is not yet sufficient evidence to change this recommendation to 41 weeks.


Inducing labor leads to more complicationsBabyCenter ( http://www.babycenter.com/ ) is the most complete web resource for new and expectant parents. You can see an expanded version of this article online at (http://www.babycenter.com/news/20000821.html#13200).
Your baby is late, and you're ready to make the transition from expectant mom to mom. Should your healthcare provider induce labor or wait until labor begins naturally? A pregnancy is considered full term at 40 weeks. And many doctors induce labor as early as 41 weeks, seven days past a woman's due date. But new evidence suggests that inducing labor earlier than 42 weeks is not beneficial to the baby and leads to more labor complications, according to a study published in the August issue of Obstetrics & Gynecology.
Researchers studied more than 56,000 women pregnant with one baby: One group delivered at 40 weeks, another at 41 weeks, and a third at 42 weeks. Labor was induced in 30 percent of the women; the others went into labor on their own, some as late as 42 weeks.
The results? The women whose labor was induced labored longer and required twice as many c-sections. Yet all the babies fared about the same.
James M. Alexander, one of the authors of the study and an assistant professor of maternal-fetal medicine at the University of Texas Southwestern Medical Center at Dallas, acknowledges that opinions vary widely on inducing labor. "There is some concern about the well-being of the baby after 40 weeks," he says. Still, he maintains, waiting up to 14 days past your due date may be best
"If after a thorough examination, including assessment of the fetus, everything is okay, then wait for the natural onset of labor," he says.
By Jenn Director Knudsen


um link com inúmeras fontes credíveis de informação em inglês sobre a Indução.http://www.gfmer.ch/Guidelines/Labor_delivery_postpartum/Induced_labor.htm

Induções.. (blog nascer em casa )

