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 O que faz o texto a seguir interessante não é porque eu vivi uma história singular. Ela pode ter sido única por um ou outro detalhe. Mas o que faz valer à pena ler o texto abaixo é que este relato é muito parecido com qualquer relato de cesária. A cesárea -diferente do parto normal - é um procedimento, impessoal e padronizado. Mas ele não está aqui para aterrorizar ou entristecer ninguém. Ele está aqui para que as mulheres que confiam em seus médicos saiam do piloto automático e se questionem se ele é tão bom obstetra quanto foi ginecologista. Existem opções mas é preciso lutar por elas.Â
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Se for esse o desejo do casal, não faz sentido os pais ou qualquer outro acompanhante escolhido pela mãe não estar presente no parto, seja ele vaginal ou cesariana . Estão de acordo? Quem querem ao vosso lado no nascimento dos vossos filhos? Para quem já foi mãe, quem esteve presente no parto? Foi importante? No nascimento da Princesa esteve comigo a minha querida Mãe, no Pirata a minha querida Doula Susana Pinho, não fazia muita questão que o pai estivesse, mas se tivesse um 3º filho gostava de o ter a meu lado, juntamente com a uma doula e uma parteira CLARO!!!
Este post é para os pais!! Durante o trabalho de parto, os pais sentem-se muitas vezes inúteis ao tentar auxiliar a mulher gravida em trabalho de parto. Ter em mente algumas coisas corretas de se fazer e de se dizer é sempre útil. 1. Massajar o rosto da gravida para ajudar a relaxá-la. Todo o tipo de mimos, caricias, beijos são muito apreciados durante o trabalho de parto, mas lembre-se, a sua mulher pode não querer nada disto, o importante é fazer tudo como ela quer... 2. Lembre-a que pode e deve ir á casa de banho. A bexiga e o intestino cheio é desconfortável e não ajuda o trabalho de parto. 3. Pode fazer compressas frias no pescoço e rosto. Até mesmo lavar o rosto levemente, pode ser confortável. 4. Pergunte se ela quer comer ou beber algo, pois ajudara a restaurar as energias perdidas durante o trabalho de parto. 5. Ajude-a a mudar de posição. Algumas posições farão com que o desconforto das contrações diminua. 6. Se a gravida sentir tensão nas costas, faça uma pressão na parte de baixo de suas costas ( zona lombar ), ou onde ela preferir. Com as suas mãos, aplique tanta força quanto ela quiser. Também funciona com uma bola de ténis. Fazer isso quando ela estiver de gatas no chão, com a cabeça mais baixa que a bacia, ajuda a aliviar o desconforto das contrações . 7. Esteja lá para ela. Mesmo quando ela disser que não quer ser tocada, só o facto de estar presente é muito importante. Pode ficar próximo, para que ela sinta a sua presença, e encoraje-a verbalmente. 8. Tente o chuveiro ou a banheira. A água durante o parto ajuda a aliviar algum desconforto no trabalho de parto. 9. Use um saco de agua quente, uma meia com arroz aquecida no micro-ondas ou um cobertor aquecido para a parte inferior das costas. 10. Lembre-a que o bebé esta quase a chegar e que ela está a ir muito bem! Podem sempre ligar-me durante o trabalho de parto, as vezes os pais também precisam de ideias, ou simplesmente uma palavra amiga...
"Papá na sala de partos: desejo ou obrigação? Há trinta anos, um pai que estivesse na sala de partos, junto da sua mulher, à espera que a cabecinha do bebé saÃsse, era um acto impensável. Um claro exemplo é a tÃpica imagem cinematográfica do homem a fumar ansiosamente, caminhando apreensivo, enquanto espera que se abra uma porta e apareça uma enfermeira vestida de branco, dizendo: "Parabéns, é um menino". Naquela época, nenhum homem pensaria ser parte desse momento Ãntimo. O seu lugar era este: cá fora. O parto era uma coisa de mulheres, e o único homem que tinha entrada era o obstetra. Esta realidade foi mudando com o passar dos anos, e de facto hoje são poucos os pais que ficam de fora. Fora da sala de partos e, por fim fora da situação. No entanto, estar presente no momento do parto não implica que se seja melhor pai ou marido. Chegou o momento O futuro papá chega ao momento do parto com um sentimento tão grande de ansiedade que até seria compreensÃvel atribuir um possÃvel desmaio a uma sobrecarga emocional e não à falta de virilidade de que muitos fazem alarde, enquanto vivem esta situação do lado de fora. Os futuros papás, especialmente aqueles que esperam o seu primeiro filho, não compreendem (nem têm de compreender) em que consiste o processo de dilatação e expulsão. Por isso, se sentem o mais ridÃculo dos homens quando têm de praticar junto com as suas mulheres os exercÃcios de respiração que fazem parte do curso de preparação para o parto. Podem dizer piadas a esse respeito, em parte por ignorância e, além disso, porque sentem um certo desassossego perante a sua sensação de exclusão, com a angústia que isso implica e que eles nem sempre podem expressar, e os demais, muitas vezes, nem conseguem perceber. "Se quem