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Parir em Paz

Parir em Paz

Dia da Higiene Menstrual

Hoje, 28 de maio, é comemorado o Dia da Higiene Menstrual (Menstrual Hygiene Day). Por quê?

Esta data serve para chamar a atenção de organizações, empresas, mídia e sociedade, pelas mulheres e meninas em todo o mundo que enfrentam dificuldades durante o período menstrual.

O Dia da Higiene Menstrual ajuda a enfrentar os desafios que muitas mulheres e meninas enfrentam e destaca as soluções positivas e inovadoras tomadas para combatê-los.

Este dia é um movimento global que reconhece e apoia os direitos das mulheres e das meninas, além de ser uma oportunidade de se envolver no diálogo político e defender ativamente a integração da gestão da higiene menstrual em programas e projetos globais, nacionais e locais.

Muitas mulheres e meninas não têm condições financeiras ou conhecimento para gerirem seus períodos menstruais e não têm acesso a produtos adequados para a higiene menstrual. Muitas vezes, meninas perdem quatro a cinco dias de aula por mês porque não podem sair de casa menstruadas. 

#MenstrualHygieneDay 
http://menstrualhygieneday.org/


http://youtu.be/sK-MNdxSqns

Menstruar é uma limpeza física e psíquica

O primeiro portal de poder feminino é a menstruação, confirma-se com a primeira relação, fortalece-se como parto e consagra-se com a menopausa.

O sangue que derramamos em ciclos próximos dos lunares (28 dias), é um grande portal de poder feminino.
É através de nossa menstruação que nos conectamos com os ciclos da lua, com a força da natureza interna que culmina com o momento em que o ventre chora despedindo-se do óvulo não fecundado. Momento esse que nos esvaziamos mental e fisicamente dos "despejos espermatozóicos" masculinos, que carregam não só matéria, mas também sentimentos que são absorvidos no nosso ventre. Menstruar é uma limpeza física e psíquica! 

O caminho de aceitação do feminino, passa por uma aceitação da menstruação e dos demais processos femininos: parir e amamentar. A beleza e aceitação do feminino não passa por bloquear estes processos mas aprender a conviver bem com ele!
E todos esses processos são um convite para olhar para ti mesma, percorrendo os caminhos das sombras para ver as estrelas...

 Quando negamos as diversas etapas de ser mulher, abrimos mão do profundo poder que é SER.

 


O ciclo menstrual como ferramenta para potenciar o desempenho das mulheres atletas

Antigamente , a menstruação era um “dom” a partir do qual a mulher gerava vida (física ou psíquica) . A sincronicidade entre o ciclo feminino e a órbita da lua ao redor da terra revelava o vinculo que une a menstruação com os grandes ciclos da vida e do universo . Isto fazia com que o nosso corpo e o nosso período fossem sagrados.

Hoje em dia na nossa civilização tecnológica , o aspecto sagrado da menstruação têm dado lugar ao estigma , à incompreensão , a infravalorização ,a alteração do nosso sistema endócrino (anticoncepção hormonal ) etc

Passamos do todo à nada . . Uma boa forma de recuperar o nosso poder de mulher é redescobrir, compreender, desestigmatizar e utilizar os dons verdadeiros da menstruação



"O ciclo menstrual é uma das mais impactantes influencias na motivação, nas energias, nas habilidades e na percepção  das mulheres , já é hora do ciclo menstrual  ocupar o lugar que realmente têm , como centro de recursos   femininos.
Uma mulher que toma consciência do próprio ciclo e das energias inerentes  contidas nele , aprende  a perceber um nível de vida que vai mais além do visível , mantém um vinculo intuitivo com as energias da vida , o nascimento e a morte ,  Sente a divindade dentro da terra e de si mesma .. "

Miranda Gray ,  autora do livro "Lua vermelha , os dons do ciclo menstrual "

As mulheres atletas podem beneficiar com a oscilação hormonal. Para tal, é importante investigar as características do ciclo menstrual, bem como o objectivo e o perfil de cada atleta e avaliar a sua resposta à adaptação de variáveis como volume de treino, intensidade, grau de dificuldade, etc. De acordo com a análise individual, temos uma ferramenta para optimizar os resultados das atletas femininas.