http://nasceremcasa.blogspot.com/2007/06/induo.html

O avanço da medicina com a descoberta de novos fármacos, desenvolvimento de novos instrumentos, máquinas e acessórios para actos médicos associado à padronização dos valores fisiológicos em limites cada vez mais convergentes se permite por um lado a monitorização do estar, não permite desta forma uma margem de manobra para que as competências humanas se possam manifestar de forma a compensar certos e determinados desequilíbrios. É óbvio que no combate ao desenvolvimento galopante de uma qualquer doença na pessoa, os medicamentos são hoje ferramentas essenciais no apoio e suporte a essa luta. A questão põe-se e com alguma pertinência, penso eu, o porquê da utilização abusiva desses fármacos no estado de saúde? Hoje, o ritmo alucinante que a vida tem, associado à impossibilidade de se dar tempo ao tempo, o recurso ao medicamento é feito de forma mecânica e irreflectida no sentido do alivio rápido de alguma sintomatologia, assim como é utilizada de forma a prevenir as sequelas inerente ao stress imposto pelos ritmos modernos.Não posso deixar passar também aqui o facto de que actualmente a indústria farmacêutica ocupa o terceiro lugar na escala da economia mundial, logo a seguir à indústria alimentar e energética e também é sabido que há necessidades instituídas pelos diversos estratos sócio-profissionais para que esta máquina poderosa continue activa e imparável (a quantidade de farmácias para venda de medicamentos livres de receita médica criadas na primeira metade de 2007, foram de 500 ), pelo que a criação de um estado pessoal com permanente medo da doença e do micróbio para além do pânico que se instala é importante na estratégia do medicamento-dependência.Esta reflexão aborda a indução do trabalho de parto.Penso ser oportuno, em primeiro lugar, recordar que a Organização Mundial de Saúde refere que a gravidez normal pode ir até às 42 semanas, inclusive, e que deve haver um extremo cuidado na utilização de medicamentos que possam interferir com o desenvolvimento normal de uma gravidez.Por definição, indução do trabalho de parto é a estimulação e manutenção de actividade uterina, traduzida por contracções regulares e contínuas, e que tem como objectivo expulsar o conteúdo uterino fruto de uma concepção.O desenvolvimento dos actuais indutores do parto resultaram do conhecimento da fisiologia humana e traduz a necessidade para a sua utilização em casos de extrema necessidade, isto é, quando há risco efectivo para a mãe, feto ou para ambos no decurso daquela gravidez. Situações como pré-eclâmpsia grave, eclâmpsia, hellp, atraso de crescimento intra-uterino grave ou severo, oligoâmnios severo entre outras situações, justificam de facto a utilização desta terapêutica.Estes medicamentos têm a capacidade de estabelecerem um padrão de actividade uterina designada por contracções e que tem por objectivo antecipar o parto. Os indutores medicamentosos do trabalho de parto e parto dividem-se em duas grandes categorias: os de acção cervical (que actuam directamente no colo uterino) e os de acção miometrial (que actuam directamente no músculo uterino).Os primeiros designados por prostaglandinas, tem a função de "amadurecimento" do colo uterino e assim torná-lo facilmente dilatável (melhorar, assim, o índice de Bishop). Não têm uma interferência directa no processo do trabalho de parto, mas faz com que o colo então amadurecido, possa dilatar com facilidade através da utilização dos indutores ocitócicos. Como nota complementar ao que foi referido, acredita-se, hoje, que o processo natural de desencadeamento das contracções uterinas, entre outros factores, se deve á acção das prostaglandinas humanas, que existem fundamentalmente no líquido amniótico, directamente no colo uterino, só assim se consegue explicar porque é que, na maioria das vezes, quando uma mulher tem a ruptura da bolsa amniótica, começa, algum tempo depois, com contracções uterinas e assim se desencadeia, naturalmente, o trabalho de parto.Os segundos, ocitócicos puros, são medicamentos de síntese laboratorial que tem composição idêntica à da ocitocina, hormona libertada pela hipófise anterior. Tem a respectiva acção junto das fibras musculares do miométrio (músculo uterino) e assim acelerar ou manter aquilo que se designa por contracções uterinas.Como já foi dito, este procedimento foi desenvolvido para dar resposta ás situações criticas da gravidez, quer sejam elas maternas, fetais ou de ambos. Agora, o que se passa nos dias actuais é que se faz um uso abusivo destes medicamentos e para situações que em nada tem a ver com situações patológicas ou criticas. Muitos dos critérios usados hoje, centram-se fundamentalmente para respeitar o tempo ou presença do médico, porque a mulher é de longe, por causa da programação de datas festivas ou férias, para se "evitarem" complicações e para dar resposta às exigências das mulheres/família (provavelmente mal informadas). Um outro argumento amplamente utilizado é por causa da dismaturidade (o mesmo que bebé velho, isto é, com mais tempo de gestação do que as 42 semanas), para prevenir ou evitar os problemas inerentes a esta situação, contudo verificam-se hoje induções, sem causa aparente, às 39, 38 e até 37 semanas, logo muito longe das 42.O problema da indução do trabalho de parto e parto vai muito além do simples desencadear e manter as contracções uterinas, arrasta consigo ou desenvolve um conjunto de complicações materno-fetais que podem terminar com consequências gravíssimas para ambos. Este procedimento não é inócuo. Entre outras coisas, não permite que a mulher desenvolva os mecanismos normais, fisiológicos e antagonistas da dor (as endorfinas), obriga a vigilância contínua e necessita a monitorização permanente através do registo cardiotocográfico para se controlarem os problemas associados com o uso destas drogas, por exemplo, a taquissistolia uterina (mais contracções