tem de respirar é ela, porque é que eu tenho de fazer o mesmo?". Assim, surgem as perguntas clássicas quando se aproxima a data: "O que faço quando começar o trabalho de parto e não encontrar o médico ou a parteira? Posso levá-la para o hospital? E se nasce em casa? E se desmaio, e em vez de a atender a ela, tem de ser ela a cuidar de mim?" Eu sei que tens ciúmes... Outra situação bastante frequente perante a proximidade do parto são as dúvidas que o papá sente a respeito à idoneidade do médico e qualidade da instituição. Mas, como questionar a sua mulher sobre a capacidade daquele ser "fantástico" que tem vindo a acompanhá-la ao longo destes meses tão especiais? E perante esta incerteza, o que é melhor do que estar ali, controlando? (como se realmente entendesse do que se trata). Muitas vezes, este é um tema de discussão entre os casais, e alguns pais até chegam a sentir ciúmes perante o que vivem como uma nova exclusão do duo grávida-obstetra. Este temor à capacidade do obstetra será logo transmitido ao neonatologista, e posteriormente ao pediatra.Direito ou dever?Hoje em dia, estar dentro da sala de partos está na moda . Os homens cansaram-se de sentir-se excluÃdos. Por um lado, nenhum homem na realidade, sabe com certeza se esse filho é dele, e tão pouco tem as mesmas sensações que a sua mulher durante a gravidez. Por mais que ponha a mão na barriga e perceba que há algo que se move, em nada se parece com o que sente a mamã. Não consegue sentir que isso que se move é uma pessoa, e muito menos o seu filho. Na realidade, durante a gravidez, o papá vive a experiência do exterior, como se realmente "o trouxesse a cegonha" ou "saÃsse magicamente de um broto". Alguns papás desejam genuinamente ser protagonistas, junto das suas mulheres, no momento do nascimento.Mas outros embora não o digam não sentem desejos nem capacidade para fazê-lo. A sociedade é altamente coerciva com este "dever" ("Como é que não vais assistir ao parto? Não sejas cobarde! Vais deixá-la sozinha?"), mesmo que seja contra a vontade do papá. No entanto, é fundamental ter em consideração que uma presença imposta pode tornar-se um obstáculo para a parturiente, para a equipa assistente e para ele mesmo. São poucos os homens que conseguem descriminar que não se é o melhor pai por estar na sala de partos, e podem escapar a essa obrigação e respeitar os próprios desejos e limitações. De figurantes e protagonistas Muitas vezes, pode ser a mulher a condicionar tácita e explicitamente o seu marido, sem lhe dar hipótese a dizer que não. O filho é dos dois, e impossÃvel não estar presente nesse momento tão especial. Mas também há mamãs que preferem estar sozinhas com a equipa médica e sentem a presença do marido como uma potencial interferência. É ela que o tem de dar à luz, e o homem não tem nada para fazer ali. Indubitavelmente, a verdadeira protagonista do parto é sempre a mulher. E tão pouco há dúvida de que durante a gravidez é ela a depositária de todos os comentários, mimos e atenções. A barriga carrega-a ela. Os elogios também.Ela é o centro de atenção e de mimos dos familiares e amigos. E ele? Quem apoia o papá? Quem lhe pergunta como se sente, ou se está cansado? Quando nasce o bebé, enquanto a mamã fica em casa com o seu filhinho, o papá deve voltar a trabalhar 48 horas depois do parto, depois de 9 meses de tensa espera e, talvez, uma noite inteira sem dormir. A ele, ninguém oferece flores nem bombons, e habitualmente tão pouco lhe dão, embora seja numa pequena percentagem, o lugar de "herói" junto da sua mulher. E curiosamente, quase não se vêem fotos de papás a chorar de emoção quando levantam pela primeira vez o seu filho recém-nascido, apesar disso ser algo habitual.Todo o tempo passado... A puérpera que volta do hospital com o seu bebé nos braços amamenta-o a cada três horas, muda-lhe as fraldas e chora; chora porque chove ou porque faz Sol. Está cansada, e ele não sabe o que fazer. Questiona-se quando voltaremos a ter uma vida sexual como antes? Voltaremos a ser um casal? Às vezes, sofre em silêncio, outras tenta fugir, e algumas respira fundo e "faz de papá", relembrando a época em que vestia o equipamento da sua equipa preferida e ia jogar futebol. Um direito compartilhado A mamã que trabalha terá noventa dias para acomodar-se ao perÃodo perinatal. O papá não. Apenas pode deitar um olhar ao seu filhinho recém-nascido preso ao peito da mamã e novamente excluÃdo vai trabalhar. Enquanto isso, todo o mundo pretende que volte contente e feliz para se encontrar com uma mulher que já não é a "menina sexy" que escolheu para compartilhar a sua vida, e cujos peitos teme não voltar a contemplar a não ser como um grande biberão com um único destinatário. Deveriam produzir-se ainda muitas mudanças para que o novo ser que chegou ao mundo se encontre com duas pessoas que tenham as mesmas possibilidades de levantá-lo, cuidá-lo, protegê-lo e compartilhá-lo com mais divertimento do que sofrimento." in Revista Mãe ideal