Vários estudos * concluem que cada fase do ciclo menstrual pode interferir na disposição e potencial físico. Tal facto deve-se às alterações hormonais. Por volta do 23º ao 28º dia do ciclo menstrual ( isto se a mulher for regular e tiver um ciclo de 28 dias ), a mulher encontra-se na fase pré-menstrual, período em que se dá um aumento na taxa de progesterona, podendo reduzir o potencial físico da praticante. Além de diminuir a capacidade de concentração, a atleta está  mais propensa à fadiga muscular. Esta não é de todo a melhor altura para entrar em provas, nem para fazer treinos longos ou de forte intensidade . Se uma mulher entrar numa prova na fase pré-menstrual pode ter uma baixa de rendimento em cerca de 40%

Entre o 5º e o 11º dia do ciclo, na fase pós-menstrual, é segregado mais estrogénio e noradrenalina. Por isso, nessa fase, observa-se um melhor desempenho físico.  Esta é uma boa altura para entrar em provas, ou fazer treinos mais intensos. Nesta fase as mulheres contam com ajuda hormonal e podem melhorar o seu rendimento.

Resumindo, a maioria dos estudos conclui uma baixa na performance na fase pré-menstrual, e uma boa melhoria do desempenho na pós-menstrual.

Assim, devemos levar em consideração as mudanças hormonais durante o ciclo menstrual e fazer um plano de treino de acordo com a resposta e adaptação de cada  praticante.

 Devemos de adaptar a nossa prática desportiva a cada momento do nosso ciclo menstrual e respeitar a nossa ciclicidade.

*Keul (1974) e LEBRUN (1995)


 “O nosso ciclo é como o ciclo de uma planta . Existe um tempo próprio para plantar as sementes , para crescer  e desenvolver os galhos , para  desprender as sementes , para  voltar às nossas raízes “.
Annie Shaw


Catarina Pardal, Doula 


A pílula - libertação ou escravidão feminina?

A pílula não é imprescindível, nem inofensiva!
A pílula entrou em Portugal como terapêutica em 1962 pelas mãos da farmacêutica Schering Lusitana (entretanto comprada pela Bayer) e só em 1974 foi aprovada pelo Infarmed como anticoncepcional. Hoje no mercado português há 53 contraceptivos orais, num consumo anual que ronda as oito milhões de embalagens, mas caiu 9,1% entre 2005 e 2009

Como actua a pílula?
"A maturação dos folículos necessita de hormonas da hipófise (glândula endócrina junto ao cérebro), a FSH (Folicle stimulating hormone ou hormona estimuladora do folículo) e também a LH. Normalmente surgem vários folículos ováricos (cada um com 1 ovócito) em crescimento que, ao aumentarem de tamanho, excretam estrogénios em cada vez maior quantidade que actuam por feedback negativo na hipófise, havendo redução progressiva da libertação de LH e FSH. Os vários folículos então competem por essas escassas hormonas, sendo que o maior folículo (que tem maior superfície e portanto mais receptores para elas) é activado suficientemente e os menores degeneram. Esse folículo maior então produz cada vez mais estrogénio, até que em altas concentrações ocorre conversão do feedback negativo em feedback positivo que leva à excreção em massa de LH e FSH que estimulam o rompimento do folículo e a ovulação.


A administração de doses baixas mas constantes de estrogénio e progesterona inibe a produção de FSH e LH na hipófise, por feedback negativo enquanto todos os folículos são ainda pequenos. A diminuição das concentrações de FSH e LH leva ao não desenvolvimento dos folículos que surgem, já que nenhum deles é suficientemente grande para ter receptores de FSH suficientes para não degenerar.


Ou seja, há como que uma simulação da produção de estrogénio por um folículo grande apesar de nenhum existir (porque o estrogénio vem do medicamento), e portanto todos os folículos degeneram de acordo com o mecanismo normal de "selecção natural" de apenas um deles, o maior, para ovular. Devido à pílula ele não existe, portanto não há ovulação de nenhum."