por unidade de tempo do que as que normalmente se verifica), a hipertonia uterina (mais tempo de duração da contracção por unidade de tempo do que normalmente se verifica), a ruptura uterina (rompimento espontâneo da parede uterina por consequência das contracções fortes e contínuas) e o descolamento da placenta (por mecanismo idêntico ao da ruptura).Num processo de indução de trabalho de parto são desencadeadas e mantidas dores brutais na mulher, muito acima do potencial normal e capacidade de resistência, criando-se assim, facilmente, uma situação de desespero que vai além do simples facto de ter contracções. Se este processo for combinado, isto é, a utilização dos dois medicamentos indutores, por fases, onde primeiramente são colocadas as prostaglandinas cervicais, para amadurecimento do colo, e depois os ocitócicos para as contracções uterinas, pode-se dizer que estamos perante um processo altamente agressivo e desumano para o estar daquela díade, mãe/feto. Daqui se percebe o porquê da mulher suplicar para que seja feito o bloqueio analgésico através da epidural, no fundo, é já uma "necessidade" daquela mulher que deve ser satisfeita. Consequentemente, a epidural, como processo bloqueador, interfere nas capacidades maternas o que pode levar, assim, a outras complicações extremamente graves que já foram referidas em reflexão anterior.Voltando ainda às consequências da indução, verifica-se na maior parte das vezes aquilo que é designado por inversão de polaridade. Isto é, num processo de trabalho de parto e parto natural a frequência das contracções situam-se em intervalos mais ou menos regulares de 5 minutos, com a duração da própria contracção a não ultrapassar, em média, o minuto de duração, ora, na indução verifica-se uma alteração deste padrão, com contracções mais prolongadas, podendo ultrapassar o minuto e meio de duração, enquanto que se verifica menor espaço de tempo entre as respectivas contracções (observam-se com frequência uma contracção em cada 2 minutos), o que dá uma imagem gráfica de inversão do traçado. Logo, se com menos tempo disponível para que se processe a recuperação útero-fetal, associado às contracções mais duradouras, podemos então imaginar o quanto este processo por si só é violento e agressivo. Se para a mãe, quando castrada nas suas competências, através do bloqueio epidural, passa a suportar esta fase com alguma facilidade, porque não tem o estimulo sensorial de dor (não tiraram a dor, bloquearam a transmissão desse mesmo estímulo, e outros, por inerência, o que dá a percepção de ausência de dor), já o feto é vítima de uma agressividade física sem limites. Se não vejamos, pelo facto dos intervalos de tempo entre contracções ser manifestamente insuficiente para recuperar, é-lhe também suprimido ou diminuída a quantidade de oxigénio e nutrientes necessários para as suas funções vitais (um útero contraído não permite que se efectue as trocas gasosas e nutritivas ao nível da placenta na exacta medida que cada contracção estrangula por um lado os vasos que fazem chegar o sangue materno e por outro os vasos que levam o sangue ao feto), pelo que é facilmente levado ao completo esgotamento de todas as suas reservas, o que o faz entrar na fase designada por sofrimento fetal. Por aqui se consegue perceber da necessidade imperiosa de haver sempre um neonatologista por perto, porque um bebé esgotado não consegue e nem é capaz de fazer uma boa adaptação à vida extra-uterina o que exige por isso, muitas vezes, a execução das manobras de reanimação neonatal. Se a isto se associar a dor que possa ter, devido à colocação de uns fórceps, ou ventosa ou até de ambos, não temos, assim, a capacidade de imaginar o sofrimento que este delicado ser é vítima quando da saída do ventre de sua mãe.Fazendo uma ligação a outra reflexão anterior, a epidural, assim se explica melhor e de forma fácil os 70% de partos distócicos das nossas maternidades (ventosas, fórceps e cesarianas), o que não se consegue explicar é o sofrimento atroz que cada mulher passa consequência das contracções violentas que se lhe impõem, primeiro pela acção das prostaglandinas e depois através das perfusões ocitócicas (soro com ocitocina) e também não se consegue explicar, porque não está quantificado ainda, o nível de sofrimento que o feto passa, assim como as consequências a curto, médio e longo prazo quer para o bebé pela instrumentalização do parto, quer para a mãe como consequência igualmente da instrumentalização do parto, da episiotomia efectuada ou da ferida cirúrgica abdominal fruto de uma cesariana.Assim a consequência de um acto que muitas vezes tem como argumentação "o dar uma ajudinha para o bebé nascer" ou "pronto já chega de gravidez", pode-se transformar por um lado num dos piores momentos e vivências para a mulher que deseja ter uma experiência maravilhosa com o nascimento do seu filho e por outro, para o bebé, é vitima de uma agressividade desmesurada. Podemos assim compreender a natureza das verdadeiras histórias de terror e de pesadelo relatadas por inúmeras mulheres quando revivem mentalmente os seus partos.Hoje conhecem-se formas naturais de induzir um trabalho de parto e parto, sem recurso a drogas violentas, estão descritos mecanismos pelos quais se pode desencadear este processo, porque não, então, utilizá-los?O parto humanizado tem como base o não recurso a agentes terapêuticos como coadjuvantes do processo de nascimento, assim como respeita a fisiologia e o tempo de nascimento, por isso se explicam as tão baixas taxas de problemas materno/neonatais a quem opta por esta alternativa.Num parto em casa é proibido o uso destes agentes em qualquer fase do trabalho de parto e parto, excepto em caso de hemorragias severas pós-parto. Só que aqui, não funcionam como indutores, mas sim como estimulantes do tónus uterino, em úteros com dificuldade em se contrairem, evitando, assim, as hemorragias puerperais.Dá que pensar não dá?

