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Parir em Paz

Parir em Paz

Mães e filhas, precisam curar as suas feridas!



"As mães querem ser reconhecidas;

as filhas querem amor;

as mães carregam as feridas da invisibilidade, e a raiva de “não existirem” para além do serviço prestado, da dependência opressora, e da dor da filha que um dia também foram.

As filhas têm medo da mãe, seja esta a grande nutridora seja a grande devoradora, medo de sair de casa e cortar o cordão; medo de desafiar, medo de se desmembrarem ao partir.

As mães querem “ser incluídas na agenda das filhas” e com elas “fazer sopa”, literal e simbolicamente, a sopa que nutre a alma.

As filhas não querem “ser iguais às mães” até que percebem que as dores são as mesmas, pois o sofrimento não tem compartimentos de 1ª ou 2ª classe.
As filhas querem “ser sofisticadas” e ultrapassar o medo e a revolta da sua criança; as mães sentem que “dão tudo” e ficam vazias, como uma casa desabitada.

As mães querem “ser fortes” porque ninguém poderia aguentar com as suas dores, mas na sua vitimização estão sempre a mendigar amor.

As filhas querem ser reconhecidas pela sua individualidade e ter muito sucesso, para depois, secretamente, o “carpirem” em vazio e desnutrição de alma, porque desconectadas com o feminino.

Mães e filhas, precisam curar as suas feridas, enraizadas na cisão do feminino, e desbloquear o fluxo do amor."
Via Vera Faria Leal

Mãe - Filha - Mãe

Vivemos numa cultura patriarcal, e quando falamos da ruptura com a natureza do feminino, não podemos deixar de falar na ruptura da relação mãe-filha...


Muitas de nós crescemos desvalorizadas pelas nossas mãe, ou pelo menos, sem uma figura da mãe para se juntar a nós na descoberta das nossas vivências femininas...

Mas temos de perceber que as nossas mães foram vítimas de uma sociedade patriarcal que as impediu de crescer ou expressar...As nossas mães foram afastadas do seu instinto feminino.

Não tinham uma mãe para orientá-las e encorajá-las nas suas buscas...Foram separadas das suas intuições mais profundas e foram vítimas de um mundo onde as qualidades positivas do feminino estavam esquecidas...

Todas nós MULHERES, futuras mães, mães de filhos, devemos de sarar o vinculo com a nossa mãe...para curar a ferida da separação da nossa mãe interna.

Eu ando à procura da minha mãe interna, conectando-me com ela...

Retornei à luz do seu útero, senti-a mulher, senti-a irmã, no fundo, senti-a uma companheira, afinal ela é apenas uma menina assustada, submissa a uma vida onde os seus desejos foram reprimidos, as suas lágrimas ocultas e o seu silencio enaltecido!

Ando à escuta da minha Mãe Interna, vou recuperar a sua ternura, vou abraça-la!

Só assim me sinto mulher em pleno, só assim serei uma MÃE!

Fazer de mãe de mim própria....

Para uma mãe que eu gosto muito.....
"Numa sociedade preocupada com a melhor maneira de educar uma criança
Descobri a necessidade de misturar o que é melhor para os meus filhos, com o que é necessario para uma Mãe bem equilibrada.
Reconheço que o dar interminavel se traduz em esgotar-se a dar.
E quando se esgota a dar não é uma Mãe saudavel e não é um Eu saudavel.

Por isso, estou a aprender a ser mulher em primeiro lugar e Mãe em segundo. Estou a aprender a sentir apenas as minhas proprias emoções.
Sem roubar aos meus filhos a sua dignidade individual por sentir também as suas emoções.
Estou a aprender que uma criança saudavel tem o seu proprio conjunto de emoções e caracteristicas que são so suas.
E muito diferentes das minhas.
Estou a aprender a importância de trocas honestas de sentimentos porque o fingimento não engana as crianças.
Conhecem a Mãe melhor do que ela se conhece a si propria.

Estou a aprender que ninguém ultrapassa o seu passado a menos que se confronte com ele.
Caso contrario, os filhos absorverão exactamente o que ela esta a tentar ultrapassar.
Estou a aprender que as palavras de sabedoria caem em ouvidos surdos se as minhas acções contradisserem os meus actos.
As crianças tendem a ser melhores imitadoras que ouvintes.
Estou a aprender que a vida se destina a ser preenchida com tanta tristeza e dor como alegria e prazer.
E permitir-mo-nos sentir tudo o que a vida tem para oferecer é um indicador de realização.
Estou a aprender que a realização não pode ser atingida por me esgotar a dar-me, mas dando-me a mim propria e partilhando com os outros.
Estou a aprender que a melhor maneira de ensinar os meus filhos a viver uma vida preenchida não é sacrificando a minha vida.
É vivendo eu propria uma vida preenchida.
Estou a tentar ensinar os meus filhos que tenho muito para aprender
Porque estou a aprender que liberta-los
É a melhor forma de continuar-mos ligados."

Nancy Mcbrine Sheehan

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