Wikipedia

Basicamente a pílula faz com que o nosso corpo acredite que estamos grávidas, alterando o nosso sistema endócrino, tendo numerosos efeitos secundários físicos que afectam o nosso organismo , alguns destes efeitos são graves:

  • Alterações do humor e comportamento ligeiras.
  • Subida da tensão arterial ligeira.
  • Aumento da hormona tiroxina da tiróide.
  • Aumentam o colesterol e os outros lípidios moderadamente.
  • Maior pigmentação cutânea (escurecimento da pele)
  • Aumento ligeiro da função cardíaca.
  • Por vezes  ligeiro efeito virilizante (devido à pequena actividade androgénica da progesterona), menos pronunciado nas pílulas de última geração.
  • Aumento de peso
  • Retenção de líquidos
  • Redução da libido
  • Depressão
  • Tromboses e embolia
  • Enfarte do miocárdio
  • AVC
  • Cancro do colo do útero se houver infecção com vírus do papiloma humano.
  • Perda de cabelo
  • Eritema
É claro que emocionalmente , estes medicamentos desvinculam-nos com a sabedoria feminina ao impedir a comunicação interna entre as nossos hormonas, útero e ovários.

Milhões de mulheres estão conectadas com a industria farmacêutica e não com o ciclo lunar, e não com elas mesmas....

Pergunto-vos eu, será a pílula uma forma de libertação das mulheres... ou uma forma de escravidão?

Criticar a pílula não quer dizer anti-feminismo , quer dizer não concordar com uma concepção incompleta e falsa das mulheres!

Existem outros métodos anticoncepcionais que respeitam o ciclo feminino e o próprio corpo , são eficientes e aumentam o nível de conhecimento pessoal,  conectam-nos com o nosso sagrado feminino.  Permitem o auto-conhecimento da fertilidade feminina, pois, enquanto o homem  é fértil em qualquer momento de sua vida adulta, a fertilidade da mulher é cíclica.


Além disto, a tecnologia também chegou à anticoncepção natural , são vendidos dispositivos com microcomputadores que armazenam os dados e indicam claramente o estado de fertilidade .
Deixo alguns exemplos:

  •  Os analisadores eletrónicos de hormonas - verificam os níveis das hormonas que são alteradas periodicamente durante o ciclo de fertilidade da mulher acumulando a informação numa base de dados, o que os possibilita fazer um prognóstico com alto grau de precisão da aproximação do período fértil da mulher. Os mais difundidos são o  PERSONA e o CLEARPLAN.
  • Exame salivar com microscópio de bolso  - A estrutura microscópica da saliva e do muco cervical variam se a mulher está no dia fértil ou não. Observando-se a saliva ou o muco cervical através desses aparelhos, os casais podem determinar se a mulher está fértil ou não. Existem diferentes marcas desses aparelhos, as mais conhecidas são o Ovulator e o PG-53.
  • O termometro eletronico é um pequeno aparelho computadorizado que indica os dias férteis da mulher utilizando-se de dados da temperatura basal e do muco cervical. Os mais conhecidos são o L-Sophia e o Bioself (temperatura basal + método Ogino).
Pessoalmente prefiro Métodos naturais sem equipamentos.

A mulher só é fértil durante aproximadamente 10 horas no mês, que é o tempo de vida do óvulo depois de sua saída do ovário, o que ocorre apenas uma vez por mês.
Há três sinais anteriores à fertilidade que podem ser usados na observação:

1.Temperatura basal.

2.Secreção vaginal (os sistemas que confiam exclusivamente no secreção vaginal incluem o método de aviso da ovulação, o modelo de Creighton, e o método dos dois dias)

3.Posição colo do útero (nenhum estudo foi conduzido em mulheres que seja exclusivamente sobre observações do colo do útero)

Método Sintotérmico é a combinação da observação da Temperatura basal, do Secreção vaginal, e às vezes da posição colo do útero.

Método Rítmico, o método natural mais antigo que se conhece é o Ogino-Knauss, também chamdo de Método de Ogino-Knauss ou Calendário ou Tabelinha, que permite obter, mediante cálculos matemáticos, os dias de fertilidade do casal, levando em conta que a mulher ovula apenas uma vez ao mês, nos 14 dias antes da próxima menstruação e que o óvulo vive aproximadamente 10 horas após a ovulação e o espermatozóide 72 horas depois da ejaculação, no muco fértil.