Induções..

Hoje em dia, é proposto a muitas mulheres a indução do parto, quando o bebé não quer nascer a partir da 40ª semana... e às vezes até antes (dizendo-se que já pode nascer, já está de termo...), sem que haja qualquer situação clínica que o justifique. Muitas mães aceitam (algumas até o sugerem, de tal forma a indução está banalizada)... estão cansadas de estarem grávidas, já se sentem desconfortáveis, ansiosas por conhecerem o seu filho, e geralmente não questionam a proposta de um obstetra.
Mas o facto de se estar no final da gestação, não significa que o bebé esteja preparado para nascer... só significa que sobrevive sem problemas aparentes. Mas o que é que nós desejamos para os nossos filhos? Que simplesmente sobrevivam? Ou que nasçam no momento que lhes é mais favorável, aquele que eles próprios determinam em harmonia com o corpo da mãe?
As mulheres não são todas iguais, e os bebés não amadurecem todos no mesmo “prazo”, tal como os frutos de uma mesma árvore não amadurecem todos ao mesmo tempo.Se o bebé ainda não nasceu não será porque ainda não está preparado para nascer?
Vivemos numa sociedade cada vez mais imediatista, consumista e crente na tecnologia... e isso também se reflecte na forma como temos os nossos filhos.
Se procurarmos as respostas no conhecimento da fisiologia, sabemos que é o bebé que deve dar o sinal para iniciar o trabalho de parto. Quando os seus pulmões atingirem o auge da maturidade ele liberta hormonas que despoletam o trabalho de parto, estimulando o hipotálamo da mãe a produzir a hormona natural oxitocina, que por sua vez provoca as contracções uterinas.Isso significa que o bebé vai nascer no momento que respeita o desenvolvimento óptimo de cada criança, escolhido por ela.

Que tipo de mensagem enviamos ao nosso filho quando não lhe deixamos que ele próprio faça aquilo para que foi biologicamente destinado?
É um primeiro acto de auto-determinação que lhe é negado. “Não vais nascer quando quiseres, mas sim no dia que dava jeito à mãe ou ao médico”.
Não existe uma data fixa para o nascimento e não há razão para se pensar que um bebé tem forçosamente que nascer até às 40, às 41 ou mesmo às 42 semanas, até porque às vezes a idade gestacional não está bem definida.
Deve-se considerar um período provável para o nascimento (entre as 38 e as 42 semanas após o primeiro dia do último período menstrual) e não uma “data prevista” pois isso simplesmente não existe.
Ainda assim, no final de uma gestação prolongada, deve-se acompanhar com maior atenção o bem-estar do bebé, contando os movimentos, ouvindo o coração diariamente, verificando se há perdas de líquido com cor esverdeada, fazendo uma ecografia em caso de ansiedade ou dúvidas.
Se estiver tudo bem, para quê induzir?