Quando os ciclos são regulares o método é útil, porém, dadas as frequentes irregularidades, o método tem muitas falhas que geralmente se produzem porque o tempo entre a menstruação anterior e a ovulação depende da hipófise e ela por sua vez do hipotálamo e este do córtex cerebral; de maneira que qualquer stress poderá fazer com que a ovulação se atrase ou adiante. O mesmo não acontece com a segunda fase do ciclo que, quase sempre, é regular para toda mulher e que dura aproximadamente duas semanas, entre a ovulação e a menstruação seguinte.

Os cálculos são feitos tomando-se em conta os 12 ciclos anteriores. Do ciclo mais curto subtrai-se 19 dias e do ciclo mais longo 11 dias. C=19 e L=11. Por exemplo, suponhamos que a duração dos ciclos nos 12 meses anteriores foram de: 28, 27, 31, 32, 28, 30, 29, 32, 30, 28, 32 e 28 dias. O mais curto é de 27 dias e o mais longo de 32. Nesse caso teremos 27-19 = 8 e 32-11 = 21, de forma que por este método o casal seria fértil do dia 8 ao dia 21.

No caso de adiar uma gravidez o casal pode ter relações desde o primeiro dia da menstruação até o 8º dia e a partir daí deve guardar abstinência até o 21º dia a partir do qual pode reiniciar as relações. Este método tem um índice de segurança de apenas 64%.

Método da Temperatura Basal

O método da temperatura basal tem como fundamento o aumento da temperatura que a progesterona provoca na mulher. Esta hormona começa a circular na segunda fase do ciclo menstrual. Quando a temperatura da mulher sobe é sinal de que ovulou.

Normalmente a temperatura sobe 2 décimos de grau Centígrado ou 4 Farenheit. Para registrar esse aumento de temperatura há que medir, diariamente, a temperatura basal com o mesmo termometro, nas mesmas condições e às mesmas horas, após duas horas de repouso, no mínimo.

Para adiar uma gravidez pelo Método da Temperatura Basal, deve-se guardar abstinência sexual desde a menstruação até três dias após o aumento da temperatura (2gC ou 4gF) além dos seis dias anteriores. É a conhecida regra de 3/6. Este método tem uma segurança de 99% mas exige uma abstinência muito prolongada.

Método aviso da ovulação

O Método aviso da ovulação é um sistema natural e gratuito de regulação da fertilidade baseado na determinação, por parte da própria mulher, das fases férteis ou inférteis de seu ciclo menstrual, reconhecidas pela observação diária da Secreção vaginal recolhido à entrada da vagina.

Este muco apresenta variações durante o ciclo feminino, durante o período de fértil  apresenta-se mais espesso e coeso podendo ser observado ( quando manuseado ) a formação de um fio entre os dedos.

Este método consiste em anotar diariamente em um gráfico as mudanças que observa na secreção vaginal. Com este método a mulher deve passar um papel higiénico na vagina antes e depois de realizar as suas necessidades e observar se aparece ou não o muco, bem como as suas características.

Método da auto-apalpação do colo do útero

O Método da Auto-apalpação Cervical é baseado nas mudanças das características do colo uterino, conforme o momento do ciclo menstrual pelas influências hormonais. Quando a mulher é fértil o colo está alto, macio e com o orifício central entreaberto, enquanto que na fase infértil o colo está baixo, encontrando-se muito facilmente quando se introduz os dedos na vagina, e está duro com o orifício externo fechado.

Método Sintotérmico

O Método Sintotérmico não é um método como tal, mas uma combinação de vários métodos uma vez que combina o cálculo pré-ovular de Ogino, as alterações do muco cervical do Método Billings, o registro da Temperatura Basal, a autopalpação do colo e cólica intermenstrual da ovulação. Pode-se utilizar a combinação de todos estes métodos ou apenas alguns deles. Quando se deseja adiar um gravidez usa-se para começar a abstinência no primeiro dos sinais ou cálculos da fertilidade que apareça e termina-se a abstinência no último dia do último método.
Os métodos naturais não fazem mal nenhum à saúde da mulher ( nem do homem) , são livres de efeitos colaterais. A liberdade e os direitos da mulher ( e do homem )  são respeitados.

Os métodos naturais desenvolvem uma relação inter-pessoal mais profunda entre os casais, baseada na comunicação, nas decisões compartilhadas e no respeito recíproco. Fortalecem o casal e, portanto, a vida familiar. E o mais importante.... CONECTAM A MULHER COM O SEU LADO MAIS FEMININO E SAGRADO!