A indução tem riscos sérios e uma grande parte das induções falha resultando em cesariana ou partos vaginais complicados, instrumentalizados e muitas vezes traumáticos para mãe e filho.
Quando a indução resulta é porque muito provavelmente o bebé estava para nascer nessa altura de qualquer modo.
Então não valerá a pena esperar?
Num parto induzido, é administrada à mulher pitocina (oxitocina artificial) através do soro intravenoso, com o objectivo de imitar a acção da oxitocina natural. Esta hormona sintética liga-se aos receptores uterinos para a oxitocina natural, inibindo a sua produção e recepção normal. As contracções induzidas artificialmente são mais dolorosas, mais agressivas para o útero (aumentando o risco de ruptura uterina) e mais perigosas para o bebé, que pode entrar em stress mais facilmente, o que é muitas vezes sinalizado pelo CTG e lá se vai para a cesariana, com todas as desvantagens que esta grande intervenção cirúrgica acarreta para o bebé e para a mãe.

Além disso a pitocina, ao contrário da oxitocina natural segregada pelo nosso hipotálamo, não atravessa a barreira cerebral da mãe e portanto não tem efeitos comportamentais ao nível do vínculo precoce mãe-bebé.
Como as contracções induzidas artificialmente são mais dolorosas e arrítmicas, a mãe sente maior necessidade de recorrer à anestesia epidural, que também acarreta um conjunto de riscos para mãe e filho, nomeadamente aumenta a probabilidade de um parto instrumentalizado e da separação precoce mãe-filho, para observação e intervenção, interferindo com o vínculo precoce e o sucesso da amamentação e potenciando também situações de depressão materna pós-parto.

No parto fisiológico, quando se deixa o nosso próprio corpo conduzir o processo, as contracções naturais são mais suaves, rítmicas e adaptam-se às necessidades do bebé. Vão crescendo gradualmente em duração e intensidade, intermediadas por intervalos de descanso. Quando não se interfere com este processo, o nosso organismo segrega juntamente com a oxitocina, outras hormonas benéficas, nomeadamente as endorfinas que atenuam a sensação de dor e suavizam o processo para mãe e filho.

Muitos partos traumáticos e cesarianas poderiam ser evitados hoje em dia, se as mulheres fossem devidamente informadas dos riscos dos procedimentos e se se responsabilizassem por fazer as suas próprias escolhas informadas e conscientes, ao invés de se demitirem dessa responsabilidade e assumirem que um profissional de obstetrícia é quem melhor pode decidir por si.

Os médicos com uma postura humanista sabem que devem encorajar a mãe a tomar as suas próprias decisões, com base nos factos e nas evidências científicas, e não em conveniências pessoais e institucionais.

Para contrariarmos um sistema industrializado de nascimentos, para que o nascimento em Portugal caminhe no sentido de ser uma experiência positiva, gratificante e verdadeiramente saudável e segura para cada mulher e seus filhos, nós mulheres precisamos de ter a informação e o apoio necessário nessa altura das nossas vidas e resgatarmos para nós um papel central na condução dos nossos partos.
http://doulasdeportugal.blogspot.com/search?q=indu%C3%A7%C3%A3o

Mais sobre induções...

http://nasceremcasa.blogspot.com/2007/12/canto-da-sereia.html

http://nasceremcasa.blogspot.com/2007/06/induo.html

http://doulasdeportugal.blogspot.com/search?q=indu%C3%A7%C3%A3o

http://hencigoer.com/articles/
ver os artigos sobre Induction of labour

http://www.motherfriendly.org/Downloads/induct-fact-sheet.pdf
Riscos da Indução
http://www.maternitywise.org/mw/topics/birthsetting/
Fisiologia do parto – as hormonas naturais

http://www.holistika.net/articulo.php?articulo=54019.html
Violência hospitalar – o uso da pitocina

A febre da indução

Maria João Amorim http://www.mae.iol.pt/



Induzir o parto é, hoje, uma das práticas mais comuns em obstetrícia. Induz-se porque o bebé «passou do tempo», mas ao contrário do que poderá pensar-se, a indução do parto não é um procedimento isento de riscos.
O dia estava marcado. Seria dali a uma semana. «Esse bebé que não saia antes de quarta-feira...», ressalvava a médica no final da consulta.
Joana Marques e o marido riscavam no calendário os dias que faltavam para o nascimento do primeiro filho de ambos. Era estranho saber, com antecedência, o dia em que veriam Pedro pela primeira vez, mas a médica defendia que a indução do parto era a forma de «garantir que tudo estaria sob controlo». Um argumento de peso para uma grávida no fim do tempo de gestação. «Não consegui dizer que não, mas tinha a ideia de que não era necessário provocar o parto. Eu estava bem, o bebé estava bem. Porquê induzir? Além disso, achava que era emocionante passar pela ansiedade da espera.»
Uma sensação que Joana não viveu. Tal como programado, Pedro nasceu alguns dias depois, às 39 semanas e quatro dias, num hospital privado de Lisboa. Joana chegou à maternidade às primeiras horas da manhã, foi submetida a uma medicação para estimular o início das contracções, epidural para controlar a dor e aguardou que o corpo obedecesse aos fármacos.
O filho nasceria dez horas depois. Um parto «chocho» e sem grande emoção: «Faltou ali qualquer coisa», recorda Joana, três anos depois.