Menstruação Sagrada



A palavra “menstruação” deriva do latim mens e significa “lua” e “mês”. Segundo Priscila Di Cianni, a “primeira forma de medir o tempo foi pelo ciclo menstrual das mulheres.
A sincronia entre o ciclo lunar e o menstrual refletia o vínculo entre as mulheres, a Lua e as deusas da fertilidade”.Muitos estudiosos do assunto afirmam que no passado acreditava-se que “o poder da mulher viria de seu sangue, e por isso ela não deve desprezá-lo, mas considerá-lo sagrado. Era como se o sangue menstrual ligasse a mulher ao poder da Criação”.

 As religiões e as mitologias dão uma boa indicação disso, senão vejamos:

 “O deus Nórdico Thor alcançou a terra mágica de encantamento e vida eterna por banhar-se em um rio cheio com o sangue menstrual das “mulheres gigantes”. As Primeiras Poderosas” que governavam os deuses mais antigos antes que Odin trouxesse seus “Asiáticos” do leste”.

 Os índios da América do Sul dizem que toda a humanidade foi feita de "sangue menstrual. Uma concepção presente também na Mesopotâmia, na qual a Deusa Ninhursag (Grande Mãe) fez a raça humana com barro e com o "sangue da vida".

 Para os taoístas, um homem que anseia à imortalidade ( ou ter uma vida longa), precisaria do sangue menstrual, do suco vermelho yin, oriundo do "Portão Misterioso da mulher".

 No entanto, com o surgimento das sociedades patriarcais, o sangue menstrual passou a ser visto como sujo e maligno, "o que não deixa de ser irônico, visto que o sangue menstrual é o maior indicativo da fertilidade de uma mulher".

 Notemos que são muitos poucos, hoje, inclusive entre as mulheres, que valorizem a menstruação da mulher, ao contrário, é um discurso comum as lamentações em torno da fase de menstruação.No próprio texto bíblico, as mulheres menstruadas passaram a ser “consideradas impuras e sujas e deviam ser mantidas longe da restante família, dos lugares santificados e de todas as coisas santas durante a duração do seu período”.

 Mirella Faür: “Enquanto que nas sociedades matrifocais as sacerdotisas ofereciam seu sangue menstrual à Deusa e faziam suas profecias durante os estados de extrema sensibilidade psíquica da fase menstrual, a Inquisição atribuía a esse poder oracular a prova da ligação da mulher com o Diabo, punindo e perseguindo as mulheres ‘videntes’. Originaram-se daí a imensidão de tabus, de proibições e de superstições relacionadas ao sangue menstrual, o vermelho feminino incorpora, então, aspectos obscuros e depreciativos.Para a autora "milênios de supremacia e domínio patriarcal despojaram as mulheres de seu poder inato e negaram-lhe até mesmo seu valor como criadoras e nutridoras da própria vida ”.Mirella chega a afirmar que o resultado de tudo isso “é a tensão pré-menstrual, as cólicas, o ciclo desordenado, o desconhecimento dos ritos de passagem e dos mistérios da mulher”.

Tenda da Lua

A Tenda da Lua é o lugar da mulher. É lá que as mulheres se reúnem durante seu período menstrual para ficarem juntas e se sentirem em sintonia com as mudanças ocorridas em seus corpos.[...]


Em muitas tradições antigas o tempo da Lua é considerado um tempo sagrado da mulher, durante o qual ela é honrada como sendo a mãe da energia criativa.Durante esse ciclo , ela deve liberar-se das energias antigas que seu corpo vinha carregando e preparar-se para a religação com a fertilidade da Mãe Terra, da qual será portadora durante a próxima Lua ou o próximo mês.Nossos ancestrais sabiam o quanto era importante permitir que cada mulher pudesse se aprofundar em seu espaço sagrado durante esse momento de religação, pois as mulheres eram portadoras da abundancia e da fertilidade.As mulheres eram mães; davam continuação à Tribo tendo filhos, traziam fertilidade às lavouras graças à sua conexão com a Mãe Terra e abrigavam os sonhos da Nação em seus ventres até que esses sonhos se tornassem realidade.Durante a sua Lua, elas eram estéreis e não podiam conceber, esse era seu período e descanço.


Ninguém impedia que uma mulher fizesse seu retiro durante o Tempo da Lua.Impedir seria um gesto perigoso da parte e qualquer membro da tribo.Insistir em quem uma mulher continuasse a cumprir com tarefas ou deveres familiares equivalia a interromper o seu ciclo de religação com a Terra.


Dentro da tradição nativa cada estagio de crescimento de uma mulher é explicado às meninas que estão estão em fase de crescimento.O ensinamento começa antes do primeiro fluxo menstrual e é marcado pelos ritos de passagem. Cada mulher da tribo tem a honra de se tornar parte da energia criativa.cada uma delas deve aprender a reconhecer o Ciclo da Lua à medida que vai sendo preparada para se tornar uma tecelã das marés,à semelhança da sua Avó Lua.cada uma aprende a respeitar o corpo e as próprias necessidades. A cada menina é transmitido o conhecimento do que significa ser mulher, à medida que ela vai sendo preparada para assumir seu papel entre as outras mulheres da tribo.Nesta fase de aprendizado incluem-se as tarefas normais de mulher e esposa, além do artesanato, do desenvolvimento da criatividade, do uso da intuição e do desenvolvimento de qualquer dom e habilidade pessoal.temos ainda o conhecimento da cerimônias e de rituais, a ajuda no nascimentos de bebês, além da utilização dos seus dons de cura e de seus totens pessoais.


Durante seu Tempo de Lua as mulheres não tinham permissão de preparar comida, dançar, participar de cerimônias ou partilhar qualquer atividade vital com os homens.muita gente hoje costuma interpretar erradamente este costume. Essa tradição teve inicio porque as mulheres precisavam se reabastecer de energia durante o seu período estéril.Considere o alivio que um retiro destes poderia proporcionar a uma mulher moderna e também à sua família, que é obrigada a conviver mensalmente com suas mudanças de temperamento.Considerava-se um direito da mulher retirar-se para receber alimentação e os cuidados da Mãe Terra, assim como ela própria tinha cumprido com suas responsabilidade de cuidar bem dos outros durante o resto do mês.


Para que velhas feridas cicatrizem de maneira eficaz e criativa, está na hora de as mulheres utilizarem a idéia da tenda da Lua e se refugiarem da santidade da fraternidade.As mulheres precisam aprender a amar, a compreender e , desta forma, curar umas às outras.Recolher-se e assmilar os sentimentos que as experiências da vida criam é muito saudável.


As Cartas do Caminho Sagrado de Jamie Sans

Menstruação e Menopausa

Uma mulher menstruada tem potencial místico de ser mais poderosa do que qualquer mulher ou qualquer homem, em qualquer momento. Em algumas tradições, a menstruação ainda é vista e sentida como um tempo especial e sagrado, divino, mágico e místico. Nas culturas matriarcais o sangue reverencia a Deusa por ter poderes mágicos. Em algumas tradições, o sangue menstrual era oferecido em cerimônias. Era sagrado para os Celtas, Egípcios, tântricos etc.
Uma cerimônia simples, onde a mulher cava um buraco na terra e, de cócoras, deixa o sangue menstrual fluir na terra, ela coloca os pensamentos negativos sobre a feminilidade para serem desprezados e pede a Mãe Terra para transformar a energia negativa em equilíbrio e consciência.

Os mistérios do sangue recordam o imenso poder da mulher, o poder do sangramento, o poder de sentir e prever as coisas e, assim, estar mais próximas dos mundos superior e inferior. Quando sangram e jogam na terra o poder dos fluidos corporais, se reencontram consigo e com as divindades da Terra enquanto o sangue corre através do chakra pessoal da raiz, na terra. As mulheres sangram como a terra desbravada, sangram como nutridoras da vida, como doadoras, como doadoras da maternidade universal; e seu sangue é do tempo, da lua, da terra, das estrelas, da vida.

Quando uma mulher entra na idade da sabedoria - menopausa -, seu sangue sábio é retido no interior do corpo. Esse "sangue sábio” dá a mulher a força, a sabedoria e a sensibilidade para seguir a vida e desafiar a morte; e só a mulher possui esse dom.”

daqui: http://sagrado-feminino.blogspot.com/

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