Nascer com dia e hora marcada é, cada vez mais, uma prática comum em Portugal. «Banalizou-se muito a ideia do parto induzido», critica Diogo Ayres de Campos, director da Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de São João (HSJ), no Porto. Particularmente, «as induções sem motivo clínico», que o responsável acredita serem frequentes a nível nacional.
Quantas partos induzidos ocorrem em Portugal, ninguém sabe. Luis Graça, presidente do Colégio de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos (OM), afirma que este é um assunto «que não está minimamente estudado no nosso país» e que não existem estatísticas nacionais sobre indução do parto. Há, no entanto, outros números que podem ajudar a compreender a dimensão do fenómeno. Joaquim Gonçalves, do serviço de Obstetrícia do Hospital Geral de Santo António, no Porto, compilou alguns dados internacionais: actualmente, 20 a 30 por cento dos partos resultam de uma indução, com destaque para os nascimentos ocorridos em unidades de saúde privadas.
A escalada dos valores é a tendência observada ao longo dos últimos anos. Entre 1990 e 2003, o número de partos provocados subiu 25 por cento. A indução por conveniência representa, actualmente, cinco por cento do total de partos. O médico apresentou estes números no simpósio Clínica do Parto, que teve lugar no passado dia 13 de Abril, em Lisboa.
Como «áreas de controvérsia» elegeu a indução programada e a gravidez tardia, motivo frequente das induções registadas em todo o mundo. Temas polémicos, porque a indução do parto não é uma prática isenta de riscos. «Não podemos ocultar as consequências desta técnica», afirmou Joaquim Gonçalves. «É preciso criar uma consciência do risco.»
Conveniência e riscos Joana nada sabia sobre os possíveis riscos da indução do parto. «Foi uma opção que sempre me foi apresentada como isenta de complicações.»
Da parte da médica, a única garantia que obteve foi que a indução representava mais segurança para o bebé. Nunca a ouviu dizer, por exemplo, que havia a probabilidade de o parto terminar em cesariana. «Uma das principais causas do aumento da taxa de cesarianas é a indução do parto em grávidas que ainda não têm o colo do útero maduro», explica Luis Graça. Uma prática que o médico reconhece ser «comum» em Portugal.
Diogo Ayres de Campos aponta outras consequências dos nascimentos induzidos com fármacos: contracções mais precoces, partos mais dolorosos e incómodos, necessidade de outras intervenções. No HSJ só se fazem induções com motivos clínicos. «Fica tudo registado», esclarece o responsável. O controlo é feito, inclusive, de forma indirecta: «Verificamos sempre as razões das cesarianas e se houver alguma que tenha origem numa indução sem fundamento, questionamos o médico», explica Diogo Ayres de Campos. Esta postura fez com que, entre 2003 e 2004, o número de cesarianas registadas no serviço baixasse dez por cento.
A mesma filosofia orienta a equipa de Obstetrícia do Hospital Garcia de Orta, em Almada. Induções, só com justificação clínica. O hospital regista uma taxa de 16,7 por cento de partos induzidos.
Manuel Hermida, director de serviço, acrescenta que, para minimizar os riscos de cesariana, é preciso preparar o colo do útero antes da indução. Ou seja, «ir induzindo» com medicação e saber esperar. Uma situação muito diferente de «induzir para parir no mesmo dia», critica o responsável.
«Cinquenta por cento das grávidas a quem preparamos o colo do útero entram em trabalho de parto de forma espontânea nas 24 horas seguintes. Se o feto estiver bem, não forçamos.»
Joana não necessitou do bisturi para fazer nascer o filho, mas houve um momento, sabe-o, em que o desfecho poderia ter sido outro. «A dilatação parou nos quatro dedos e a médica falou-me na cesariana. Mas eu não queria passar por essa experiência. Pedi-lhe para esperar mais um pouco e ela concordou. Uma hora depois, o bebé nasceu.»
Gravidez tardia Maria Silva chegou ao final da gravidez cansada, pesada, farta: «Estava doida para que o bebé nascesse». A família não ajudava: «Sempre a perguntarem pelo dia do parto, sempre a pressionarem.»
Maria achou que por volta das 38, 39 semanas estaria «despachada». Mas às 40 semanas ainda tinha Filipe dentro de si, sem qualquer sinal de querer sair. «Não tinha contracções, só desconforto. Fazia avaliações todas as semanas, toques vaginais e nada. A certa altura, o médico disse-me que, se até às 41 semanas o bebé não nascesse, provocava o parto.» Foi um alívio.
No dia marcado, à hora combinada, Maria dirigiu-se à Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. Foi encaminhada para uma enfermaria e medicada. Esteve o dia inteiro sozinha, deitada, ligada ao soro, sem poder comer. Não podia sequer levantar-se para ir à casa de banho.
Esperou horas e horas que as contracções tivessem início. Mas o corpo não reagiu aos fármacos e, ao principio da noite, os médicos acabaram por optar pela cesariana. Maria louvou a decisão: «Sempre quis fazer cesariana. Nunca me imaginei a ter um parto normal. Tinha muito medo das dores.»
Induzir o parto às 41 semanas é a prática dos hospitais em Portugal. «Nunca esperamos até às 42 semanas», confirma Paulo Moura, director da Maternidade Dr. Daniel de Matos, em Coimbra. «O risco de mortalidade fetal é um pouco maior», esclarece o médico.
Tão maior que justifique induções por rotina em gravidezes saudáveis? Paulo Moura afirma que a generalização da prática tem origem também em questões organizacionais: «Esperar até às 42 semanas implica uma maior vigilância da gravidez nesta fase. Mas nós não temos capacidade para fazer esse acompanhamento. Induzimos por rotina às 41 semanas porque é mais prático em termos de recursos humanos.»
«Perdeu-se a magia da espera» A doula Sandra Oliveira não percebe por que é que não se aposta nesse acompanhamento personalizado, em vez de induzir, por rotina, todas as gravidezes que ultrapassam as 41 semanas de gestação.
«A OMS só fala em indução do parto sistemática depois das 42 semanas», recorda a doula. «As mulheres deveriam ter, pelo menos, a hipótese de poder esperar.» Sandra Oliveira critica as «pressões» a que as grávidas estão sujeitas hoje em dia: «Da parte dos médicos, dos familiares, sempre a questionarem se o bebé não deveria já ter nascido. Perdeu-se a magia da espera.»
A doula defende que a ansiedade dos últimos dias pode ser «salutar e divertida». Há pequenas coisas que se podem fazer para evitar uma intervenção desnecessária.

Mais sobre mim

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2014
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2013
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2012
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2011
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2010
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2009
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2008
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2007
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub